5 de fevereiro de 2014

Meus 10 CDs clássicos por Filipe Souza (Metal Zone)

Voltamos com a seção "Meus 10 CDs clássicos", desta vez convidei um grande amigo para nos contar quais são as suas preferências. Filipe Souza, criador e mentor do site Metal Zone (www.metalzone.com.br), um dos melhores sites especializados em música pesada do país, com estas credenciais  tenho certeza que veremos coisa boa, sendo assim ... bem vindos.


Ozzy Osbourne - Speak Of The Devil (1982)


Eu tinha uns 14 anos quando vi um vizinho saindo de casa com esse disco na mão. Eu estava longe e vi apenas um cara cuspindo sangue na capa. No dia seguinte perguntei ao vizinho sobre o disco e se ele poderia grava-lo pra mim. O LP gastou uma fitinha K7 de 90 minutos, mas foram 90 minutos de puro êxtase sonoro.
 
As melhores músicas do Black Sabbath gravadas pelo Ozzy ao vivo e com uma banda de um peso descomunal. Até hoje sou muito fã desse álbum.


Megadeath - Youthanasia (1994)


Há dois anos antes do lançamento desse disco eu já era fã do Megadeth, mas quando a banda anunciou o lançamento desse material,  eu me matei para comprá-lo. Juntei uma grana e encomendei o LP em uma loja de São Paulo. Quase 60 dias depois a Hellion me mandou o disco importado. Acredito que fui o primeiro cara na minha cidade e ter o disco. Na época formou-se uma pequena peregrinação dos meus amigos até a minha casa para ouvir.

É um dos discos, senão o disco mais técnico da banda. Dave Mustaine e Nick Menza abusam dos seus instrumentos.


Iron Maiden - Somewhere In Time (1995)


Esse foi o segundo disco do Iron Maiden que eu ouvi.  Comecei ouvindo a banda pelo "The Number Of The Beast", mas não tinha visto a capa do disco, já que era uma fita K7.

Alguns meses depois um amigo disse que tinha um disco dessa banda nas coisas do pai dele e que o velho me daria o disco. Voltei pra casa correndo e estava louco pra ouvir. No trajeto namorei a capa do LP, que era fenomenal!

Quando coloquei o vinil para rolar não acreditei que era possível existir músicas tão boas! Desde “Caught Somewhere In Time” até “Alexander The Great” eu acompanhava ávido cada nota e a letra.


Paradise Lost - Draconian Times (1995)


Quando esse disco foi lançado eu conhecia a banda só de nome. Eu tinha ido visitar um amigo e ele botou o disco pra rolar dizendo que era o disco novo do Metallica. E até que pareceu um pouco com o Metallica mesmo, mas depois ficou bem diferente.

Gravei o disco em uma fita K7 e fui ouvir com calma em casa. Semanas depois comprei o CD. E de cara a banda já tinha se tornado minha favorita.

Até hoje ouço sempre esse material que é atemporal.


Angra - Angels Cry (1993)


Na época que esse disco saiu eu nunca havia escutado nada sobre a banda e seus membros. Desconhecia a pessoa do André Matos. O disco saiu em uma época que eu estava vidrado em Metal Melódico, mas só conhecia o Helloween.

A primeira música que ouvi desse disco foi “Never Understand” em um programa de rádio da minha cidade, em Resende – interior do Rio de Janeiro. O locutor disse que era um lançamento de uma banda brasileira.

Semanas depois achei o disco pra vender. Comprei e quando ouvi com calma em casa eu já tinha me tornado fã numero 1 da banda.


Skid Row - Slave To The Grind (1991)


Esse foi exatamente o primeiro disco de Heavy Metal que comprei. Na verdade foi uma fita K7. Acho que foi em 1992 quando meu pai me deu um toca fitas do Paraguai (risos), algo bem comum e sorrateiro em uma economia sem freios e com uma moeda super desvalorizada.

Coloquei a fitinha pra rolar e meus pais estavam na sala. Minha mãe arregalou o olho e perguntou: - Você gosta disso? E respondi serenamente: Agora eu gosto e MUITO!

Muitos fãs de Metal torcem o nariz para o Skid Row, acredito que seja mais pela figura do Sebastian Bach (vocal) do que realmente por conta da banda. Mesmo com as atitudes “rebelde sem causa” do vocalista, é inegável o peso e a qualidade de torpedos como “Slave To The Grind”, “Monkey Business”, “The Threat”, a semi balada “Quicksand Jesus”, “In A Darkned Room”, e fechando muito bem com a balada “Wasted Time”.


Artch - Another Return To Church Hill (1988)


Em 1994 publiquei na Rock Brigade um anúncio para me corresponder com leitores da revista.  Fiz amigos de diversas partes do Brasil e um deles que ficou muito meu amigo foi um carinha de Gramado no Rio Grande do Sul. O Fabrício e eu trocamos muitas gravações e entre as diversas fitas, uma que me chamou muito a atenção foi a banda norueguesa Artch.

Fiquei impressionado com a qualidade da banda e de imediato já apelidei a banda de: Metal Church com Bruce Dickinson no vocal.

Esse disco foi lançado em 1988 e infelizmente não teve o merecido reconhecimento.  É uma pena, já que todas as dez faixas do disco são impecáveis.  Começando pela intro “Conversio to Prelude”, passando pela faixa “Another Return To Church Hill”, “Power To The Man”, “Where I Go ” e fechando com “Reincarnation”.

O Artch é uma banda que faço questão de apresentar para os fãs do estilo, pois esse disco é melhor do que muito material já lançado pelos medalhões do gênero.


Dark Avenger - Dark Avenger (1995)


Essa é uma banda que acompanho desde a demo “Choose your side”. Recebi a demo depois que publiquei um anúncio para me corresponder com leitores da revista Rock Brigade em 1994.

Essa demo era fantástica e já despontava o Dark Avenger como um promissor grupo de Power Metal Melódico do Brasil. Algum tempo depois o grupo lançou o debut completo.  As musicas da demo ganharam um nova roupagem, mas não deixaram de ser canções fortes.

Vale destacar as excelentes “Half Dead Eyes”, “Die Mermaid”, “Ghost Divinity”, “Madelayne”, “Dark Avenger” e “Who Dares Do Care”.

Acredito que o grupo só não foi para frente na época porque a Rock Brigade, que era o principal veículo sobre Rock/Metal no Brasil queria apenas evidenciar o Angra.


Type O Negative - October Rust (1996)


Em 1994 eu conheci essa banda depois que um amigo me raptou em casa para ver o clipe “Christian Woman”. Em poucos segundos fiquei maravilhado com a sonoridade e o visual vampiresco do grupo. Comprei o CD “Bloody Kisses”, mas algumas músicas eram boas e as outras eram um mix de samples com bases de guitarras e letras desconexas.

Em 1996 o grupo lançou o “October Rust”, que particularmente achei um divisor de águas na carreira do Type O Negative.  Esse álbum é muito mais melódico, soturno e gótico do que 90% do dos lançamentos das últimas décadas.

As letras do CD são obras poéticas impagáveis, que misturam mitologia e erotismo. As melodias e o peso do disco caminham em conjunto.
Esse disco representou muito para mim na minha adolescência.


Sentenced - Crimson (2000)


A estação das bandas que misturariam metal com toque góticos chegariam ao ápice junto com o novo milênio.  E foi assim que em 1999 o Sentenced lançou seu novo álbum: Crimson. O terceiro com o novato Ville Laihiala nos vocais.
Ville entrou no lugar do Taneli Jarva, que ocupava o posto de vocalista e baixista do grupo. Com a entrada de Ville a banda mesclou elementos de Power Metal e Metal Tradicional ao seu Death Metal mais dark.

E o ponto alto dessa mistura se deu no consagrado Crimson. O clipe da semi balada “Killing Me...Killing You” me fisgou de tal forma que eu corria atrás para saber tudo sobre essa banda. Em abril de 2000 coloquei online um site em português sobre o Sentenced. A própria banda me escreveu agradecendo e colocou o link no site deles com os seguintes dizeres: Primeiro site em língua portuguesa sobre o Sentenced.

Na época traduzi quase todos os CDs deles e principalmente o Crimson, que era o mais pedido entre os fãs.

Não tem se quer uma única música do Crimson que seja fraca ou mediana. Aposto com o leitor que ao ouvir os petardos: “Bleedind In My Arms”, “Home In Despair”, “Fragile”, “Broken”, “Killing Me Killing You”, “Dead Moon Rising”, assim como eu ficará fã da banda instantaneamente.


Gostou? visite o site Metal Zone e acompanhe tudo sobre o universo da música pesada.





 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Usem e abusem ...