Enquanto a lua cheia tentava fugir das nuvens e surgir esplendorosa no
céu, um público ainda tímido, porém persistente, se aglomerava nos
arredores do Circo Voador na Lapa, região boêmia do Rio de Janeiro. E
dentro do Circo os preparativos para uma noite regada a muita mitologia
nórdica e brasileira já começava.
Pela primeira vez no Rio de Janeiro, os suecos do Amon Amarth prometiam
uma noite destruidora, mas não antes da banda brasileira Tamuya Thrash
Tribe incendiar o palco do Circo Voador. Tudo isso em uma colisão de
universos culturais ainda inédita em solo carioca. Onde nórdicos e
tupiniquins brindavam em uma festa regada a muito Death Metal.
No começo foram um pouco mais de 50 pessoas que tiveram a oportunidade
de assistir ao ótimo show da banda carioca Tamuya Thrash Tribe. Os
quatro integrantes subiram no palco despejando torpedos explosivos do
seu EP independente United, lançado em 2011. A combinação entre o Thrash
Metal e Death Metal com temática abordando escravidão, abolicionismo e
temas históricos brasileiros, manteve o público bem entretido. Tanto que
na metade da apresentação a pista estava lotada e as rodas abriam a
todo o momento.
A banda não se intimidou em tocar para um publico mais “asgardiano” e
realizou a empreitada com muita competência e sem deixar espaço para que
a galera respirasse. O vocalista/guitarrista Luciano Vadan foi um
tremendo frontman. Mostrou para o público o motivo da banda estar ali. E
inflamou a todos dizendo: - Nesta noite Thor e Tupã serão a mesma
pessoa. O Circo veio abaixo depois disso! E arrepiou quem vos escreve.
No final do show os comentários entre as pessoas que estavam próximas a
mim eram um só: - Que banda foi essa?
Após o show bombástico do Tamuya Thrash Tribe, demorou um bom tempo para
a atração principal subir no palco. Precisaram esperar o publico
esfriar. E o Circo Voador enchia cada vez mais.
Por volta das 23h os suecos do Amon Amarth fariam do palco do Circo Voador sua Drakkar, que levaria o público para uma viagem através da mitologia nórdica e suas canções de batalha.
Por volta das 23h os suecos do Amon Amarth fariam do palco do Circo Voador sua Drakkar, que levaria o público para uma viagem através da mitologia nórdica e suas canções de batalha.
Abrindo a noite a terceira faixa do último álbum da banda “Deceiver of
the Gods” (2013) – Father of the Wolf e na sequencia a própria “Deceiver
of the Gods” para mostrar ao público que o Amom Amarth faria daquela
noite um momento inesquecível! A terceira música da apresentação “Death
in Fire” e a quarta “Free Will Sacrifice” fecharam uma sequencia
alucinante e mortal.
Após algumas palavras de agradecimento do simpático grandalhão vocalista
Johan Hegg, mais uma do álbum novo “As Loke Falls”, seguida por “We
Shall Destroy” e “Guardians of Asgaard“, essa última com o público dando
um banho de participação e empolgação.
E o publico presente no Circo Voador foi um show a parte nessa noite
viking. As rodas não paravam de surgir em meio ao caótico Death Metal
que eclodia dos altos falantes. Durante a música “The Last Stand of
Frej” parte do público sentou e começaram a remar como se estivesse em
um Drakkar. Algo impressionante e maravilho de se ver! Circulando em
todas as direções alguns fãs exibiam seus braceletes de couro, pingentes
de Mjölnir, bebiam cerveja em seus drinkhorn e cantavam as músicas em
uníssono o tempo todo. Transformaram o Circo Voador em uma taberna!
A banda correspondia a toda essa animação com mais petardos como: “Blood
Eagle”, “Runes to my Memory” e “Varyags of Miklagaard”. Mais três
músicas fecharam o set: a emblemática “Destroyer of the Universe”,
seguida por “Cry of the Black Birds” e “War of the Gods”.
Após poucos minutos de descanso a banda retorna para o bis com “Twilight
of the Thunder God”. Ao final da música o vocalista Johan Hegg,
mostrava que estava extasiado com a receptividade carioca e agradecia em
um bom português o tempo todo, além de brincar com o público. O sueco
ainda mexeu com a estima dos cariocas ao provocar a galera dizendo que
não conseguiriam gritar tanto quanto o publico paulista. E o sueco
recebeu de volta toda a energia dos presentes que se esgoelavam por toda
a parte. Isso antes de fechar a noite em alto nível com “The Pursuit of
Vikings”.
E mais uma vez os presentes nessa noite participaram em coro e
acompanhavam os riffs dessa canção épica do excelente álbum “Fate of
Norns” de 2004.
Já passava da meia noite de sábado e aos poucos os fãs deixavam o Circo
Voador moídos e satisfeitos. Foi uma noite memorável e demorará um pouco
para sair das mentes de quem presenciou uma festa como essa.
E o Amon Amarth mostrou o porquê ainda ser uma das poucas bandas do
Death Metal sueco que ainda produzem material relevante para o estilo. E
consegue fazer de um show uma verdadeira festa.
Hail to the Vikings!
Setlist:
01. Father of the Wolf
02. Deceiver of the Gods
03. Death in Fire
04. Free Will Sacrifice
05. As Loke Falls
06. We Shall Destroy
07. Guardians of Asgaard
08. Blood Eagle
09. Warriors of the North
10. Runes to My Memory
11. Varyags of Miklagaard
12. The Last Stand of Frej
13. Destroyer of the Universe
14. Cry of the Black Birds
15. War of the Gods
Bis:
16. Twilight of the Thunder God
17. The Pursuit of Vikings
01. Father of the Wolf
02. Deceiver of the Gods
03. Death in Fire
04. Free Will Sacrifice
05. As Loke Falls
06. We Shall Destroy
07. Guardians of Asgaard
08. Blood Eagle
09. Warriors of the North
10. Runes to My Memory
11. Varyags of Miklagaard
12. The Last Stand of Frej
13. Destroyer of the Universe
14. Cry of the Black Birds
15. War of the Gods
Bis:
16. Twilight of the Thunder God
17. The Pursuit of Vikings
Resenha de Filipe Souza (Metal Zone)
Porque vcs nao postaram nenhuma foto dos meninos da banda Tamuya! faltou a foto deles no show!
ResponderExcluirParabens pela materia! muito boa e sabias palavras sobre as bandas e principalmente sobre a banda Tamuya! beijos
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