20 de dezembro de 2013

Release: Scatha - Thrash Metal (Rio de Janeiro)




A banda carioca Scatha foi formada em 2005 por Cíntia Ventania (Baixo e vocais) e Julia Pombo (Guitarra e vocais), em maio do mesmo ano a baterista Cynthia Tsai Yuen (ex baterista da banda Trinnity) se juntou ao projeto e, em julho, entraram na banda a vocalista Rebecca Schwab e também a guitarrista Paula Leão. Em outubro deste mesmo ano a banda começou a se apresentar, fazendo sua primeira aparição no clássico Garage, situado na praça da bandeira/RJ.

Scatha: Cíntia Ventania, Cynthia Tsai, Angélica Burns, Julia Pombo e RenataDecnop
Scatha é uma banda de Thrash Metal com formação feminina e desde a sua fundação, tem em seu set clássicos do Thrash mundial como Metallica, Pantera, Megadeth, Slayer, Anthrax, Testament, Sepultura entre muitos outros.

Em dezembro de 2006 a vocalista Rebecca deixa a banda e Angélica Burns tomo o posto trazendo consigo mais agressividade ao som do grupo.
E finalmente em outubro de 2007 lançam a demo "Keep Thrashing!", esta obteve ótimas críticas na mídia especializa como na Rock Brigade, com direito a meia página de entrevista na seção de demos, Rodie Crew como destaque do mês, entre vários outros zines online.


Em 2008 a guitarrista Paula Leão deixou o grupo. No ano de 2009 a banda entrou na seletiva para o Wacken Open Air (Alemanha), sendo escolhida entre mais de 100 banda do Rio de Janeiro.

Participaram em 2011 de um dos maiores festivais de Brasília, o Marreco's Fest, ao lado de bandas como RAGE e Hyrax.


Atualmente a banda carioca conta em sua formação com Angélica Burns nos vocais, Julia Pombo e Renata Decnop nas guitarras, Cíntia Ventania no baixo e Cynthia Tsai na bateria. Se você pensa que no Rio só existe Funk e Carnaval vai se surpreender com o massacre sonoro das “beldades do Thrash carioca”.

Para conhecer mais sobre o trabalho da banda, acesse:

https://www.facebook.com/ScathaBand?fref=ts

12 de dezembro de 2013

Bon Scott X Brian Johnson

A banda australiana AC/DC é sem sombra de dúvidas um dos maiores nomes do Rock'n'Roll mundial, sendo mencionada como uma das grandes influências entre a grande maioria de outras bandas famosas.

Na sua opinião quem representa verdadeiramente a voz do AC/DC, o lendário Bon Scott ou Brian Johnson seu substituto?

Para ajudar você, vamos dar uma pequena canja de suas biografias

Bon Scott


Ronald Belford Scott ( Kirriemuir, 09 de julho de 1946 — Londres, 19 de fevereiro de 1980), mais conhecido pelo nome artístico de Bon Scott, foi um cantor escocês, ele ficou mundialmente conhecido por ser vocalista e compositor da banda de Rock australiana AC/DC de 1974 a 1980.

Em 2006, a revista Hit Parader colocou Scott como o 5º melhor vocalista de Heavy Metal de todos os tempos.
Suas bandas anteriores incluíram The Spektors e Valentines, nas quais não realizou trabalho semelhante ao do AC/DC, outro grupo do qual participou foi o Mount Lofty Rangers.

Bon estava trabalhando como motorista da Banda AC/DC,quando foi chamado para executar o cargo de baterista, mas logo Bon se tornou o vocalista da banda, pois dizia que o cantor era o que mais pegava garotas na época.

Sua influência musical inicial veio do pai, que era músico em sua cidade natal, na Escócia. Bon tocava bateria, gaita de fole.

Suas letras abordavam principalmente temas como mulheres, carros, bebida e curtição.
Sua morte até hoje não foi bem explicada, após a turnê de divulgação do álbum "Highway To Hell" pela Europa, Bon resolveu passar uns dias em Londres, para rever amigos. A tragédia teve início numa tradicional noite de bebedeira, coisa que Bon estava realmente acostumado. Bon e um amigo seu, chamado Alistar Kinnear, foram tomar alguns drinks no Music Machine, um clube noturno localizado em Camden Town. Depois de muitas rodadas, a dupla foi para Ashby Court, onde Bon vivia naquela época. No caminho, Bon "apagou" no banco de trás do veículo, Kinnear não deu muita bola e seguiu adiante. Quando chegou na casa do vocalista do, Kinnear tentou acordá-lo e levá-lo para a cama, porém não conseguiu acordar seu companheiro, que estava num avançado estado de embriaguez. Kinnear desistiu da ideia e seguiu dirigindo para seu próprio apartamento. Chegando lá, nova tentativa frustrada de tirar o amigo bêbado do veículo. O jeito foi deixar Bon "dormindo" no banco de trás do automóvel, um Renault 5, em Overkill Road, uma estrada em Dulwich. Quando Kinnear voltou na manhã seguinte para ver seu amigo, já era tarde demais. Bon estava morto, praticamente congelado dentro do pequeno automóvel. O sujeito ainda levou o amigo às pressas para o Kings College Hospital, de Londres, que declarou que o músico já chegou sem vida nas dependências do pronto socorro. O atestado de óbito informou que Bon Scott havia falecido em decorrência de overdose e " Death By Misadventure" (morte por desventura, ou por desgraça). Nos jornais da época foi também noticiado que o músico teria se sufocado com o próprio vômito e que a baixa temperatura da madrugada e suas constantes crises de asma colaboraram para a tragédia daquela fria manhã de 19 de fevereiro de 1980, um dos dias mais tristes do Rock'n'Roll.

Brian Johnson


Brian Johnson (Gateshead, 05 de outubro de 1947) é um cantor e compositor britânico. Desde 1980, ele tem sido o vocalista da banda de AC/DC. Em 1972, Brian Johnson tornou-se um dos membros fundadores da banda de Glam Rock, Geordie. Depois de alguns singles que se tornaram hits, chegando ao Top 10 no Reino Unido com a música, "All Because Of You" (1973), a banda terminou em 1978 e depois foi reestruturada por Brian em 1980. Mas assim que assinaram um novo contrato com uma gravadora, Brian Johnson foi convidado para a audição do AC/DC, cujo vocalista havia falecido.

Após a morte do vocalista Bon Scott, Brian Johnson assume os vocais do AC/DC estreando com a banda em maio de 1980. Na audição do AC/DC, Brian cantou as canções "Whole Lotta Rosie" (AC/DC) e "Nutbush City Limits" (Ike & Tina Turner). Alguns dias depois, a banda anunciou que Brian seria o novo vocalista do AC/DC. Após alguns shows, a banda grava, nas ilhas Bahamas, o álbum "Back In Black", considerado um dos melhores álbuns de todos os tempos. O disco se transforma num grande sucesso comercial, vendendo mais de 51 milhões de cópias perdendo apenas para "Thriller", do cantor americano Michael Jackson. Em 1981, foi lançado "For Those About To Rock We Salute You", este foi também um álbum bem sucedido e tornou-se o primeiro álbum de Hard Rock a atingir o 1º lugar nos Estados Unidos,e aos poucos foi superando "Back In Black". Ao longo da década de 80, Brian co-escreveu todas as músicas do AC/DC junto com Angus Young e Malcolm Young, até que questões pessoais o ausentaram durante a elaboração do álbum"The Razor's Edge" em 1990. Desde então, os irmãos Young tem escrito todo o material do AC/DC.

Agora é com vocês!
Participem, usem os comentários desta postagem e nos digam quem vocês preferem e por que
 Um grande abraço

Henrique Linhares


Fontes de pesquisa:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bon_Scott

http://pt.wikipedia.org/wiki/Brian_Johnson

13 de novembro de 2013

HQ: Steve Ditko, o co-criador do Homem-Aranha

Steve Ditko


Desenhista americano, um dos grandes da “Silver Age” dos quadrinhos (período que geralmente se estende dos anos 50 ao final dos 60). É mundialmente conhecido como o co-criador do famoso “Homem-Aranha”, que concebeu em parceria com Stan Lee em 1962.

Mas de acordo com Joe Simon, as raízes do Homem-Aranha datam de bem antes, quando ele e um escritor chamado Jack Oleck vieram com a idéia de um personagem chamado “Silver Spider”, em meados dos anos 50. Oleck e Simon teriam levado a idéia a um velho parceiro, C. C. Beck (um dos criadores do “Capitão Marvel”) e, juntos, os três criaram um personagem que primeiro foi chamado de “Spiderman” e, depois, “Silver Spider”. A nova figura teria sido oferecida à editora Harvey, que a recusara. Anos depois, no final dos anos 50, quando Simon voltou a trabalhar com Kirby, apresentou ao desenhista o antigo material do “Silver Spider”. A dupla então o transformou num novo personagem, “O Homem-Mosca” e ofereceu à editora Archie, que o publicou em 1959. Três anos depois, quando Lee buscava idéias para seu novo super-herói adolescente, pediu sugestões a Kirby. Este teria apresentado então a Lee a antiga versão do “Silver Spider”. Kirby então desenhou a primeira versão do “Homem-Aranha” da Marvel — fato confirmado pelo próprio Lee — que acabou rejeitada. “Eu ODIEI o modo como foi desenhado! Não que ele tenha desenhado mal, apenas não era o personagem que eu queria; era muito "heroico”, recorda Lee, que decidiu escalar Ditko para redesenhar a história. Ditko recorda: “Uma das primeiras coisas que fiz foi trabalhar no uniforme. Uma parte vital, visual do personagem. Eu tinha que saber como ele se parecia... antes mesmo de começar a rascunhar a história. Por exemplo: com poder de aderência ele não precisava usar sapatos ou botas pesadas; uma pulseira disparadora escondida ao invés de uma pistola de teias no coldre etc.... Não tinha certeza se Stan ia gostar da idéia da máscara cobrindo o rosto do personagem, mas eu o fiz porque ela esconderia um rosto claramente adolescente. E também daria um toque de mistério ao personagem...”.


Ditko também criou ao lado de Lee o “Dr. Estranho”, igualmente para a Marvel. Sempre em parceria com Lee e outros artistas da editora, trabalhou em títulos como “Homem de Ferro”, “Quarteto Fantástico” e “Hulk”.

Ditko, no entanto, não morria de amores pela Marvel. Não gostava de autores como Vince Colletta e começou a ter desavenças com Lee (em 1965, nem se falavam mais, a ponto de Ditko entregar seus originais para o gerente de produção Sal Brodsky repassá-los a Lee). Em 1966 rompeu a parceria definitivamente com Lee e saiu da editora, ingressando na antiga Charlton Comics. Na nova empresa, continuou a criar personagens que se tornariam famosos no gênero, como “Capitão Átomo”, o novo “Besouro Azul” e “Questão” (com os direitos desses heróis atualmente pertencentes à DC Comics). Para a editora DC fez “Morcego Humano”, “Shade” e outros títulos. 

Ditko eventualmente voltou para a Marvel, onde trabalhou em revistas como “Os Vingadores”, “Speedball”, “Fantasma” (de Lee Falk) e “Chuck Norris” (estes dois últimos para a linha licenciada da Marvel).



Notas e fontes:
- Greg Theakston, “The Steve Ditko Reader” (2002);
- Ron Goulart, “The Comic Book Reader's Companion” (1993);
- Ditko, “Alter Ego: The Comic Book Artist Collection” (2000), edição de Roy Thomas


http://www.guiadosquadrinhos.com/artistabio.aspx?cod_art=7 

8 de novembro de 2013

Vamos deixar uma coisa bem clara!!!


Ramones não se resume a um logotipo chamativo, esta banda faz parte da própria história do Rock'n'Roll
 
Antes de usar uma camiseta com uma estampa ou símbolo que você ache legal, procure saber qual o significado dele!

Afinal de contas você não vai querer sair por aí usando uma camiseta com a foto da Anitta ... vai???


7 de novembro de 2013

Release: Tagma - Heavy Metal (Santos/SP)


Banda Santista de Heavy Metal formada e idealizada em meados de 2008, a formação da banda conta com Jully Lee (Bateria), Ivo Smith (Guitarra), ao longo desse período por circunstâncias de envolvimento em outros projetos, a Tagma temporariamente parou com suas atividades. No ano de 2010 Jully e Ivo  resolveram colocar novamente a Tagma em ação e mais uma vez começaram a procurar integrantes que tivessem o mesmo propósito que era fazer um Metal progressivo com sonoridades distintas. Ao longo desse período após passar por várias formações sem sucesso, eles resolveram seguir a banda somente os dois e com isso começaram a compor sozinhos, isso em 2011.

Finalmente no ano de 2012 entraram em estúdio para gravar o EP de estréia intitulado "Spiral" que contêm duas faixas chamadas Masquerade (Cantada) e Heavy Baião (Instrumental), com a participação de Caio Franchescini (vocal convidado), as músicas foram compostas, gravadas e pré mixadas no Live Studio Santos/SP na qual Jully e Ivo são proprietários e foram mixadas e masterizadas no estúdio Mr.Som em São Paulo por Heros Trench (guitarrista do Korzus).  

A intenção da banda não é lançar CD e sim fazer lançamentos em formato digital e também investir em áudio visual (video clipes) e o principal... fazer shows com estrutura própria.

Cada músico tem suas próprias influências, porém, todos se voltam para um único ideal: tocar Heavy Metal com qualidade. Suas influências vão do  Rock Progressivo, Prog Metal ao Thrash, porém, com ritmos diversos e quebrados, sonoridades exóticas e Freak, herdados de suas experiências musicais, sem nunca se esquecer do principal fator O PESO.

Bandas como Rush, ELP, Spock's Beard, Dream Theater, Symphony X, Pantera, Megadeth, Anthrax, Pain Of Salvation definem as características da banda.   
Em breve novos sons, a Tagma veio para ficar.



Sobre o EP "Spiral"

A temática de "Masquerade" relata o cotidiano de pessoas que a todo custo tentam prejudicar as outras, apenas pelo intuito de se beneficiarem e conseguirem o poder total, os chamados psicopatas.
A música é uma mesclagem do Thrash e Prog Metal com algumas influências de temas de filmes de Horror nas partes dos teclados.
A Heavy Baião mistura os sons do sertão e do oriente.



Contatos:

1 de novembro de 2013

Lançamento: Novo trabalho da banda HellArise ... "Functional Disorder"

Definitivamente muita coisa boa está chegando para os amantes do Metal

 O esperado novo trabalho da banda HELLARISE está, enfim, disponível em formato virtual


 O EP ‘Functional Disorder’ foi gravado no estúdio Pedrada e conta com cinco músicas, incluindo o single ‘More Mindless Violence’, que será também lançado em formato de videoclipe. Confira o tracklist:

More Mindless Violence
I Don't Believe
More Than Alive
Functional Disorder
Rest In Pieces (Good Old Feeling)

O trabalho está disponível para audição gratuita e compra pelo canal oficial da HELLARISE no Bandpage:

http://hellarise.bandcamp.com/

A capa foi desenvolvida pela artista Vivian Mota, proprietária e ilustradora na empresa Rabiscorama

www.facebook.com/rabiscorama

Este é o primeiro trabalho com a nova formação, agora um time misto que conta com Flávia Mornietári (Vocal), Mirella Max (Guitarra), Kito Vallim (Baixo) e Felippe Max (Bateria).

Segundo Mirella, "O intuito do EP é fechar um ciclo pra poder começar outro sem nenhuma bagagem. Depois do EP o esquema vai ser, literalmente, "Start Fresh", no quesito musical".

Contatos para shows e Merchandise:

contact@hellarise.com

Mais informações sobre a banda:

www.hellarise.com

www.facebook.com/hellarise




Lançamento: Saindo do forno "Wrath Of Mind" novo CD da banda Statik Majik

O mês de novembro está começando com chave de ouro

"Wrath Of Mind"

Novo trabalho da banda carioca Statik Majik, música de qualidade para aqueles de bom gosto!


Confira!!!

Maiores informações:




16 de outubro de 2013

Shows: Anathema - Carioca Club (São Paulo - 13/10/2013)

Agradeço a Edi Fontini pela gentileza de compartilhar sua resenha e suas fotos conosco no "Blogando".

Henrique Linhares

Anathema no Brasil: O fim de uma longa espera para os fãs


A banda inglesa Anathema foi formada no início dos anos 1990 e desde então mudou muitas vezes de integrantes e de influências musicais, o que repercutiu diretamente em seu som e estilo.

Inicialmente como uma grande influência dos apreciadores de doom metal, contava com o vocalista Darren White e seus guturais, uma das características do estilo. Em 1995 o vocalista deixou a banda e foi a vez de Vincent Cavanagh assumir os microfones, deixando aos poucos os guturais e inclinando a banda a novos rumos, que passou a experimentar muita coisa dentro do rock alternativo e do rock progressivo.

O Anathema atualmente conta com: Vincent Cavanagh (voz e guitarra), Daniel Cavanagh (guitarra), James Cavanagh (baixo), John Douglas (bateria), Daniel Cardoso (teclado) e Lee Douglas (vocais) e acabou de fazer uma turnê bem sucedida na América do Norte junto com as bandas Alcest e Mammifer. Porém nessa temporada “nas Américas”, o baterista e o baixista não puderam comparecer, sendo substituídos pelo português Daniel Cardoso (bateria) e seu amigo Tobel Lopes (baixo), que cumpriram com excelência seus papeis.



Após o final da turnê na América do Norte, era chegada a hora da banda viajar à América do Sul para shows no Chile, Argentina e finalmente cumprir sua missão no Brasil.

Para quem não sabe das dificuldades que os fãs paulistanos passaram, eis um resumo: Em 1996 a banda divulgava seu primeiro trabalho “Serenades” com a “Manic Depression Tour”, ainda com o antigo vocalista Darren White e fez duas apresentações que incluíram um festival em Belo Horizonte e o falecido Aeroanta, em São Paulo, mas com pouca divulgação na época.

Em 2006, a banda agendou duas apresentações no Brasil durante a “Natural Disaster Tour”, nas cidades de Brasília e São Paulo. O show em Brasília correu bem, porém em São Paulo, enquanto a banda de abertura tocava, houve um empecilho na produção e todo o público presente foi expulso com pouca educação pela Polícia Militar, que alegou problemas de alvará no local. A banda foi muito solícita e atendeu muitos fãs na rua, que retornaram aos seus lares com um nó na garganta pelo fracasso do show devido à falta de profissionalismo dos produtores.

Em 2011 mais uma vez um show foi fechado no Brasil, dessa vez com a “We're Here Because We're Here Tour”, na cidade de São Paulo. Infelizmente mais uma vez a banda anunciou o cancelamento desse único show, semanas antes da data (os outros shows da América do Sul foram mantidos).




Tamanha era a frustração do público de São Paulo que se formou uma mitologia acerca da banda, chegando a circular a brincadeira de que existia uma possível “urucubaca” entre banda e Brasil. Mas verdade seja dita: A única coisa que precisava acontecer era uma produtora competente negociar o show e cumprir profissionalmente o seu papel. E foi o que aconteceu: nesse último domingo, 13, o Carioca Club foi o palco dessa consagração do show em solo paulistano, com uma produção impecável.

Acreditando nessa possível realização, muitas pessoas de vários estados como Amazonas, Rio Grande do Sul, Paraná, Piauí, Minas Gerais e Rio de Janeiro, dentre outros, compareceram em peso quase lotando a capacidade do local nesse evento já considerado histórico.

Pouco depois do horário marcado as cortinas se abrem e a introdução de “A new machine”, do Pink Floyd, se iniciou. Era chegada a grande hora! Aos poucos, a banda se posiciona no palco e logo em seguida aparecem Vincent, Danny e Lee, que são aplaudidos pelo público presente.

“Untouchable” parte 1 e 2 abrem a noite com muita emoção tanto por parte da banda, quanto do público. Foi um momento de realização plena para ambas as partes. “The Gathering of the Clouds” continuou o espetáculo e ao final, Vincent finalmente solta um “We did it” (“Nós conseguimos!). A primeira parte do show continuou com “Thin Air”, “Dreaming light”, “Deep”, “A natural disaster”, “Closer”, “A simple mistake” e “Internal Landscapes”, dentre outras.



O setlist da turnê atual era basicamente feito com músicas dos dois últimos trabalhos da banda, “We’re here because we’re here” e “Weather Systems”, último trabalho da banda lançado em 2012. Porém o público da América do Sul teve um “bônus” nos shows, que contou com algumas músicas mais antigas e muito aguardadas.

Após uma brevíssima pausa, a banda retorna com “Shroud of False” e “Lost Control”. Fazendo jus ao título da música, foi realmente difícil de manter o controle com esse “presente” e certamente foi um dos pontos altos dessa apresentação. A banda é perfeita ao vivo e a vocalista Lee Douglas é um espetáculo a parte com seu carisma e tamanho talento.

A segunda parte do show continuou com “Destiny”, “Inner silence”, “One last goodbye”, “Parisienne Moonlight” (que só foi tocada em Santiago e em São Paulo) e “Fragile dreams”, que anunciou o final da noite memorável.

Era implícito o sentimento de realização no rosto de quase todos os presentes, que aos poucos deixaram o local muito emocionados, devido às circunstâncias.



Fotos e texto: Edi Fontini

15 de outubro de 2013

Shows: Black Sabbath - Apoteose (Rio de Janeiro - 13/10/2013)

Faço aqui um agradecimento ao meu amigo Filipe Souza, pela gentileza de ceder sua resenha para nós do "Blogando". Visitem o maior portal especializado em Metal do Brasil ... www.metalzone.com.br
Henrique Linhares
 
O calor e o sol castigaram a capital carioca durante o dia. No início da tarde uma multidão se aglomerava em frente da Apoteose, que é o berço do carnaval carioca, onde as escolas de samba se apresentam. Só que naquele domingo seria diferente. As plumas e paetês foram substituídos por um batalhão de camisas pretas. As idades variavam entre adolescentes e jovens senhores. Todos se aglomerando para entrar, e mesmo não esgotando os ingressos o show contou um publico estimado por volta de 50 mil pessoas.


Assim como em São Paulo e Porto Alegre a abertura do show ficou por conta do Megadeth, que veio na turnê do seu mais recente disco de estúdio, o “Super Colider” lançado em 2013. Por causa do transito caótico da cidade, que abrigava além desse show ainda rolava na orla de Copacabana a Parada Gay. O que contribuiu para dar um nó no transito e dificultando o tráfego de quem vinha da zona Sul para o centro, muita gente se atrasou para o show.

Ainda com boa parte do público entrando, às 19h o Megadeth, capitaneado por Dave Mustaine já subiu no palco chutando o estômago dos fãs com “Hangar 18”. Mesmo com o setlist caprichado e tocando apenas uma música do fraco Super Colider, a banda levantou o público nos clássicos e em músicas nem tão conhecidas como “Sweating Bullets”. Entre o desfile de clássicos o grupo fuzilou o público com: Wake Up Dead, Symphony of Destruction, Tornado of Souls, Peace Sells, She Wolf, In My Darkest Hour e fecharam a apresentação com Holy Wars.

 
Mesmo compreendendo que abrir um show requer um setlist curto e ao mesmo tempo impactante, me decepcionou a banda não ter tocado nada do Youthanasia, esperei ansiosamente que tocassem Train of Consequences ou Reckoning Day, mas não. Já que tocariam duas músicas do Countdown do Extinction, poderiam ter optado apenas por Symphony of Destruction e descartado Sweating Bullets, que não é tão conhecida de um público mais generalizado.

Com uma simpatia ímpar e muito sorridente Dave Mustaine agradeceu o público distribuiu paletas e sorrisos. Quando os outros integrantes saíram do palco, Dave continuou e ainda brincou simulando uma air guitar. E não há duvida da competência e técnica que o cara exibe. Mesmo sem a mesma voz de dez anos atrás, o Megadeth deu muito bem o seu recado e ainda é uma das mais importantes e fundamentais bandas do estilo. O grupo estava coeso e cada integrante cumpriu muito bem o seu papel. Mustaine prometeu voltar em breve ao Rio de Janeiro. Estamos esperando!


Enquanto os técnicos desmontavam o palco do Megadeth uma cortina preta desceu e o grande momento finalmente havia chegado. O cenário estava pronto, sirenes anunciavam a entrada dos criadores, os mestres, os três senhores que juntos mudaram a história da musica. Eu poderia escrever páginas e mais páginas enaltecendo a importância dos três senhores que subiram nesse palco. Daquele ponto em diante presenciaríamos um momento mágico e talvez único nas páginas da história do Metal.

Não cabia mais gente na Apoteose, e quando os acordes de “War Pigs” começaram. Senti que fui teletransportado para outra realidade. O som estava perfeito, o baixo do Geezer Butler era estrondoso e achei que fosse abrir uma cratera e engolir a pista. Tony Iommy super concentrado em seus riffs que construíram vários capítulos na história da música. E Ozzy é icônico e um capítulo a parte, carismático o cantor tem o público na mão o show inteiro. Ele pede para que gritem e o publico grita, pede para que ergam as mãos e a plateia incendiada obedece.

A segunda musica da noite “In to the Void” seguida de “Under the Sun”, canções que são meio Lado B, mas que fizeram um ótimo trabalho ao vivo. O público já estava na mão da banda e um clássico fez estremecer a Apoteose: Snowblind!

Foi com “Black Sabbath” que eu simplesmente congelei. Enquanto a parte inicial da musica era entoada, olhei para uma igreja em estilo gótico a uns três quarteirões da apoteose e já fui viajando embalado pela musica. E bem que os sinos da igreja podiam tocar junto com a música. Enfim... Coisas de fã.

E diretamente de 1970 dois clássicos: Behind the Wall of Sleep e N.I.B. provaram que musica não envelhece. É hipnotizante o poder que N.I.B teve sobre o público. Uma massa de pessoas que se tornou uniforme pulava e agitava os braços. O público repetia os gestos de Ozzy como se estivessem hipnotizados ou presos em um sonho que quase nenhum dos presentes imaginaria que um dia pudesse acontecer.

Foi com End of the Beginning que os dois mundos do Sabbath colidiram. O passado e o presente em um cataclismo sonoro sem igual. O publico foi presente em todas as canções.

E com uma sequencia com mais três clássicos do álbum Paranoid, que quase foi executado na íntegra, a banda mandou Fairies Wear Boots, Rat Salad e Iron Man, com direito a um solo magistral de Mr. Geezer Butler.

Os três membros originais do Sabbath estavam bem confortáveis e carismáticos, todos a sua maneira. Era Ozzy o mais atirado! Brincava todo o momento com o público. Saiu correndo pelo palco com um morcego de borracha preso nos dentes, provavelmente jogado por fã


Antes de começar alguma musica Ozzy emitia um som estranho, era um “ou-ou” parecido com um passarinho cuco. Inicialmente o publico ignorou, mas como isso se repetia os fãs passaram a repetir o som do cantor, que rindo soltou um sonoro: - I’m fucking crazy! O que levou a multidão aos risos. Os baldes de água, que são característicos das apresentações do cantor não faltaram. Ozzy parecia benzer o publico com cada balde de água jogado sobre eles.

O animalesco baterista Tommy Clufetos, que já tocou com Alice Cooper, Ted Nugent, Rob Zombie e com o próprio Ozzy, deu um show de técnica e personalidade. Com seu visual anos 70 e a lá John Bonham o batera levantou o publico em seu solo de bateria. E olha que eu detesto solos de bateria.



Uma música que para mim foi inesperada e me pegou de surpresa foi Dirty Woman do Technical Ecstasy (1976). Gosto muito desse som, mas poderia ter sido facilmente substituída por Never Say Die, já que parte do material promocional da banda e a exposição da capa na camisa do Robert Downey Jr, que interpreta do homem de ferro, tornou Cult essa tour e o disco. E também foi a última tour do Ozzy com o Black Sabbath em 1978, ou seja, 35 anos atrás.

Fechando a apresentação nada menos do que Children of the Grave para fulminar os presentes e demolir a Apoteose.

Mas não tinha acabado. Não assim tão fácil. O público carioca, como de costume, timidamente chamava o nome da banda.

Para quem não sabe a palavra Apoteose é usada quando queremos dar status de divindade ou endeusar um ser graças a alguma qualidade. E a divindade Sabbathiana estava no local exato para isso!


Fechando a noite os acordes de Paranoid reverberaram pela Apoteose terminando de lavar a alma de quem ainda incrédulo pulava e cantava com as ultimas energias.


A apresentação apoteótica do Black Sabbath fechou o ano com chave de ouro e ainda proporcionou aos presentes, seja os velhos guerreiros de shows, a molecada mais nova e quem estava ali pela primeira vez, uma experiência única e que talvez não se repita.

Foi uma noite mágica, apocalíptica e ao mesmo tempo libertadora para os novos e velhos fãs de um estilo musical que caminha sobre a Terra há mais de 50 anos. E que passou durante esse tempo por subdivisões celulares criando novos gêneros, todos oriundos do Heavy Metal, mas que possuem apenas um DNA chamado: BLACK SABBATH!

Isso mesmo, em letras garrafais!


Setlist:

War Pigs
Into the Void
Under the Sun
Snowblind
Age of Reason
Black Sabbath
Behind the Wall of Sleep
N.I.B.
End of the Beginning
Fairies Wear Boots
Rat Salad
Iron Man
God Is Dead?
Dirty Women
Children of the Grave

Bis:
Paranoid
(Sabbath Bloody Sabbath Intro)



Crédito das Fotos: Néstor J. Beremblum / T4F

Resenha: Filipe Souza (MetalZone)
www.metalzone.com.br