24 de julho de 2013

Eletroacordes Banda - Rock & Roll (Porto Alegre/RS - Brasil)


Liga na tomada! Aumente o som e redobre a atenção. A banda Eletroacordes quer provocar seus ouvidos com o mais autêntico Rock! Deixe-se envolver pelas canções do power trio, sitiado em Porto Alegre, e que atua há mais de 4 anos nos pagos gaúchos. A banda transcende pela música eclética - sem rótulos, receitas prontas ou jargões pré-fabricados - plugada nas origens do Blues, Jazz, Pop Rock psicodélico e anos 70. Respire fundo e Enjoy! 



Fabrício Costa (vocal/guitarra) - Apenas seis cordas incrementadas por distorção, reverber e oscilações vibrantes dos amplificadores valvulados dão vida e harmonia a Eletroacordes. O dentista de 45 anos, empunha sua possante guitarra executando composições versáteis, mantendo originalidade e bom gosto. Solos virtuosos e acordes harmônicos - ou dissonantes - temperam e dão molho ao repertório, do qual enfilera inúmeras composições de sua autoria.
O guitarrista acumula passagem pelas bandas Somma, Baião de Dois, Quatro de Paus, Zuma, Vedanta. Fabrício bebe da vertente do Rock, especificamente da bandas do Rock Clássico dos anos 70, Led Zeppelin, Deep Purple e guitarristas como Frank Zappa e Jeff Beck.

Rodrigo Vizzotto (vocal/baixo/teclado) - Inspiração e transpiração em prosa e verso, letra e música. Nessa ordem, ou inversamente submisso as mais variadas formas de sonoridades, surgem algumas das composições da Eletroacordes. Pelas mãos do jornalista, designer gráfico e músico Rodrigo Vizzotto, 43 anos, e há 27 anos fletarndo com o Rock, põe em movimento ideias, frases e ritmos para quem quiser ouvir. Atuou nas extintas bandas Somma, Quatro de Paus, Primatas Psicodélicos entre outros projetos paralelos. O baixista busca inspiração para letras e composições em bandas como The Beatles, The Police, The Doors, R.E.M, U2 e Rush, entre outras.

Elio Bandeira (bateria) -  O som pulsante e ardente das baquetas do baterista Elio Bandeira, 42 anos, dá a condução, ritmo e sonortidade para a banda. Sem firulas e despertando a batida sincronizada para as canções, mescla ritmos em profusão, preenche espaços e encorpora as músicas do trio "Rockniano". Também formado em jornalismo, divide as atenções na banda Deadline (formada só por jornalistas) e entre uma pauta e outra, promove ideias e produções da Eletroacordes.
Elio é embalado pelas bandas The Cure, Red Hot Chili Peppers, The Police, Paralamas do Sucesso, R.E.M, Echo & The Bunnymen, Oasis e Rolling Stones.

O primeiro contato da banda com os ouvintes surgiu inicialmente na Internet, através do link www.myspace.com/eletroacordes , onde até hoje está disponibilizado boa parte das músicas do EP "Respire Fundo" para audição. Em seguida a banda ganhou novas frentes no mundo digital pelo www.buzinadogasometro.com.br (para download) e outras web rádios, como Putzgrila.


Para marcar o lançamento do EP, foram criadas as peças em pop-up pelo webdesigner João Pedro Gaelzer, que também projetou o site da Eletroacordes.
Visite o site:

www.eletroacordes.com.br

Contato para shows:
(51) 9132.1312

22 de julho de 2013

Discografia Comentada - Powerwolf





  
Criada na Alemanha em 2003 pelos irmãos Matthew Greywolf e Charles Greywolf, a banda Powerwolf inovou o mundo da música pesada com seu Power Metal carregado de uma atmosfera religiosa contagiante, mas não se deixe enganar, pois estes alemães não tem nada de White Metal em sua música, ao contrário, seu Power Metal nos transporta para os tempos das igrejas medievais, abusando nos coros e passagens em latim.

Além disso, o vocalista Attila Dorn é simplesmente perfeito, conseguindo impor com sua voz toda a obscuridade necessária à temática abordada pela banda.

Sejam bem vindos ao mundo sombrio e viciante do Powerwolf. 

Return In Bloodred (2005)
  O ano foi 2003, quando em sua cidade Saarbrücken, na Alemanha, os irmãos Greywolf decidiram criar uma banda que fosse diferente de todas as outras, Matthew nas guitarras e Charles no baixo e guitarras base já tocavam juntos fazia alguns anos e se uniram a Stéfane Fúnebre, um baterista francês, e também ao tecladista Falk Maria Schlegel para formarem o núcleo da banda. Apesar de ainda não terem um vocalista os membros do grupo já haviam começado a escrever e compor material. Finalmente conhecem o romeno Attila Dorn, que havia estudado Ópera Clássica na academia Musical de Budapeste, assim se completou a formação do Powerwolf.


Em 2005, lançam seu primeiro trabalho “Return In Bloodred”, mostrando ao mundo do Metal uma nova e sensacional banda. A temática deste CD gira em torno das histórias de lobisomens romenos, influência direta do vocalista Attila Dorn, amante do assunto. Todas as músicas são muito boas, com destaque óbvio para o trabalho vocal, mas não podemos deixar de destacar as qualidades de todos os músicos, as intervenções dos teclados são perfeitas criando aquele ar de filmes de terror, “Black Mass Hysteria” e “Montecore” ilustram muito bem todo este clima, os rifss são muito bem executados com acompanhamento preciso de baixo e bateria.

“Mr. Sinister” com seu refrão grudento e “Lucifer In Starlight” totalmente sombria, são os grandes destaques deste CD. Um trabalho que nos mostra que a banda veio para escrever seu nome no mundo da música.

Lupus Dei (2007)


O sucesso de “Return In Bloodred” foi imenso, tornando em pouquíssimo tempo a banda em um nome de peso no meio musical. No ano de 2007, lançam seu segundo trabalho, intitulado “Lupus Dei”, um álbum ainda melhor que seu antecessor. A banda usa e abusa de uma de suas características principais, os teclados, as harmonias e os coros, “We Take It From The Living” é sensacional e abre o CD em grande estilo, Attila Dorn está com uma voz ainda mais marcante, “Prayer In The Dark” tem riffs cortantes e uma pegada extremamente pesada.

Uma outra característica da banda diz respeito às suas vestimentas, seus rostos cobertos com uma maquiagem branca bastante sombria, usando sempre roupas pretas e também detalhes religiosos, um visual bastante impressionante e que combina em cheio com a proposta musical dos caras.

Voltando ao som, outra canção que se destaca é “In Blood We Trust”, Dorn com seus vocais em um tom bem forte e rasgado nos envolve completamente, se fecharmos nossos olhos enquanto ouvimos este CD com certeza imaginaremos vampiros e lobisomens em uma batalha sangrenta tendo como prêmio a humanidade, basta ouvir “Vampires Don’t Die” e “When The Moon Shines Red” que você vai se sentir exatamente neste clima.

Enfim, “Lupus Dei” é um álbum que consolida o Powerwolf como um dos grandes nomes do Power Metal mundial e não apenas como uma banda que por acaso acertou em seu álbum de lançamento.
 
Bible Of The Beast (2009)
Após o lançamento de seus primeiros trabalhos e o reconhecimento no mundo da música pesada, faltava ainda ao grupo um CD para ser chamado de “clássico”, e este CD veio no ano de 2009, foi neste ano que lançaram “Bible Of The Beast”, um álbum perfeito, impecável desde os acordes iniciais da instrumental (introdução) “Prelude To Purgatory” até o último acorde da 12ª faixa “Wolves Against The World”.

“Bible Of The Beast” demonstra o alto grau de amadurecimento da banda, e principalmente, o completo domínio dos músicos dentro do estilo Power Metal, seu som é vigoroso, com muita exploração da religiosidade, e a sua sonoridade clássica não perde o peso do Metal em nenhum momento.

Seria injustiça de minha parte destacar uma música ou outra, pois este é o tipo de álbum em que todas as músicas são acima da média, sendo assim me limito a dizer que as faixas Raise “Your Fist, Evangelist”, “Panic In The Pentagram”, “Seven Deadly Saints” e “Ressurection By Erection” são fodas, as faixas “Moscow After Dark”, “Catholic In The Morning ... Satanist At Night”, “We Take The Church By Storm”, “Midnight Messiah” e “Wolves Against The World” são fodaças, agora as músicas “Werewolves Of Armenia” e “St. Satan’s Day” são simplesmente do caralho!!! ... me desculpem o termo ... rs.

Blood Of The Saints (2011)
  A banda sofre sua primeira baixa em 2010, quando o baterista Stéfane Fúnebre deixa o grupo, para o seu lugar é recrutado Tom Diener, mas Tom também não durou muito tempo, ficando a frente das baquetas apenas até a gravação do álbum seguinte, enfim após esta dança de cadeiras Roel Van Helden assume em caráter definitivo o posto de baterista.


A pergunta mais natural que se faz a uma banda após o lançamento de um álbum sensacional, como foi o caso de “Bible Of The Beast”, é: “e agora?”
E a resposta veio em 2011 com um CD ainda mais espetacular que o anterior.
“Blood Of The Saints” pode ser definido com uma única frase ... é o CD mais Powerwolf da banda Powerwolf!

“Sanctified With Dynamite” e “We Drink Your Blood” são pérolas únicas do Power Metal, impossível não repetir seus refrões em sua mente infinitas vezes. Outro momento fenomenal deste CD esta nas faixas “All We Need Is Blood” e “Die, Die, Crucified” com os teclados magistralmente bem colocados por Falk Maria Schlegel e os já tradicionais coros durante toda a música.
Attila Dorn rouba para si boa parte dos créditos deste trabalho, suas interpretações em todas as faixas são excepcionais e sua voz é a alma pulsante desta legião de lobos raivosos.

“Blood Of The Saints” é uma aula de competência, qualidade sonora, técnica e acima de tudo respeito aos amantes do Metal.

"Sanctified With Dynamite"

"We Drink Your Blood "

Alive In The Night (2012)
 Com o sucesso avassalador dos álbuns “Bible Of The Beast” e “Blood Of The Saints”, a legião de fãs do Powerwolf se tornou gigantesca, e para presentear seus fãs Attila Dorn e Cia resolvem gravar um CD ao vivo, antes porém, participam do EP/Split “Wolfsnaechte Tour EP” com a canção inédita “Living On A Nightmare”.


Seu primeiro CD ao vivo é lançado em 2012 intitulado “Alive In The Night”, este álbum é um ótimo registro do sucesso alcançado durante a tour de “Blood Of The Saints”. As músicas escolhidas são dignas da grandiosidade da banda, lá estão “Sanctified With Dynamite”, “Prayer In The Dark”, “We Drink Your Blood” e “Ressurection By Erection” por exemplo, uma particularidade desta tour foi a presença do guitarrista Fabian Schwarz, contratado excepcionalmente para a mesma.

The Rockhard Sacrament (2013)
Enquanto trabalhavam em seu próximo CD de estúdio, lançam no início de 2013 outro EP, “The Rockhard Sacrament”. Mais que um simples EP, “The Rockhard ...” é um aperitivo do que está por vir. “Amen & Attack”, “In The Name Of God” são músicas inéditas e que apresentam um Powerwolf ainda mais agressivo, é impressionante a velocidade e agressividade da bateria nestas canções, temos também a faixa “ Living On A Nightmare” lançada anteriormente no EP/Slip “Wolfsnaechte Tour EP”, e como se isto já não fosse o suficiente temos ainda os covers para “Headless Cross” do Black Sabbath e “Nightcrawler” do Judas Priest, que ficaram dignas de aplausos, e não podemos deixar de falar também da versão orquestrada para “Amen & Attack” que ficou belíssima.

Preachers Of The Night (2013)
Novamente os lobos atacam, agora com “Preachers Of The Night” lançado em 2013, a banda não mudou em nada suas características, acrescentou apenas um pouco mais de peso na bateria, algo que já era esperado, afinal de contas já havíamos ouvido o EP “The Rockhard Sacrament”. Sabe eu particularmente acho muito foda estas passagens em latim que eles utilizam em boa parte de suas músicas, e é exatamente isto que fascina em “Amen & Attack” e “Coleus Sanctus” duas canções bem bacanas. A vocalização em “Sacred & Wild” também é incrível, é uma de minhas canções preferidas neste trabalho, outras passagens legais ficam por conta das músicas “Kreuzfeuer” com seus teclados medievais e toda a atmosfera que remete àquela época, “Cardinal Sin” pela velocidade imposta a música, “Nochnoi Dozor” com um dos coros mais incríveis que já ouvi e “Extatum Et Oratum”, me desculpem ser repetitivo, mas porra, essas passagens em latim são demais ... rs.

Mais um trabalho excepcional da banda, um CD que deixará qualquer fã do Powerwolf extremamente feliz.

"Amen & Attack "


Henrique Linhares



18 de julho de 2013

Cauvery - Deathcore (Belo Horizonte/MG - Brasil)

A banda CAUVERY disponibilizou em seu site oficial seu primeiro trabalho, o EP intitulado “We Are The Plague”. A banda mescla as diversas influências de seus integrantes, que se inspiram na sonoridade de bandas como Lamb Of God, Job For A Cowboy, The Black Dahlia Murder, Through The Eyes Of The Dead, Whitechapel, entre outras do gênero.


Mesmo possuindo uma história recente, o CAUVERY traz composições maduras garantidas pela experiência de seus músicos em trabalhos passados. As letras enérgicas abordam assuntos inerentes à sociedade moderna, a política, a atribuição de falsos valores morais à vida, retratam as patologias da natureza humana tais como a raiva, a inveja, a hipocrisia e o vazio existencial que envolve o indivíduo.


Os velozes riffs de guitarras somados as precisas linhas de baixo são combinados com baterias de marcações raivosas e a um vocal agressivo, insano, indescritível. O resultado desta simbiose é um som pesado, técnico e original, totalmente expressado dentro das atuais tendências do Metal.

"We Are The Plague" está disponível para download e também por streaming no site oficial: http://www.cauvery.com.br/

 Entre em contato com o Cauvery

E-mail: cauveryband@gmail.com



17 de julho de 2013

1º Metal Bastards Union

A ARBR, em Resende/RJ, vai tremer dia 10 de agosto
1º Metal Bastards Union


Com as bandas

Dfront SA (Thrashcore)
Metalthorn (Thrash Metal)
Monstractor (Thrash / Stoner)
Stodgy (Thrash / Death)

e também a banda paulista

Sakrah (Thrash / Stoner)

Um dia especial para comemorar a União do verdadeiro espírito do Metal

Sorteios de
1 Tattoo no valor de R$ 400,00
CDs
Camisetas

Ingressos antecipados a R$ 15,00 na Klein Tattoo

Maiores informações (24) 3354-7269

O Blogando Metal em parceria com o estúdio Klein Tattoo e o movimento 4 Metal Bastards Union, estará sorteando 2 ingressos para os leitores que postarem aqui comentários sobre o evento, ao postar não se esqueça de deixar o seu e-mail de contato.

Prestigiem, pois este é o primeiro passo para uma cena realmente forte em nossa região!



Parabéns Geezer Butler

Em 17 de julho de 1949, nascia em Birmingham na Inglaterra Terence Michael Joseph Butler.
Hoje, o mundo do Metal o reverencia como um dos maiores baixistas do planeta e também como o cérebro que conduz com extrema maestria e competência o Black Sabbath.


Eu particularmente me sinto honrado em parabenizar este gigante das 4 cordas pelo dia de hoje.
Geezer Butler, todos nós, seus fãs, desejamos a você um feliz aniversário e todo o sucesso do mundo neste dia especial.



Henrique Linhares

13 de julho de 2013

"Dia mundial do Rock"


Em 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos. O objetivo principal era o fim da fome na Etiópia. O evento chamou a atenção por contar com a presença de muitos artistas famosos na época. Entre os participantes, estavam The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, Davis Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.

Os shows foram transmitidos ao vivo pela BBC para diversos países e abriram os olhos do mundo para a miséria no continente africano.

Em 2005, 20 anos depois do primeiro evento, Bob Geldof organizou o Live 8, uma nova edição com estrutura maior e shows em mais países. Dessa vez o objetivo foi pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres e erradicar a miséria do mundo.

No Live 8 o Grupo de Rock Britânico Pink Floyd se reuniu em sua formação clássica pela primeira vez depois de 20 anos de separação.

Apesar de se chamar "Dia Mundial do Rock", a data só é comemorada no Brasil. Ela começou a ser celebrada em meados dos anos 1990, quando duas rádios paulistanas especializadas em Rock, 89 FM e 97 FM, começaram a mencionar a data em sua programação. A celebração foi amplamente aceita pelos ouvintes e, em poucos anos, passou a ser popular em todo o país. Entretanto, essa data é completamente ignorada em todo o resto do mundo.

Outros países e localidades não têm uma data específica para celebrar esse estilo musical ou têm outras datas. Nos EUA, poucas pessoas comemoram a data no dia 9 de julho, em homenagem ao programa " American Bandstand", de Dick Clark, que estreou nessa data. O programa ajudou a popularizar o Rock And Roll nos EUA. 

Historinha contada, eis aqui minha pequena homenagem a este dia tão especial para nós ...

Led Zeppelin - Rock And Roll

AC/DC - Rock And Roll Ain't Noise Pollution

E num dia como este não poderia faltar o mestre ... Dio!!!

Dio - Rock And Roll Children

Rainbow - Long Live Rock And Roll 

E como cantava o mestre ... Long Live Rock'n'Roll!

Henrique Linhares

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_mundial_do_rock



2 de julho de 2013

Entrevista: Mário Pastore (Pastore)

Ser vocalista de uma banda de Rock pesado, seja qual for o seu estilo, não é uma missão nada fácil. Ao contrário do que muitos possam imaginar, não basta apenas sair berrando furiosamente por aí para que você realmente seja considerado um vocalista, ainda mais se você quiser ser um bom frontman, se destacando neste concorrido universo. A música pesada evoluiu muito desde os seus primórdios, e ainda continua em pleno processo de evolução, mas uma coisa é imutável e é de fundamental importância para o sucesso de uma banda ... o seu vocalista! Afinal de contas a voz é o cartão de visitas e a imagem principal de qualquer banda.
E já que o assunto é vocalista, hoje nós do “Blogando” temos o prazer de conversar com Mario Pastore, um dos melhores vocalistas de Metal do Brasil, e dividimos este papo com vocês nossos leitores.

BM - Mário, você já participou de bandas como Acid Storm, Tailgunners e Delpht, atualmente está na banda Pastore, esta por sua vez já lançou 2 ótimos CDs “The Price For The Human Sins” em 2010 e “The End Of Our Flames” em 2012, ambos tendo recebido críticas extremamente positivas tanto no Brasil como em outros países, você poderia fazer uma comparação de sua evolução entre as bandas anteriores e seu momento atual?
Pastore - Acredito que essa evolução é algo natural, hoje faço um tipo de som que tem a ver mais com a minha voz, e como tenho muitos anos cantando minha voz amadureceu mais e acredito que hoje posso fazer varias coisas com ela. Fora ter uma produção mais apurada como foi nos dois CDs solo.
BM - Seu talento e capacidade vocal são indiscutíveis, tanto que já recebeu vários elogios como por exemplo quando Roland Grapow (ex Helloween) o comparou a Michael Kiske, entretanto aqui no Brasil, seu país, com raríssimas exceções, não lhe reconhecem como deveriam, por este motivo já se sentiu, ou se sente, desestimulado com a música? E vou mais além na pergunta, já pensou em se mudar de país para trabalhar com música onde realmente tenha seu valor reconhecido?
Pastore - Sim isso aconteceu no tributo ao Helloween em 2002 feito pelo jornal Rock News, o Grapow me disse que lembrou os bons tempos com o Kiske, fiquei muito feliz e de vez em quando ainda nos falamos. Eu muitas vezes desanimo sim com a música, mas minha popularidade e número de fãs tem crescido, eu as vezes penso sim em ir embora porque com certeza teria mais campo para atuar, mas vamos ver o que pode acontecer com os próximos lançamentos que gravei e gravarei.
Mário Pastore e Roland Grapow
BM - O espaço que se dá na mídia especializada para o Metal é muito pequeno aqui no Brasil, canais como a MTV, Bis e VH1 dedicam muito pouco tempo em suas grades de programação à música pesada, e este espaço que já é limitado é ainda menor em relação a bandas brasileiras, sua banda tem dois ótimos vídeos “Far Away” e “Brutal Storm” e eu só tive acesso a eles via youtube, como você analisa esta total falta de apoio ao Metal em nosso país? Estamos condenados a ouvir Funk até o fim dos nossos dias?
Pastore - Infelizmente é difícil mesmo, as emissoras não abrem espaço para a música pesada, e muitos fãs não querem pagar 30 reais para ver uma banda nacional e pagam 300 para ver uma banda gringa, o popular como o Funk e outros gêneros nacionais dão grana e levam público que é o povão que quer beber e pular e não estão nem aí para a qualidade do artista então é difícil mudar, só se muita gente começar a prestigiar bandas nacionais aí sim pode acontecer uma virada.
BM - E o cenário no Brasil, como você vê o cenário aqui hoje?
Pastore - Como eu disse acima o povo em sua grande maioria não apoia bandas nacionais, em muitos casos critica, não temos muitos bons espaços de shows, muitas bandas de qualidade, e o que é difícil também é que o público está se tornando banda e aí querem competir com quem já fazia isso há tempos. Mas quem sabe a coisa melhora.
BM - O Rock In Rio é considerado hoje o maior evento de Rock do planeta, entretanto até mesmo nele (um evento que por sua própria nomenclatura sugere que teremos muitos shows de bandas de Rock), teremos a participação de artistas como Claudia Leitte por exemplo. Gostaria de saber se na sua opinião isto é positivo ou é um fator que desmotiva as bandas que realmente deveriam estar sendo privilegiadas neste evento.
Pastore - Sim acho que num festival com esse nome JAMAIS deveriam ter artistas de Axé e outros gêneros nada a ver, mas sempre foi assim e como citei o apelo popular fala mais alto então não tem jeito, desanima mesmo, mas paciência.

BM - Sua voz é incrível, e você tem uma facilidade muito grande para usar graves e agudos com muita segurança, considero você um vocalista na essência da palavra. O que você acha desta leva de vocalistas que andam aparecendo por aí? É impressão minha ou boa parte deles são meras “montagens” de estúdio?
Pastore - Agradeço muito pelo comentário e vejo muita gente de real talento, mas tem sim muitos caras que só se garantem em estúdio e esses se portam com arrogância, eu os chamo carinhosamente de “pavões do Metal” ... rsrsr, mas deixa pra lá.
BM - Voltando a banda Pastore, quais os planos da banda atualmente? Vocês já tem material para um novo CD?
Pastore - O Pastore voltou a ser meu trabalho solo e tenho uma nova equipe muito talentosa, 2 guitarristas fantásticos Ricardo Baptista (Laudany) e Derli Pontes (Ex Illustria), Marcelo de Paiva bateria que substituía o antigo batera, e meu irmão e braço direito e um ótimo baixista Adriano Carvalho (Ex Holly Sagga), estamos trabalhando já o material novo no estúdio do Derli e logo teremos novidades, estamos todos muito felizes e é uma nova fase e uma equipe de verdade unida pela vitória.
BM - Apesar da falta de apoio, o público que gosta de Metal é fiel, o que os seus fãs significam para você?
Pastore - Meus fãs significam tudo pra mim, significa que minha luta valeu a pena e que tenho que ir em frente. Eles são o motivo de eu estar aqui após tantos anos.
 BM - Você é também professor de canto, teria algum conselho para aqueles jovens (ou não) que gostariam de aprender a cantar de verdade?
Pastore - Tenho sim, procurem aprender de verdade, não procurem por quem promete transformá-los no Bruce Dickinson em meses, isso é picaretagem, respeitem quem os ensina mesmo quando não estiverem mais estudando, e ponha o ego em último lugar, torne-se um bom vocalista e tenha gratidão e humildade.
BM - Uma última pergunta, você é praticante de artes marciais, estes conhecimentos o ajudam de alguma forma, além é claro do preparo físico, em suas atividades como músico?
Pastore - Sim me ajudam muito, se meus desafetos resolverem me atacar ... rsrs, mas não pretendo machucar ninguém ... rsrs, mas estou com 45 anos e treinei muitos anos Judô, Karatê e Kung Fu e agora estou para pegar a faixa preta de Aikido, e ajuda muito sim, tenho bronquite e isso me condiciona.
BM - Mário, agradeço a sua atenção, e confesso aqui que sou fã do seu trabalho, te admiro muito não apenas pela sua competência vocal, mas também por você ser uma pessoa esclarecida e que não se cala, o “Blogando” é um espaço aberto a você e sua banda sempre que quiserem. Gostaria de mandar algum recado final aos fãs de Metal que participam deste espaço?
Pastore - Eu que agradeço o carinho e espaço Henrique e realmente não temo falar o que penso, e não estou nem aí pra quem não gosta ... rsrs, aos fãs agradeço o carinho sempre e comprem os CDs e compareçam aos shows e aguardem o EP do Yuri Fulone com meus vocais, sou suspeito mas está bem legal ... rsrs!!! Abraço galera!!!


Henrique Linhares