Jagger e Cia nem precisam de comentários!!!
29 de março de 2013
Discografia Comentada - Judas Priest (Parte II: Um novo Judas Priest)
Em 1992 Rob Halford surpreende o mundo do Metal anunciando sua saída do Judas Priest, seria o fim da lenda?
O mundo da música pesada ficou perplexo com a controversa saída de Rob Halford do Judas Priest, ninguém conseguia entender o que estava de fato acontecendo, afinal de contas a banda havia conseguido se reerguer e chegar novamente ao topo após o lançamento do super premiado "Painkiller". A pergunta que se fazia era ... haveria Judas Priest sem Rob Halford?
O novo Judas Priest |
Jugulator (1997) |
Após 6 anos de silêncio e indecisão, finalmente o Judas Priest anuncia sua volta, para ocupar o posto deixado por Halford apresentam ao mundo Tim "Ripper" Owens, um vocalista excepcional e com características muito parecidas às de seu antecessor somando-se a isto um timbre bem mais agressivo. Em 1997 é lançado mundialmente o tão aguardado CD de retorno da banda "Jugulator", este trabalho difere de todos os anteriores do grupo, é um álbum muito mais pesado, mesclando ao seu Heavy Metal tradicional elementos de Thrash Metal, Speedy Metal e também de Metal Industrial, o resultado é um CD muito bom a começar pela sensacional "Jugulator" onde Owens já despeja todo seu poderio vocal, a fúria e velocidade das guitarras impressiona e não para também em "Blood Stained" e "Dead Meat", outra canção muito boa é "Bullet Train" com um agudo fora de série de Tim Owens, os melhores momentos do CD são sem sombra de dúvida "Death Row" com todo seu ar sombrio e violento e seus riffs devastadores e "Burn In Hell" um novo clássico do Heavy Metal. Um ótimo CD que nos apresenta uma nova realidade, existe um novo Judas Priest!
'98 Live Meltdown (1998) |
Em 1998 embalados pelo sucesso de sua volta, lançam seu terceiro álbum ao vivo "98 Live Meltdown", aqui estão todos os maiores clássicos do Judas Priest, agora interpretados com um estilo mais pesado e rápido e também com a nova leitura vocal de Tim Owens, e olha que o cara não decepciona, sua segurança ao cantar as músicas antes interpretadas por Halford é impressionante, tanto que escolhem para abrir o álbum simplesmente "Electric Eye" e a música ficou foda, logo em seguida temos "Metal Gods", "Grinder" e tantas outras como "The Sentinel", "Victm Of Changes", "Breaking The Law" e "Painkiller", mas não podemos deixar de lado dois momentos especiais deste CD, o primeiro deles é quando na música "The Ripper" Tim se apresenta ao público e mostra o porque de ter sido escolhido para substituir Halford, e por fim uma versão totalmente diferente para "Diamonds And Rust", e é claro as canções do CD "Jugulator" como "Death Row" que ficou ainda mais raivosa. Um ótimo CD que firmou o Judas Priest como o velho dinossauro do Metal agora com novos ares.
Demolition (2001) |
No ano de 2001 lançam "Demolition", um CD com forte tendência ao Metal moderno, este trabalho serve em primeiro lugar para firmar Tim Owens como um dos vocalistas de melhor timbre dentro do estilo, mas por outro lado serve também para nos mostrar que a banda pode não estar tomando para si o melhor caminho. "Demolition" não teve a mesma força de "Jugulator", poucas músicas realmente chamam a atenção, "One On One" é uma delas pelo seu peso e por seus riffs, "Hell Is Home" é outra com aquele ar todo carregadão principalmente por conta do baixo preciso de Ian Hill, "Bloodsuckers" tem um refrão bastante legal e "Feed On Me" na minha opinião é a mais lúcida de todo o CD, com muito peso e um vocal rasgadão. O Judas Priest dá claros sinais de não estar suportando a pressão de seu grande nome.
Live In London (2003) |
O Ano de 2003 é diferenciado para a banda, em abril deste ano lançam seu quarto CD ao vivo "Live In London" novamente estão nele todos os clássicos da banda, e também as novas canções, pode-se dizer que seria uma última tentativa de se manter. "Live In London" é um bom trabalho, mas não mostra nada de novo a não ser algumas canções do CD "Demolition" em suas versões ao vivo, como foi o caso de "One On One" e "Feed On Me", e também alguns clássicos que não fizeram parte de "98 Live Meltdown" como "Heading Out To The Higway" e "Beyond The Realms Of Death", é verdade que todas as músicas foram extremamente bem executadas, mas definitivamente faltava algo ao grupo. "Live In London" foi a última participação de Tim Owens na banda, pois rumores começaram a surgir sobre um possível retorno de Rob Halford ao Judas Priest, fato este que acabou realmente acontecendo neste mesmo ano. Mas isto já é assunto para a terceira e última parte desta discografia. Até lá.
Henrique Linhares
Clássicos - Uriah Heep - The Wizard / Stealin'
Uriah Heep, banda britânica de Hard Rock formada no final dos anos 60, "The Wizard" e "Stealin" são até hoje considerados como alguns de seus maiores clássicos.
Nestes vídeos temos o privilégio de ver e ouvir o saudoso vocalista David Byron.
27 de março de 2013
Discografia Comentada - Judas Priest (Parte I: Reinventando o Metal moderno)
Começando mais uma nova seção no "Blogando". Discografias comentadas, e para iniciar, vou homenagear a minha banda do coração Judas Priest.
Considerada, com muitos méritos, uma das bandas mais influentes no mundo do Heavy Metal, o Judas Priest faz jus ao nome que recebeu nos seus longos anos de estrada ... Metal Gods.
Tudo começou nos primórdios de 1969, quando Al Atkins (vocais), K.K.Downing (guitarras), Ian Hill (baixo) e John Ellis (bateria) formaram uma banda, em homenagem a uma música de Bob Dylan chamada "The Ballad Of Frankie Lee And Judas Priest" batizaram o grupo como Judas Priest, nasce aí a lenda. Atkins e Ellis não demoraram muito a abandonar o navio, dando a lugar a Rob Halford assumindo os vocais e John Hinch nas baquetas, pouco tempo depois uniu-se também à banda o guitarrista Glenn Tipton, a entrada de Tipton no Priest revolucionou a NWOBHM, pois foi a partir deste momento que surgiram as guitarras dobradas no Metal, uma marca da banda e que foi extremamente imitada pela maioria das bandas britânicas. O Judas Priest foi a primeira banda a unir o peso e a temática violenta criados pelo Black Sabbath, à velocidade de grupos como Led Zeppelin, foram responsáveis também pela adoção de roupas de couro e adereços de metal cromado ao visual das bandas de Metal.
Rocka Rolla (1974) |
Com esta formação lançam no ano de 1974 pela gravadora Gull Records seu primeiro álbum "Rocka Rolla", o disco foi produzido por Rodger Bain, produtor dos três primeiro álbuns do Black Sabbath. "Rocka Rolla" tem uma sonoridade bem típica das bandas de Rock do início dos anos 70, entre suas 10 faixas se destacam "Rocka Rolla" e "Never Satisfied", este trabalho não foi muito bem recebido pela crítica da época, e confesso que se torna interessante como ítem de colecionar.
Sad Wings Of Destiny (1976) |
Logo após o lançamento de "Rocka Rolla" o baterista John Hinch larga a banda, para seu lugar é recrutado Alan Moore, e no ano de 1976 o álbum "Sad Wings Of Destiny" é lançado. Este trabalho é considerado um épico do Judas Priest, realmente um disco que marcou época, "Sad Wings Of Destiny" foi o grande passo para a entrada do grupo no mundo totalmente Heavy Metal, é impossível comentar este disco sem ressaltar a voz marcante de Rob Halford que começa a ganhar tom neste trabalho, um bom exemplo desta afirmação é a canção "The Ripper", junte-se a ela também a clássica "Victm Of Changes", não se pode falar do CD sem citar também as sensacionais "Tyrant", "Genocide", "Island Of Domination" e "Dream Deceiver". Este foi o último disco lançado pela Gull Records, cansados pela falta de apoio da gravadora os músicos assinaram contrato com a Columbia Records.
Sin After Sin (1977) |
Em 1977 é lançado "Sin After Sin", já pela gravadora Columbia Records, novamente o posto de baterista é ocupado por um novo membro, desta vez quem assumiu as baquetas foi Simon Philips, na época com 19 anos. Com "Sin After Sin" a banda aparece pela primeira vez nas paradas inglesas, com clássicos como "Sinner", "Starbreaker" e "Dissident Agressor", neste ábum gravam "Diamonds And Rust" cover da cantora Joan Baez, e que se encaixou com perfeição na voz de Halford.
Stained Class (1978) |
O álbum seguinte "Stained Class" foi lançado em 1978, nele também a banda conta com um novo baterista Les Binks, nesta época o Judas Priest já era considerado uma banda bastante influente, é notória a trasição do Hard Rock para o Heavy Metal tradicional, pois a banda carrega um peso maior nas suas músicas, "Exciter", "Savage", "Beyond The Realms Of Death" são excelentes canções. É também neste álbum que surge uma das maiores polêmicas em torno da banda, o grupo é acusado pelo incentivo ao suicídio de dois jovens através da música "Better By You, Better Than Me", os membros da banda foram julgados e nada foi provado contra eles, apesar disso, este escândalo marcou definitivamnte a trajetória da banda.
Killing Machine (1978) |
A verdade é que a banda soube usar muito bem toda a mídia em torno do processo judicial e no mesmo ano lançam "Killing Machine" (nos E.U.A. o disco foi lançado com o nome "Hell Bent For Leather"), pela primeira vez desde a sua formação o mesmo baterista participa da gravação de dois discos, este álbum consolida de vez o Judas Priest nas paradas inglesas, "Killing Machine" é um CD com características mais comerciais, apesar disso continua com os temas obscuros dos trabalhos anteriores. "Delivering The Gods", "Hell Bent For Leather" e "Running Wild" são os grandes destaques deste lançamento.
Enfim em 1979 lançam seu primeiro álbum ao vivo "Unleashed In The East", uma vez ouvi um amigo dizer que você só conhece verdadeiramente uma banda quando a ouve ao vivo, e Judas Priest ao vivo é energia, força e magnetismo puro, riffs que já eram excepcionais ao vivo ficam perfeitos e Halford é uma das vozes mais incríveis e possantes que o mundo da música pesada conhece, em "Unleashed In The East" estão clássicos da banda como "The Ripper", "Sinner", "Diamonds And Rust", "Tyrant" e "Victim Of Changes", um disco que não pode faltar em nenhuma coleção de respeito.
British Steel (1980) |
Em 1980, O Judas Priest não conta mais com Les Binks na bateria, em seu lugar entra Dave Holland, neste ano lançam o sensacional "British Steel", considerado por muitos o álbum mais influente do Metal mundial na época, com "British Steel" alcançam pela primeira vez uma grande repercussão mundial, e criam um dos riffs mais perfeitos do Heavy Metal, os acordes de "Breaking The Law" são simplesmente espetaculares! mas não para por aí, o disco é recheado de clássicos como "Metal Gods", "Rapid Fire", "Grinder", "United" e a incrível "Living After Midnight", um álbum clássico e extremamente influente até os dias de hoje.
Point Of Entry (1981) |
O nome Judas Priest já era sinônimo de Heavy Metal de qualidade, seu estilo era copiado por inúmeras bandas que estavam surgindo e seus shows lotavam estádios. No ano de 1981 lançam o álbum "Point Of Entry", agora com uma formação estabilizada, novamente o disco faz muito sucesso, é bem verdade que não pode ser comparado ao trabalho anterior que é extremamente acima da média, músicas como "Don't Go" e "Heading Out To The Higway" são sucessos imediatos, considero "Hot Rockin" a melhor música do álbum, extremamente pesada, com riffs simples e sensacionais e um Halford muito agressivo em seus vocais. Ao que parece o Judas Priest se consolidava como um dos principais nomes do Heavy Metal mundial.
Screaming For Vengeance (1982) |
Em 1982 o Judas Priest atinge o auge da carreira internacional com o lançamento do clássico "Screaming For Vengeance", uma aula de Heavy Metal, com alguns dos riffs mais fantásticos do estilo, a instrumental "The Hellion" abre o disco nos preparando para a furiosa "Electric Eye" e sem nos deixar respirar prosseguem com "Riding On The Wind", mas o CD não fica apenas nisso, temos ainda a esmagadora "You've Got Another Thing Coming" e também "Bloodstone" extremamente precisa em seu peso. Os deuses do Metal existem e se chamam Judas Priest!
Defenders Of The Faith (1984) |
Ainda colhendo os frutos de "Screaming For Vengeance" lançam no ano de 1984 "Defenders Of The Faith", aquele que na minha opinião é um dos ábuns mais fantásticos da banda, K.K. e Tipton se transformaram em máquinas de riffs espetaculares e Halford em uma das vozes mais possantes do Heavy Metal. "Defenders Of The Faith" é um dos álbuns da banda que contém o maior número de clássicos, estão aqui "Freewheel Burning", as pesadíssimas "Jawbreaker" e "The Sentinel", e também "Rock Hard Ride Free", "Love Bites", "Eat Me Alive" e "Some Heads Are Gonna Roll", uma das características de "Defenders Of The Faith" é ter uma sonoridade pesada, rápida e ao mesmo tempo harmônica. E como num trecho da música "Jawbreaker" o Judas Priest se torna "mortal como uma víbora".
Tudo caminhava perfeitamente bem, até que os músicos da banda resolveram fazer inovações em seu som, o resultado foi catastrófico. No ano de 1986 a banda Judas Priest lança seu disco mais polêmico "Turbo", nele tudo era diferente a começar pelo visual, foram-se as roupas de couro e adereços de metal e o que se viu foi um guarda-roupas que fugia completamente as características originais da banda, entretanto as mudanças não terminaram aí, a sonoridade do Judas passou a ser discaradamente comercial com uma mudança radical também na temática de suas letras, e como se não bastasse incorporaram sintetizadores às guitarras. É bem verdade que "Turbo" teve uma imensa vendagem, mas esta foi movida pelos excelentes álbuns anteriores, "Turbo" não foi bem aceito pela crítica e nem pelos fãs. Algumas músicas até que são legais como "Turbo Lover", "Private Property", "Rock You All Around The World" e "Out In The Cold", mas como eu disse são apenas músicas legais. É um disco que precisa ser ouvido muitas vezes para se gostar, pois foge bastante às características da banda.
Priest ... Live! (1987) |
O estrago já estava feito, e cabia unicamente a banda recuperar seu prestígio junto aos fãs e ao cenário mundial, e o melhor modo encontrado foi o lançamento em 1987 de seu segundo álbum ao vivo "Priest ... Live!", nesta CD estão boa parte dos grandes clássicos da banda como "Metal Gods", "Breaking The Law", "The Sentinel" e "Electric Eye" e também algumas canções do álbum "Turbo", confesso que ao vivo a sonoridade de algumas delas ficou bastante interessante como em "Out In The Cold" e na própria "Turbo Lover". O Priest provou, que apesar de tudo ao vivo ainda era perfeito, Halford com um vocal afiadíssimo, K.K. e Tipton com guitarras extremamente pesadas (e utilizando os sintetizadores), e o suporte seguro de Hill no baixo e Holland na bateria trouxeram um novo fôlego ao grupo. "Priest ... Live!" demonstrou que a banda não havia sucumbido ao comercialismo total, mas ainda faltava reconquistar os fãs.
Ram It Down (1988) |
Em 1988 retornam com "Ram It Down", uma clara tentativa de voltar às suas origens, um bom disco se o compararmos a seu antecessor "Turbo", mas muito abaixo dos clássicos anteriores. Muitos fãs olharam com uma certa desconfiança para este trabalho quando souberam que haveria um cover para "Johnny B. Goode" de Chuck Berry, não achei que a música ficou tão ruim assim, outras boas canções são "Ram It Down" com um agudo incrível de Halford, "Heavy Metal" bem pesada, "Come And Get It" e "Blood Red Skies", Mas a banda não conseguiu retornar ao posto de grande nome no mundo do Metal, ainda faltava a verdadeira essência do antigo Judas Priest.
Painkiller (1990) |
Após um longo período com a formação estabilizada o Priest sofre uma nova baixa, o baterista Dave Holland deixa a banda, para seu lugar é recrutado Scott Travis, foi aí que o Judas Priest que todos conheciam reencontrou a fórmula do verdadeiro Heavy Metal. Em 1990 lançam o super aclamado "Painkiller", para mim a obra-prima do Judas Priest, "Painkiller" é rápido, violento e moderno. Scott Travis se apresenta com a mais sensacional introdução de bateria que já ouvi em minha vida na música "Painkiller" seguida por um agudo fantástico de Halford, que aliás está simplesmente insuperável, feroz, com o vocal mais agressivo que já utilizou em um disco do Judas, "Hell Patrol" da sequência ao CD continuando todo o massacre sonoro que não para em "All Guns Blazing", "Leather Rebel" e "Metal Meltdown" continuam com riffs e velocidade excepcionais, em seguida a fantástica "Night Crawler" e a fora de série "Between The Hammer And The Anvil" com riffs maravilhosos, outra canção excelente é "A Touch Of Evil" menos veloz e rápida, mas extremamente pesada. Enfim, "Painkiller" foi a volta por cima do Judas Priest e um cala boca àqueles que diziam que a banda havia acabado. Em 1991 tocam no Brasil no Rock In Rio (eu estava lá ... foi FODA!!!) e em 1992 Rob Halford surpreende o mundo da música anunciando sua saída da banda para montar o Fight, mas isso é assunto para a segunda parte desta discografia. Até lá.
Henrique Linhares
26 de março de 2013
Eternyx - Gothic / Doom Metal (Rio de Janeiro/RJ - Brasil)
A banda carioca "Eternyx", foi iniciada em abril de 2008, na cidade do Rio de Janeiro por Aline Vandrack, Diego Amorim, Elton Albuquerque, Jonathan Silva, Luana Braga e Thaise Silva. Com influências de Gothic e Doom Metal a banda se chamava originalmente "Trustworthy".
Antes da gravação de seu primeiro CD, a banda mudou, não somente quase todos os seus membros, como também as suas diretrizes musicais, adicionando influências de Rock Progressivo ao seu som.
Os únicos membros originais remanescentes foram Aline Vandrack e Luana Braga, a elas se juntaram Vinicius Detoni na guitarra, Júlio César nos teclados e mais recentemente Leo Birigui na bateria. Com essa nova formação a banda assumiu o nome Eternyx.
O primeiro CD intitulado "Unknown Way" já está disponível para download no site http://www.eternyx.net e foi produzido por Celo Oliveira no Hydria Estúdios, contando com 10 faixas e com a arte produzida pelo designer Bruno Pigozzi.
A banda Eternyx também fechou parceria com a World Of Glass Compilations, projeto que faz coletâneas com bandas de metal que tenham vocalistas mulheres e estará participando do volume 3 que será disponibilizado em todo o mundo.
Formação atual da banda:
Aline Vandrack - Vocal
Luana Braga - Bass
Vinícius Detoni - Guitar
Júlio César - Keyboards
Leo Birigui - Drums
Luana Braga - Bass
Vinícius Detoni - Guitar
Júlio César - Keyboards
Leo Birigui - Drums
Site Oficial: http://www.eternyx.net/
23 de março de 2013
Meus 10 CDs clássicos por Henrique Linhares
A partir de hoje temos uma seção nova no "Blogando", Meus 10 CDs clássicos, neste espaço comentaremos sobre cds que marcaram nossas vidas. Sejam muito bem vindos a mais este espaço.
Bom para começarmos esta seção irei compartilhar com vocês quais são os 10 CDs que eu considero clássicos indispensáveis para qualquer headbanger.
Led Zeppelin - Led Zeppelin IV (1971) |
Led Zeppelin, falar desta banda é simplesmente falar sobre um dos responsáveis pelo que hoje conhecemos por música pesada, Jimmy Page, Robert Plant, John Paul Jones e o saudoso John Bonham são ícones da história da música, no ano de 1971, já famosos, lançaram o (na época) LP Led Zeppelin IV, este trabalho contém pérolas do Rock'n'Roll como "Black Dog", "Rock And Roll", "Going To California" e um dos hinos da banda e do própio rock "Stairway To Heaven", simplesmente indispensável, quem realmente gosta de música de qualidade guarda com certeza este (hoje) CD em um lugar muito especial em sua coleção.
Quiet Riot - Metal Health (1983) |
Sou extremamente suspeito para falar sobre a banda Quiet Riot, e em especial a respeito deste CD "Metal Health", meu primeiro contato com o metal foi justamente com esta banda quando assisti ao videoclipe da música "Cum On Feel The Noize" um cover da banda Slade, eu pirei! Infelizmente a banda teve muitos altos e baixos em sua trajetória e nunca atingiu o seu lugar merecido no mundo do Metal.
AC/DC - Highway To Hell (1979) |
No ano de 1979 a banda AC/DC já era famosa, principalmente pelas apresentações alucinadas de seu guitarrista Angus Young, e também pelo vocal rasgado e descompromissado de Bon Scott, neste ano lançaram o LP "Highway To Hell" último trabalho com Scott antes de sua morte em fevereiro do ano seguinte, PERFEITO, acho que esta palavra define muito bem este LP, os acordes da música "Highway To Hell" são magistrais, as faixas "Touch Too Much", "If You Want Blood (You've Got It)", "Shot Down In Flames", definem até hoje o que é o universo Rock'n'Roll. Um dos melhores cds que ouvi em minha vida.
Black Sabbath - Heaven And Hell (1980) |
Após a saída de Ozzy Osbourne da banda, os membros do Black Sabbath recrutaram Ronnie James Dio para assumir os vocais, e o resultado disto foi o sensacional "Heaven And Hell" lançado em 1980, o baixinho Dio trouxe outra vida ao Sabbath com canções espetaculares como "Neon Knights", "Children Of The Sea", "Lady Evil" e a sombria "Heaven And Hell", com certeza este é um dos mais importantes trabalhos da discografia da banda e até mesmo do próprio Dio.
Metallica - Master Of Puppets (1986) |
Terceiro CD lançado pelo Metallica, "Master Of Puppets" é um ícone do Thrash Metal, último trabalho com o baixista Cliff Burton e que contém alguns dos maiores clássicos da banda. Na minha humilde opinião a música "Master Of Puppets" é a mais perfeita que já ouvi até hoje, e acho muito difícil que alguma outra a supere. Velocidade, técnica, competência e talento resultaram em obras primas do Metal como a já citada "Master Of Puppets", e também "Battery", "Welcome Home (Sanitarium)", "Leper Messiah" e "Damage, Inc.". Este CD solidificou de vez o nome do Metallica no cenário mundial da música pesada.
Slayer - Reign In Blood (1986) |
Confesso que a primeira vez que ouvi "Reign In Blood" achei uma porcaria, uma gritaria sem sentido, cometi o erro de compará-lo ao "Master Of Puppets" do Metallica, e deixei o CD num canto do armário por algum tempo. Mas quando realmente me decidi a ouvir com atenção o petardo, fiquei babando, o grito devastador de Tom Araya em "Angel Of Death" abre as portas da pancadaria que se segue com "Piece By Piece", "Necrophobic", "Altar Of Sacrifice", "Jesus Saves", "Criminally Insane", "Reborn", "Epidemic", "Postmortem" e se encerra em menos de 30 minutos com "Raining Blood", é um dos poucos cds que eu conheço que todas as músicas são perfeitas. Imperdível!!!
Judas Priest - Painkiller (1990) |
O Judas Priest, após alguns trabalhos que despertaram uma desconfiança muito grande por parte de seus fãs, precisava desesperadamente lançar um CD que realmente fosse digno de sua grandiosidade, e "Painkiller" foi este CD, a introdução de bateria da música "Painkiller" é algo fenomenal, nunca ouvi nada parecido, a agressividade dos vocais de Rob Halford, a velocidade das guitarras de K.K.Downing e Glenn Tipton, a precisão do baixo de Ian Hill e o massacre sonoro da bateria de Scott Travis nos brindam com uma das músicas mais espetaculares do Heavy Metal, mas não para por aí, pois ainda temos "Hell Patrol", "All Guns Blazing", "Night Crawler", "Between The Hammer & The Anvil" e "A Touch Of Evil" como clássicos deste CD. Uma aula de Heavy Metal que não pode faltar em coleção alguma de um headbanger de verdade.
Iron Maiden - The Number of The Beast (1982) |
Primeiro CD do Iron Maiden com o vocalista Bruce Dickinson, a banda não mudou apenas de frontman neste trabalho, em "The Number Of The Beast" a Donzela se solidifica como um dos grandes nomes do Heavy Metal mundial. Bruce Dickinson deu vida nova à banda, e seu estilo vocal transformou este CD num dos maiores clássicos do grupo, "Invaders", "Children Of The Damned", "22 Acacia Avenue", a fabulosa "The Number Of The Beast", "Run To The Hills" e "Hallowed Be Thy Name" definitivamente marcaram a história do Iron Maiden. Se você não tem este cd corra a uma loja e compre imediatamente!
Deep Purple - Perfect Strangers (1984) |
Tá certo que muita gente acha "Smoke On The Water" a obra prima do Deep Purple, concordo que esta música é marcante para a história tanto da banda quanto da música pesada, mas na minha opinião "Perfect Strangers" é o disco dos caras. Ian Gillan e Cia foram perfeitos em cada uma das notas de todas as faixas deste CD, quem não conhece as canções "Knocking At Your Back Door", "Wasted Sunsets", "Mean Streak" e a clássica "Perfect Strangers" com certeza não mora neste planeta.
Marillion - Misplaced Childhood (1985) |
Um dos maiores nomes do Rock Progressivo mundial, a banda Marillion é responsável por um dos grandes clássicos dentro deste estilo, o CD "Misplaced Childhood" de 1985, o vocalista na época do lançamento Fish é considerado até hoje uma das vozes mais belas do Rock, este CD alcançou o primeiro lugar na lista dos álbuns mais vendidos do Reino Unido em 85, e não era para menos, afinal de contas "Misplaced Childhood" contém pérolas como "Pseudo Silk Kimono", "Kayleigh", "Lavender" entre tantas outras. Um belo CD, começando pela bela arte da capa, e culminando com canções maravilhosas. Recomendo este CD para todos que gostam de Rock e principalmente para aqueles que não são radicais e gostam de conhecer boas bandas.
Henrique Linhares
13 de março de 2013
Metal em luto, morre Clive Burr
Mais um dia triste para o mundo da música, faleceu ontem aos 56 anos de idade Clive Burr, o lendário baterista do Iron Maiden.
Clive fez parte da formação inicial da "Donzela de Ferro", gravou os três primeiros álbuns da banda, Iron Maiden em 1980, Killers em 1981 e o fantástico The Number Of The Beast em 1982, e foi obrigado a abandonar o meio musical quando foi diagnosticado com esclerose múltipla.
Sobre a morte do ex-companheiro de banda, Steve Harris, fundador do Iron, e que acabou de fazer aniversário comentou o seguinte: "Esta é uma notícia muito triste. Clive era um velho amigo de todos nós. Ele era uma pessoa maravilhosa e um baterista incrível que deu uma valiosa contribuição para a Donzela no início, quando estávamos começando. Este é um dia triste para todos na banda e aqueles em torno dele e os nossos pensamentos e condolências estão com sua parceira Mimi e família neste momento."
Cabe a nós rezar por Clive e sua família, e pedir a Deus que o receba com festa.
Obrigado Clive por tudo, descanse em paz!
Henrique Linhares
Parabéns Steve Harris
O Blogando não poderia deixar passar em branco uma data tão especial para o mundo da música pesada, ontem dia 12/03, o baixista e fundador do Iron Maiden, Steve Harris, completou 57 anos de idade, segue aqui nossa pequena homenagem e esse músico sensacional.
Stephen Percy Harris, o nosso Steve Harris, nasceu em Londres no dia 12 de março de 1956, músico e compositor, conhecido muldialmente por ser baixista, baking vocals, eventualmente tecladista, vocalista, principal compositor e fundador da banda britânica de heavy metal Iron Maiden. Único integrante a permanecer na banda desde a sua criação e também a tocar em todos os álbus da "Donzela de Ferro".
Obrigado Steve por tudo que fez e por tudo que continua fazendo em nome do metal.
Parabéns e que Deus te ilumine cada vez mais.
Henrique Linhares
Tattoos: dos primórdios aos dias de hoje
Vista antigamente pela sociedade como um símbolo de marginalidade e de pessoas desocupadas, as tatuagens, ou tattoos, hoje muito mais que um modismo são uma filosofia de vida e expressão cultural.
Um dos mais conhecidos registros que se tem sobre as tatuagens é do capitão inglês James Cook, quando o mesmo tentava entrar em contato com os nativos do Taiti.
O povo daquela região designava o hábito de pintareem indefinitivamente a pele de "tatau", por conta do barulho produzido pelos instrumentos na confecção de suas tatuagens. No entanto, não podemos dizer que eles foram os primeiros a desenvolverem esse tipo de hábito. O homem de Ötzi, com cerca de mais de 5.300 anos, fazia inveja a qualquer aficcionado por tatuagens dos dias de hoje. Em seu corpo foram encontradas mais de cinquenta tatuagens, de acordo com alguns estudiosos, tinham significações religiosas.
A prática da tatuagem também foi registrada entre os egípcios e os pictos, uma civilização antiga do Norte da Europa. No Brasil, diversas tribos indígenas traziam tatuagens pelo corpo. Os waujás e os kadiwéus são alguns dos povos indígenas que utilizavam da pintura definitiva para expressarem rituais de passagem e reverência a alguns elementos da natureza. Apesar da existência da tatuagem, esse hábito não se popularizou por conta das culturas indígenas.
Foram os marinheiros ingleses, por meio do contato com os polinésios que difundiram essa prática pelo mundo. A reprodução de feras do mar, caveiras e embarcações demonstravam as aventuras desses homens que se lançavam pelo mar. Sendo os mesmos sujeitos de pouca condição financeira ou influência social, fizeram da tatuagem algo popular entre os guetos, prostíbulos e tavernas frequentadas pela "escória", ou seja, desocupados, lutadores de rua, criminosos e prostitutas.
Esse tom marginal dado à tatuagem também fazia com que corpos tatuados fossem presença garantida nas atrações circenses dos chamados freak shows. Foi somente na segunda metade do século XX qua a tatuagem incorporou os ideais da cultura ocidental. O seu tom contestatório ultrapassou barreiras tornando-se um símbolo de ousadia e personalidade.
Motivações íntimas, delicadas e suaves também incorporam o mundo das tatuagens. Homens e mulheres de mais idade hoje também tatuam seus corpos. Ela deixou de ser um item exclusivo de uma cultura jovem para tornar-se uma via de expressão da subjetividade.
Tattoo no Brasil
No Brasil o percursor da tatuagem moderna foi um cidadão dinamarquês chamado Knud Harald Lucky Gegersen. Ele ficou conhecido como Mr. Tattoo, ou apenas Lucky.
O dinamarquês chegou ao país em 1959 e morou em Santos, no litoral paulista. Manteve-se financeiramente utilizando seu talento e suas técnicas de desenhista e pintor profissional.
Lucky teve grande importância no mundo da tatuagem nacional. os tatuadores associam a ele a chegada da tatuagem no Brasil, assim como a sua popularização e, por isso, dizem que por mais imperfeita que seja a tatuagem de Lucky, ela vale muito. Ele foi notícia em vários jornais nacionais, e em 1975 foi personagem de uma matéria do jornal "O Globo" que o nomeou como único tatuador profissional da América do Sul.
Seu óbito foi notícia no Jornal de Santos ("A Tribuna") no dia 18 de dezembro de 1983. Durante alguns anos o dinamarquês continuou sendo o único tatuador profissional do continente, até que com o tempo seus seguidores foram surgindo herdando dele as técnicas e a arte de fazer tatuagem.
Apesar de sua história, a tatuagem foi inventada várias vezes e não possui uma origem determinada em algum lugar ou pessoa. A tatuagem surgiu em todos os continentes, com diferentes intenções, motivos, técnicas e resultados.
Fontes de pesquisa:
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