Black Sabbath
Inglaterra
13
2013
9,5
Em 1978 foi lançado o álbum "Never Say Die" do Black Sabbath, no ano seguinte o vocalista Ozzy Osbourne foi demitido da banda ... Ozzy seguiu uma carreira solo com relativo sucesso e o Sabbath continuou seu caminho cheio de altos e baixos, é bem verdade que a banda teve nomes de peso em sua linha de frente como Ronnie James Dio, Ian Gillan e Glen Hughes, mas nenhum deles tinha o carisma de Ozzy ... mas isso é história!
Em 1998 a formação original da banda se reuniu novamente e foi gravado o álbum ao vivo "Reunion" com os velhos clássicos do grupo e um super presente para os fãs, 2 canções inéditas com o velho Ozzy nos vocais ... músicas boas, mas estava faltando alguma coisa.
Hoje, 35 anos após o último álbum de estúdio com Ozzy, finalmente os fãs podem ouvir o Black Sabbath novamente, nossa e como isso é bom! Os riffs de Tony Iommi, o baixo super pesado de Geezer Butler, a voz inconfundivel e única de Ozzy Osbourne, só faltaram as batidas agressivas e seguras de Bill Ward, mas infelizmente nem tudo é possível e a saúde de Bill não é mais a mesma, e para o seu lugar foi chamado Brad Wilk (ex Rage Against The Machine).
Confesso que estava meio desconfiado a respeito deste CD, pois já havia escutado uma de suas músicas e achei o som muito Ozzy solo, não tinha quase nada de Sabbath e isso era algo que me desapontava bastante, felizmente eu estava imensamente enganado.
Ao ouvir a introdução e os primeiros acordes de "End Of Beginning" fechei meus olhos e me transportei para o ano de 1971, esta canção poderia muito bem fazer parte do lendário álbum "Black Sabbath" ... SENSACIONAL!!! os riffs de Iommi são extremamente pesados, o baixo de Gezzer se destaca conferindo um peso inacreditável a música e Ozzy continua com aquela voz que não impressiona em nada mas que é simplesmente insubstituível, na sequência "Gos Is Dead?" prossegue transbordando em peso e genialidade com seu instrumental carregadão, "Loner" a 3ª faixa não perde o pique e novamente Geezer se destaca, ele sem dúvida é um dos maiores baixistas do Metal, "Zeitgeist" é uma faixa mais light mas nem por isto deixa de ser pesada, em "Age Of Reason" o peso volta a aumentar e a velocidade dos riffs também, acho que estou sendo repetitivo, mas é impossível não destacar Geezer novamente, a próxima canção "Live Forever" é perfeita, riffs rapidos, um Ozzy inspiradíssimo e o velho Iommi em plena forma, "Damaged Soul" volta com aquele clima mais carregadão, bem ao estilão do início da banda, o álbum é finalizado com "Dear Father" gostei bastante das viradas de bateria muito legais de Brad Wilk e todo o magnetismo sonoro que esta canção possui.
Acho que este foi o primeiro CD que eu comentei aqui no "Blogando" que tive realmente vontade de dar uma nota 10, só não fiz isto por dois motivos, o primeiro deles foi a falta de Bill Ward no comando das baquetas, ele foi muito bem representado, mas seria um trabalho muito mais legal se a formação clássica da banda estivesse novamente reunida, e o segundo motivo ... PORRA!!!! depois de 35 anos de ausência só temos direito a 8 pérolas?
De qualquer modo,"13" é um trabalho que por si só já se torna um clássico da banda, e tenho certeza que os velhos fãs, como eu, estão em festa, e os novos de queixo caído tentando entender como estes "senhores" podem fazer uma obra como esta, simplesmente impecável.
Henrique Linhares