22 de março de 2014

Resenha: Hirax - Immortal Legacy (2014)


Hirax
Estados Unidos
Immortal Legacy
2014
7,5

A banda americana Hirax faz parte da história do Thrash Metal mundial, estes americanos fizeram parte da primeira geração do Thrash em seu país, e mesmo não alcançando o sucesso de bandas como Exodus ou Testament por exemplo, mantém consigo até hoje uma considerável legião de fãs.

O CD "Immortal Legacy" como era de se esperar, é uma verdadeira aula de Thrash das antigas, com muita garra, fúria e consistência, não se impressione, mas em alguns momentos você terá a sensação que está ouvindo Overkill, isto mesmo, o timbre do vocalista Katon Pena lembra muito (em alguns momentos) o vocalista Bobby "Blitz" Ellsworth.

A banda não apresenta nenhuma novidade em seu som, seguem a mesma linha de seus últimos trabalhos, e diga-se de passagem a cada lançamento estão melhores. "Black Smoke" abre o CD com toda aquela velocidade característica do Thrash californiano, riffs bem agressivos e uma bateria que massacra nossas cabeças insistentemente ... e como eu gosto disso!, "Hellion Rising" vem na sequência com sua introdução vocal bem legal e riffs incríveis, é uma das melhores faixas deste CD, outras músicas que se destacam são "Deceiver" muito veloz e agressiva, "Immortal Legacy" com um solo de introdução bem interessante e "Violence Of Action" onde Katon manda bem demais.

"Immortal Legacy" não é um CD que vá mudar a história do Thrash Metal, muito menos será considerado o lançamento do ano, mas é sim um álbum muito bom de se ouvir e com certeza será uma ótima aquisição para os fãs da banda e do estilo.

Faixas:

Black Smoke
Hellion Rising
Victims Of The Dead
Thunder Roar, The Conquest, La Boca de La Bestia (The Mouth Of The Beast)
Earthshaker
Tied To The Gallows Pole
Deceiver
Immortal Legacy
S.O.W.
Violence Of Action
Atlantis (Journey To Atlantis)
The World Will Burn
Mephistopheles


Henrique Linhares


19 de março de 2014

Clássicos: Burn - Deep Purple - 1974


Burn
Deep Purple
1974

Falar sobre o clássico álbum dos ingleses do Deep Purple  "Burn" é extremamente gratificante, principalmente para pessoas que como eu que amam o nosso bom e velho Rock'n'Roll.

Para começar "Burn" foi o responsável por apresentar ao mundo um dos vocalistas mais sensacionais do Rock, David Coverdale, e como se não bastasse os vocais no disco foram divididos com o baixista Glenn Hughes, dono também de uma voz impressionante, isto por si só já seria motivo mais que suficiente para termos uma pérola sonora, mas não podemos nos esquecer que além destas duas feras que citei, temos ainda Ritchie Blackmore e sua guitarra mágica, Jon Lord com toda sua classe e genialidade nos teclados e também Ian Paice e sua bateria sempre precisa.

Mas vamos começar do início, em 1973 o vocalista Ian Gillan e o baixista Roger Glover deixaram a banda, perder um vocalista como Gillan poderia ser o fim de qualquer grupo, restava então aos membros que ficaram tentar reestruturar o Purple mantendo a mesma qualidade, o primeiro passo foi trazer Hughes (ex Trapeze) para assumir o lugar de Glover, apesar do baixista ser também um vocalista excepcional havia o receio de que os fãs não aceitassem a banda com um baixista assumindo também os vocais e foi aí que descobriram, por meio de uma demo tape, o desconhecido Coverdale, daí para frente todo fã de carteirinha conhece bem a história.

Agora musicalmente falando, Hughes trouxe para a banda todas as suas influências  de Soul e Funk, Blackmore foi contra a principio, mas deixou a coisa rolar para ver o que aconteceria. 

A faixa título abre o disco com uma pegada bem forte e um duelo fantástico entre os vocalistas, falar dos riffs de Blackmore nesta música seria como "chover no molhado", o cara simplesmente detona, ele pode ser o cidadão mais antipático do universo, mas é um guitarrista muito acima da média, "Might Just Take Your Life" e "You Fool No One" são bons exemplos das influências de Hughes aplicadas ao Purple, outras canções também se destacam como "Lay Down, Stay Down" mas na minha opinião é em "Mistreated" que temos a real dimensão desta nova fase da banda e principalmente das qualidades vocais de David Coverdale, impossível não ficar de boca aberta com esta música.

"Burn" foi também o álbum com o qual o Deep Purple realizou sua primeira Tour na América, e nela rolou de tudo, o já tradicional mau humor de Blackmore quebrando uma câmera na Califórnia, e Hughes tentando se sobrepor aos vocais de Covardale insistentemente, mas como eu disse anteriormente, isto é história.

Faixas:

Burn
Might Just Take Your Life
Lay Down, Stay Down
Sail Away
You Fool No One
What's Goin' On Here
Mistreated
A 200


Henrique Linhares


18 de março de 2014

Bruce Dickinson: Biografia inédita no Brasil

 
Vocalista do Iron Maiden, uma das mais importantes bandas de heavy metal de todos os tempos, o britânico Bruce Dickinson ganha biografia inédita no Brasil, pela Editora Gutenberg. Com linguagem descontraída, o jornalista Joe Shooman conta detalhes incríveis da vida de um dos maiores músicos do gênero.
 
Joe Shooman apresenta curiosidades sobre as primeiras bandas que Bruce passou no início de sua carreira e acompanha o artista ao longo de toda a sua trajetória do Iron Maiden, separando um capítulo para cada álbum do grupo, além de registrar a discografia e a videografia completas de todas as obras das quais Dickinson participou. O autor relata, pela primeira vez, a história completa de Bruce. Fora da banda também teve uma trajetória marcante. Antes de juntar-se ao Maiden, fez parte do Samson, e no período em que esteve afastado da banda que o consagrou, construiu uma bem-sucedida carreira solo. Além da música, Dickinson se envolve em atividades peculiares, graças à sua personalidade singular. Já integrou o time britânico de esgrima, apresentou por oito anos um programa de rádio na estação digital BBC 6Music, é autor best-seller de ficção, e já foi apresentador do Discovery Channel e do Sky One. Além de tudo isso, fez vários voos como piloto da companhia aérea comercial Astraeus, incluindo uma missão de resgate de ingleses residentes em Beirute em 2006. Na turnê mundial Somewhere Back in Time World Tour (2008-2009), o próprio Bruce pilotou o avião do Iron Maiden – um Boeing 757 customizado, batizado de Ed Force One, uma referência ao mascote que estampa praticamente todos os lançamentos da banda. 

Atualmente, Bruce Dickinson roda o mundo também apresentando palestras sobre empreendedorismo e criatividade empresarial. Este livro mostra pela primeira vez sua história completa e traz entrevistas exclusivas com quem o conhece melhor: pessoas com as quais conviveu em sua juventude, companheiros de estrada e outros que o acompanham até os dias de hoje, quando o Iron Maiden mantém-se como uma das maiores lendas da música em todo o planeta.
 
Sobre o autor - Joe Shooman é jornalista especializado em música, já tendo trabalhado em revistas como Metal Hammer, Music Mart, Record Collector, Plan B Magazine, Mixmag e The Fly. É também um colaborador regular da rádio BBC e autor de outras biografias, como das bandas Trivium, Blink 182, Kasabian, além do livro Whose Space Is It Anyway?: An Unofficial Guide to the Sites That Changed the World, lançado pela Independent Music Press em 2006.

 
Título: Bruce Dickinson - Os altos voos com o Iron Maiden e o voo solo de um dos maiores músicos do heavy metal
Autor: Joe Shooman
Tradução: Eliel Vieira
Número de páginas: 304
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 49,90
ISBN: 978-85-8235-083-6

Para ler trechos do livro acesse:

http://issuu.com/grupoautentica/docs/bruce/1?e=7353889/5595228



 

10 de março de 2014

HQ: Coringa, o lado sombrio do crime. (Parte II)

Múltiplas Origens



Embora muitas histórias tenham sido relacionadas, uma origem contada diretamente nunca foi estabelecida para o Coringa nos quadrinhos e seu verdadeiro nome nunca foi confirmado. O próprio vilão se diz confuso quanto ao que realmente aconteceu, como em a Piada Mortal: "Às vezes eu lembro de uma maneira, ora outra ... se eu vou ter um passado, prefiro que seja de múltipla escolha Ha! Há! Ha!". Em “Arkham Asylum: Uma Casa Séria na Terra Séria”, escrito por Grant Morrison é dito que o Coringa não pode ser louco, mas tem algum tipo de "super-sanidade", no qual ele se recria a cada dia para lidar com o fluxo caótico da vida urbana moderna.

Um primeiro conto da origem foi em “Detective Comics # 168” (fevereiro de 1951), quando foi revelado que o Coringa tinha sido um criminoso conhecido como Capuz Vermelho. Na história, ele é um engenheiro químico que ficou vigiando para roubar a empresa que o empregou, e adotou a personalidade do Capuz Vermelho. Depois de cometer o roubo, o que frustra o Batman, ele cai em um tonel de resíduos químicos, surge pouco depois com a pele branca, lábios vermelhos, cabelos verdes e um sorriso persistente.



O passado mais citado, informado em “Quem é Quem no Universo DC” é também o mais amplamente apoiado, dando destaque a "A Piada Mortal". Descreve-o como sendo originalmente um engenheiro em uma fábrica de produtos químicos que larga o emprego para se tornar um comediante de Stand-Up, apenas para falhar miseravelmente. Desesperado para sustentar sua esposa grávida Jeannie, ele concorda em ajudar dois criminosos a invadirem a fábrica onde fora anteriormente empregado, fazendo-os chegar por uma porta ao lado. Nesta versão da história, a personagem Capuz Vermelho é descrito como o homem dentro do trabalho (portanto, o Coringa nunca é o mesmo homem duas vezes) e o que se tornaria o Coringa era o que parecia o bandido líder e ambos conseguem escapar. Durante o planejamento, a polícia o contata e o informa que sua mulher e o feto morreram em um acidente doméstico.

Atingido pela tristeza, ele tenta desistir do plano, mas os criminosos o obrigam a manter sua promessa. Assim que eles entram na fábrica. No entanto, são imediatamente capturados pelos seguranças e um tiroteio se segue, neste os dois criminosos são mortos. Como o engenheiro tenta escapar, ele é confrontado por Batman, que está investigando o distúrbio. Aterrorizado, o engenheiro salta sobre um trilho e cai num reservatório com produtos químicos. Batman, que o perseguia, ciente dos riscos que tal atitude representaria, não foi atrás. Assim, nadando, o engenheiro conseguiu fugir. Porém, quando chegou à margem, sua pele coçava e tinha um ardor intenso, indicando alguma interação química com os resíduos jogados no rio. Preocupado com o que aquilo poderia ser, verificou seu reflexo em uma poça d'água, onde constatou que não havia escapado ileso, pois sua pele se tornara branca, seus cabelos verdes e os músculos de seu rosto haviam se contraído severamente, deixando-o com um indelével sorriso, de aparência histérica. O choque dessa metamorfose inesperada, aliado aos problemas que já vivia, foi maior do que a sua mente já terrivelmente atormentada poderia suportar, resultando no nascimento do Coringa. Esta origem é suportada em Batman: O Homem que ri, quando o herói realiza análises químicas do Capuz Vermelho, que recuperou da fábrica de produtos químicos durante a sua primeira investigação do Coringa. A identidade do Coringa como Capuz Vermelho é confirmada em Batman # 450, quando o bandido encontra um velho traje de capa que Capuz Vermelho manteve e coloca-o para ajudar na sua recuperação após os eventos de “Uma Morte em Família”.



A história "Pushback" (Batman: Gotham Knights # 50-55) suporta parte desta versão da história da origem do Coringa. Nela, uma testemunha (que por coincidência acaba por ser Edward Nigma) relata que a mulher do Coringa foi sequestrada e assassinada por um policial corrupto que trabalhava para os criminosos, a fim de forçar o engenheiro a realizar o crime. O Coringa tenta localizar o policial corrupto que cometeu o assassinato, mas depois que seus capangas são assassinados por Prometeu, apenas para depois ser duramente espancado por Silêncaio, e em seguida, expulso de Gotham antes de isso acontecer. "Payback", também mostra imagens do Coringa pré-desfigurado - identificado como "Jack" - com sua esposa, dando mais suporte a esta versão.



A história de Paul Dini / Alex Ross "Case Study", propõe uma teoria muito diferente. Esta história sugere que o Coringa era um gângster sádico, que trabalhou à sua maneira a cadeia alimentar do crime de Gotham até que virou o líder de uma máfia poderosa. Ainda buscando as emoções que o trabalho sujo permitia, criou a identidade do Capuz Vermelho para si mesmo para que pudesse cometer pequenos crimes. Eventualmente, ele teve seu fatídico encontro com o primeiro Batman, resultando em sua desfiguração. No entanto, a história sugere que o Coringa ficou são, e planejou para que seus crimes parecessem com o trabalho de uma mente doentia, a fim de prosseguir a sua vingança contra Batman e fosse capaz de evitar o encarceramento permanente alegando insanidade. Infelizmente, o relatório escrito encontrado explicando esta teoria é descoberto que foi escrito pela Dra. Harleen Quinzel, também conhecida como Harley Quinn, ajudante / amante insana do Coringa, o que invalida qualquer credibilidade que poderia ter em tribunal.



Enfim, a origem do Coringa é um mistério, e é exatamente por isto que a sua figura sádica e enigmática o torna um dos vilões mais “charmosos” e indispensáveis no mundo dos quadrinhos.