29 de maio de 2014

Blaze Bayley ... Heavy Metal acima de tudo!

Vamos contar um pouco da trajetória de Blaze Bayley.


 No início de sua carreira cantou no Wolfsbane, posteriormente no Iron Maiden, e atualmente sua banda se chama Blaze Bayley.

Blaze não era um vocalista mundialmente conhecido quando integrava a banda Wolfsbane (1985-1994), que nunca chegou a sair do underground, mesmo ao lançar álbuns como Live Fast, Die Fast (1989) e Wolfsbane (1994).

Em 1994, Bayley foi escolhido para substituir Bruce Dickinson no Iron Maiden. Logo após ser admitido na banda, sofreu um acidente de motocicleta que lesionou gravemente seu joelho, o que fez com que o início da turnê do primeiro disco que gravara com a banda (The X Factor), fosse adiada. Mesmo após o período de recuperação, Blaze não podia se movimentar muito em razão da lesão. O lançamento do álbum ocorreu em 1995. Neste disco, Blaze atingiu ótimas performances vocais, além do que a música Man On The Edge, de sua autoria, fez sucesso mundial. Porém, a recepção a ele e ao novo álbum não atingiu as expectativas da banda.


Em 1998, as gravações do disco Virtual XI começaram e, apesar de algumas canções se tornarem clássicos da banda, como Futureal e The Clansman, a recepção ao álbum foi majoritariamente negativa. Em 1999, Bruce Dickinson voltou para a banda e, consequentemente, Bayley foi demitido.
Logo após a demissão, Bayley decidiu seguir em carreira solo. Então, realizou um concurso para selecionar os novos membros de sua banda. Músicos de vários países enviaram tapes, mas Bayley optou por músicos britânicos de extrema competência. Com os músicos selecionados, em meados de 1999, começaram a compor material para o álbum de estreia.

Em maio de 2000, foi lançado o primeiro trabalho solo da banda, intitulada simplesmente Blaze. Tratava-se do álbum Silicon Messiah, cuja temática envolve a inteligência artificial e o mundo do silício. Suas características marcantes são as guitarras pesadas, a bateria direta, baixo de primeira linha e Blaze no vocal. Alguns críticos chegaram a eleger como um clássico de todo o Heavy Metal. A banda era formada, além de Blaze, por John Slater e Steve Wray nas guitarras, Rob Naylor no baixo e Jeff Singer na bateria. A gravadora foi a alemã SPV Records.


Em 2002 Blaze lançou seu segundo álbum de estúdio, intitulado Tenth Dimension. O nome do disco e as letras das músicas estão diretamente ligadas ao estudo da física quântica e ao conhecimento secreto que cientistas e autoridades possuem sobre o mundo em que vivemos. Para o disco, os homens não conhecem a realidade, que é camuflada por um discurso retórico.
Em 2003, após grande sucesso na Europa, Blaze decidiu gravar seu 1º álbum ao vivo, intitulado As Live As It Gets (2003), cujas músicas foram gravadas em shows realizados na Inglaterra e na Suíça.

Em dezembro de 2002,depois dos shows que gravaram para o álbum ao vivo, o baterista Jeff Singer deixou a banda, sendo substituído por Phil Greenhouse. Em março de 2003 o baixista Rob Naylor saiu da banda, sendo substuído por Wayne Banks. Em junho, o baterista Phil Greenhouse interrompe suas atividades com a banda, então entra Jason Bowld.

Em abril de 2004 o álbum Blood & Belief é lançado. O disco é uma autobiografia das dificuldades suportadas por Blaze, em relação a sua vida pessoal: separação da esposa, demissão de músicos da banda, problemas com o produtor, entre outros acontecimentos. Nas músicas Blaze contou como os problemas aconteceram e como os superou. O baterista Jason Bowld após gravar a bateria do álbum sai e entra Dave Night para a turnê. O clipe da música Hollow Head foi gravado na casa de Blaze.

 Blaze - Hollow Head

Nos anos de 2004 e 2005 a formação da banda estava sendo constantemente alterada. Em julho depois de alguns shows para promoção do álbum Blood And Belief, foi anunciada a saída dos dois últimos membros originais, os guitarristas John Slater e Steve Wray. O baterista Dave Night e o baixista Wayne Banks comunicam o desligamento da banda.

No ano de 2007, Blaze gravou o DVD Alive in Poland, com a banda constituída pelos guitarristas Rich Newport e Nick Bermudez, o baixista Dave Bermudez e o baterista Rico Banderra. Essa formação fez apenas 4 shows, em junho, Blaze rompe com o empresário e com o baterista. Em novembro é anunciada a saída do guitarrista Rich Newport. Entra também o baterista Lawrenve Paterson.


Em 2008, com uma nova empresária, que era sua esposa Debbie, e com os novos integrantes, Blaze lançou o álbum The Man Who Would Not Die, de forma independente, com seu próprio selo (gravadora), a fim de ter mais liberdade em seu trabalho e menos pressões externas. Este disco gerou grande repercussão no mundo todo, e foi considerado pela crítica um dos melhores lançamentos dos últimos 10 anos do Heavy Metal. Os integrantes da banda que participaram da criação deste disco foram Nick Bermudez e Jay Walsh nas guitarras, Dave Bermudez no baixo e Lawrence Paterson na bateria.
Em julho, Debbie, a esposa e empresária de Blaze é diagnosticada com câncer no cérebro, e acaba morrendo no dia 27 de setembro de 2008.
Ainda em 2008 foi gravado o DVD "That Night Will Not Die".


Em fevereiro de 2010 foi lançado o disco Promise and Terror. A formação dos músicos é a mesma. Houve uma promoção de lançamento do disco na Grécia. A turnê para divulgação do disco se iniciou no mês de fevereiro. Blaze Bayley mostra que está mais vivo do que nunca e esbanja vigor nas apresentações ao vivo. No meio da turnê Larry Peterson deixou a banda, o qual foi substituído por Claudio Tirincanti. Ainda em 2010 Blaze participou do projeto Soulspell metal ópera um projeto brasileiro liderado pelo baterista Heleno Vale, Blaze interpretou o Dark Prince no álbum The Labyrinth Of Truths gravando algumas faixas para o CD e já está confirmado para o próximo álbum do Soulspell.



21 de maio de 2014

Volta Redonda do Rock 2014 (25 e 26 de julho)

Volta Redonda não será mais conhecida como a Cidade do Aço ...
Agora Volta Redonda é a Cidade do Metal!!!

Esta edição do VR do Rock promete!!!

Dias 25 e 26 de julho o Metal vai falar mais alto no Sul Fluminense
Compareça ...
Depois não vai dizer que não rola show legal em sua região!

Shows: Amon Amarth, os vikings tomaram o Circo Voador

Enquanto a lua cheia tentava fugir das nuvens e surgir esplendorosa no céu, um público ainda tímido, porém persistente, se aglomerava nos arredores do Circo Voador na Lapa, região boêmia do Rio de Janeiro. E dentro do Circo os preparativos para uma noite regada a muita mitologia nórdica e brasileira já começava.

Pela primeira vez no Rio de Janeiro, os suecos do Amon Amarth prometiam uma noite destruidora, mas não antes da banda brasileira Tamuya Thrash Tribe incendiar o palco do Circo Voador. Tudo isso em uma colisão de universos culturais ainda inédita em solo carioca. Onde nórdicos e tupiniquins brindavam em uma festa regada a muito Death Metal.
No começo foram um pouco mais de 50 pessoas que tiveram a oportunidade de assistir ao ótimo show da banda carioca Tamuya Thrash Tribe. Os quatro integrantes subiram no palco despejando torpedos explosivos do seu EP independente United, lançado em 2011. A combinação entre o Thrash Metal e Death Metal com temática abordando escravidão, abolicionismo e temas históricos brasileiros, manteve o público bem entretido. Tanto que na metade da apresentação a pista estava lotada e as rodas abriam a todo o momento.
A banda não se intimidou em tocar para um publico mais “asgardiano” e realizou a empreitada com muita competência e sem deixar espaço para que a galera respirasse. O vocalista/guitarrista Luciano Vadan foi um tremendo frontman. Mostrou para o público o motivo da banda estar ali. E inflamou a todos dizendo: - Nesta noite Thor e Tupã serão a mesma pessoa. O Circo veio abaixo depois disso! E arrepiou quem vos escreve. No final do show os comentários entre as pessoas que estavam próximas a mim eram um só: - Que banda foi essa?
Após o show bombástico do Tamuya Thrash Tribe, demorou um bom tempo para a atração principal subir no palco. Precisaram esperar o publico esfriar. E o Circo Voador enchia cada vez mais.
Por volta das 23h os suecos do Amon Amarth fariam do palco do Circo Voador sua Drakkar, que levaria o público para uma viagem através da mitologia nórdica e suas canções de batalha.
Abrindo a noite a terceira faixa do último álbum da banda “Deceiver of the Gods” (2013) – Father of the Wolf e na sequencia a própria “Deceiver of the Gods” para mostrar ao público que o Amom Amarth faria daquela noite um momento inesquecível! A terceira música da apresentação “Death in Fire” e a quarta “Free Will Sacrifice” fecharam uma sequencia alucinante e mortal.
Após algumas palavras de agradecimento do simpático grandalhão vocalista Johan Hegg, mais uma do álbum novo “As Loke Falls”, seguida por “We Shall Destroy” e “Guardians of Asgaard“, essa última com o público dando um banho de participação e empolgação.  
E o publico presente no Circo Voador foi um show a parte nessa noite viking. As rodas não paravam de surgir em meio ao caótico Death Metal que eclodia dos altos falantes. Durante a música “The Last Stand of Frej” parte do público sentou e começaram a remar como se estivesse em um Drakkar. Algo impressionante e maravilho de se ver! Circulando em todas as direções alguns fãs exibiam seus braceletes de couro, pingentes de Mjölnir, bebiam cerveja em seus drinkhorn e cantavam as músicas em uníssono o tempo todo. Transformaram o Circo Voador em uma taberna!
A banda correspondia a toda essa animação com mais petardos como: “Blood Eagle”, “Runes to my Memory” e “Varyags of Miklagaard”. Mais três músicas fecharam o set: a emblemática “Destroyer of the Universe”, seguida por “Cry of the Black Birds” e “War of the Gods”.
Após poucos minutos de descanso a banda retorna para o bis com “Twilight of the Thunder God”. Ao final da música o vocalista Johan Hegg, mostrava que estava extasiado com a receptividade carioca e agradecia em um bom português o tempo todo, além de brincar com o público. O sueco ainda mexeu com a estima dos cariocas ao provocar a galera dizendo que não conseguiriam gritar tanto quanto o publico paulista. E o sueco recebeu de volta toda a energia dos presentes que se esgoelavam por toda a parte. Isso antes de fechar a noite em alto nível com “The Pursuit of Vikings”.
E mais uma vez os presentes nessa noite participaram em coro e acompanhavam os riffs dessa canção épica do excelente álbum “Fate of Norns” de 2004.
Já passava da meia noite de sábado e aos poucos os fãs deixavam o Circo Voador moídos e satisfeitos. Foi uma noite memorável e demorará um pouco para sair das mentes de quem presenciou uma festa como essa.
E o Amon Amarth mostrou o porquê ainda ser uma das poucas bandas do Death Metal sueco que ainda produzem material relevante para o estilo. E consegue fazer de um show uma verdadeira festa.
Hail to the Vikings!
Setlist:

01. Father of the Wolf
02. Deceiver of the Gods
03. Death in Fire
04. Free Will Sacrifice
05. As Loke Falls
06. We Shall Destroy
07. Guardians of Asgaard
08. Blood Eagle
09. Warriors of the North
10. Runes to My Memory
11. Varyags of Miklagaard
12. The Last Stand of Frej
13. Destroyer of the Universe
14. Cry of the Black Birds
15. War of the Gods
Bis:
16. Twilight of the Thunder God
17. The Pursuit of Vikings
Resenha de Filipe Souza (Metal Zone)