29 de agosto de 2014

HQ: Mulher Gato, muito mais que uma ladra.


Órfã desde menina, Selina Kyle passou algum tempo em um orfanato feminino, do qual eventualmente fugiu. Sua inspiração para se tornar a Mulher Gato teria se originado ao observar o próprio Batman, personagem com o qual acabou tendo um romance, que não durou. A personagem de Mulher Gato teve diversas origens diferentes ao longo do tempo. Em Batman #1 de 1940, a Mulher Gato era conhecida simplesmente como "A Gata" e não vestia uniforme algum. Nessa época ela já era uma ladra de jóias que rivalizava com Batman. No mesmo ano, mais precisamente no outono, em uma outra versão de sua origem, ela sofre um acidente de avião e acaba tendo amnésia e a única coisa que acaba se lembrando é dos gatos que possuía na casa de seu pai. O tempo passou e no ano de 1986 uma outra versão para a origem da Mulher Gato acaba surgindo pelas mãos de Frank Miller. Nessa versão, Selina é uma prostituta que no passado foi abusada pelo próprio pai e que gosta de gatos e acaba se tornando uma ladra uniformizada ao ver Batman em ação no subúrbio de Gotham, onde vivia e trabalhava. Em outra versão, acaba se casando com Bruce Wayne após se arrepender de seus crimes.


A Mulher Gato surgiu em 1940, na revista Batman #1 (o Coringa também fez sua primeira aparição nessa edição). Ela era chamada de The Cat e não possuía um uniforme especial para se caracterizar como o faz atualmente.

Desde as primeiras aventuras da personagem, a Mulher Gato já era uma ladra inescrupulosa. Batman sempre se mostrou menos rígido com ela, visto que após recuperar os pertences roubados pela felina, Batman a deixava escapar.

Bob Kane e Bill Finger trabalharam duro para encontrar o visual e o nome perfeito para a personagem. Com o tempo ela ganhou o nome de Selina Kyle, uma dona de diversas lojas de animais que decidiu um dia se tornar uma ladra e, como gostava principalmente e de um modo todo particular de felinos, adquiriu o nome de Mulher Gato para atuar em Gotham City como criminosa profissional.

Numa história publicada em Batman #52, conhecida no Brasil por "A vida secreta da Mulher Gato", Selina sofre uma pancada na cabeça e passa a se recordar da sua vida antes de se tornar ladra. Ela conta que era aeromoça e sofreu um acidente de avião, quando então se esqueceu do passado (sofria de amnésia) e se tornou uma ladra. Ela fala também que seu pai era dono de uma loja de animais, onde havia muitos gatos.

No começo, ela se vestia com um vestido de seda e usava um chicote como arma. Assim sendo, a Mulher Gato tornou-se uma das personagens mais sensuais e populares da história dos quadrinhos, sendo considerada uma das personagens mais importantes e valorizadas no mundo do Homem Morcego. Sua exuberância e charme, e o "amor bandido" vivido pela mesma para com o Batman, chamaram uma atenção toda particular para si, adquirindo uma imensidão de fãs por todo o mundo.

Não era considerada precisamente como sendo uma personagem maldosa, mas passava longe também de ser uma personagem do bem. Simplesmente ela era uma mulher aventureira e animada que sentia um prazer imenso em não cumprir a lei e infernizar a vida do Batman.

Havia sempre em suas aparições, uma certa "tensão sexual" entre a Mulher Gato e o Batman. Onde por diversas vezes foi ressaltada a ideia de que um morcego não passa de um rato voador, e uma gata pode com facilidade caçar tal animal.


Era de Ouro

A Mulher Gato foi criada em 1940 para ser o interesse amoroso do Batman. Mas diferente de outras personagens que faziam par romântico com algum herói, os criadores queriam uma personagem ambígua, traiçoeira e que pudesse conquistar leitores de ambos os sexos. Ela foi criada originalmente para ser amante e ao mesmo tempo inimiga do Batman, mas seus atos criminosos nunca constaram assassinato como o Coringa. Seu uniforme mais conhecido nessa época é o clássico roxo com saias. Foi nesse período inclusive que surgiu a versão da amnésia da personagem, em que a mesma sofre um acidente de avião e se esquece do seu passado e por se lembrar somente de gatos acaba se tornando a ladra de jóias Mulher Gato.


Era de Prata

Na Era de Prata, iniciada entre os anos de 1955 e 1956, a Mulher Gato acabou esquecida em meio a toda bizarrice sofrida nas HQs com o personagem Batman. Somente no fim desse período, entre 1966 e 1967, que ela volta a ativa rivalizando com a personagem Lois Lane, e mais tarde enfrentando Batman, Robin e Batgirl. Seu uniforme mais lembrado é o verde inspirado na séria de Batman protagonizada por Adam West e Burt Ward na época.


Era de Bronze

Essa época abrange parte da era de Prata e Bronze, após o episódio da amnésia, passa a trabalhar com Batman e Robin e juntos como trio passam a combater o crime na cidade de Gotham City. Tempos depois a personagem decide abandonar sua vida de heroína e se casa com Bruce Wayne e tem uma filha chamada Helena Wayne, que já adulta, vira uma vigilante, chamada Caçadora. Nessa mesma época, a Mulher Gato é assassinada pelos capangas de Cernak.


Fonte: 


23 de agosto de 2014

Resenha: Nervosa - Victim Of Yourself (2014) / Time Of Death (2012)


Nervosa 
Thrash Metal
Brasil
"Victim Of Yourself"
2014
9,5

É, não foi por acaso que o EP "Time Of Death" (também conhecido por 2012) fez um sucesso estrondoso, e também não é por acaso que a banda Nervosa passou da condição de uma grande promessa do Metal nacional para uma concreta realidade, isso num espaço de tempo de apenas 2 anos.

Após muito elogios da crítica com o já citado EP, agora é a vez das meninas nos apresentarem seu debut "Victim Of Yourself", e novamente me rendo ao Thrash brutal e altamente técnico deste trio foda.

Thrash Metal Old School, é isso aí que você ai ouvir neste CD, nada de frescurinhas ou modismos, pancadaria do primeiro ao último acorde sem chances para você tentar respirar. A guitarrista Prika Amaral dá um show com seus riffs super agressivos e extremamente velozes, a baterista Pitchu Ferraz deve deixar com certeza muito marmanjo morrendo de inveja, desce o braço sem dó, e traz consigo toda a segurança dos grandes músicos, e a vocalista e baixista Fernanda Lira é simplesmente impecável, a doçura e delicadeza em pessoa, o que ela faz com seu baixo é de outro mundo, preste atenção em "Wake Up And Fight" e você vai entender o que eu quis dizer.

São 12 faixas incríveis, todas muito boas, é claro que existem os destaques, um deles fica por conta da faixa "Wake Up And Fight" que já mencionei acima, destacam-se também "Twisted Values" com uma introdução muito legal, "Justice Be Done" música na qual Pitchu destrói tudo a sua frente, "Morbid Courage" com riffs espetaculares e "Death!" a mais foda do CD na minha opinião. Minha única ressalva em relação a "Victim Of Yourself" fica por conta dos solos, acho que poderiam ter sido mais explorados, mas isto em nenhum momento desqualifica o álbum, que com certeza vai figurar entre um dos melhores lançamentos de Thash Metal do ano, e não digo isto considerando apenas o mercado nacional.

Nervosa - "Death"

Bem, "Victim Of Yourself" consegue manter o mesmo pique do EP que o antecedeu, e com toda certeza receberá os mesmos elogios rasgados da mídia especializada em música pesada. É muito bom saber que o Metal nacional cresce mais a cada dia e que não precisamos ficar "babando o ovo" dos gringos para ouvirmos em nosso país grandes bandas.

Faixas:

Intro
Twisted Values
Justice Be Done
Wake Up And Fight
Nasty Injury
Envious
Morbid Courage
Death!
Into Moshpit
Deep Misery
Victim Of Youself
Urânio em nós



Nervosa
Thrash Metal
Brasil
"Time Of Death"
2012
9,5

Uma provável reação ao se ouvir falar de um power trio formado por mulheres, e que toque Thrash Metal, seria, no mínimo, torcer o nariz e ficar desconfiado, afinal de contas o estilo é predominantemente dominado pelos homens. Mas confie em mim, não se deixe levar por ideias antiquadas.

E foi justamente por acreditar em seus ideais que a guitarrista Prika Amaral deu um belo de um foda-se para o preconceito babaca e para o machismo que existem por aí aos montes, recrutou a baixista e vocalista Fernanda Lira e a baterista Pitchu Ferraz e juntas montaram a incrível banda Nervosa, aliás, o nome reflete exatamente a proposta musical das meninas, ou seja, Thrash Metal da melhor qualidade executado "nervosamente".

Em 2012 lançam o EP "Time Of Death" que é simplesmente do caralho de bom!!!

São 3 faixas do mais brutal massacre sonoro tupiniquim, as influências de Kreator (da fase mais antiga), Destruction e Sodom são evidentes, e a qualidade técnica de Prika, Fernanda Lira e Pitchu Ferraz é gritante.
As músicas "Time Of Death", "Invisible Oppression" e "Masked Betrayer" são muito bem estruturadas e principalmente, muito bem executadas. Fica apenas aquele gostinho de quero mais, muito mais, afinal de contas o EP é bem curto, mas fica também a certeza de que este foi apenas o primeiro passo e muita coisa boa virá por aí.


Nervosa - "Masked Betrayer"

Olha, me desculpem os escrotos que se acham os donos da verdade, e que vivem dizendo que as mulheres não tem capacidade para fazer Metal de qualidade, a vocês digo o seguinte ... vão de f#@$%!!!

A banda Nervosa está aí para provar justamente o contrário. Metal se faz com o coração e não com o que se carrega no meio das pernas.

Faixas:

Time Of Death
Invisible Oppression
Masked Betrayer


Conheça um pouco mais sobre a banda:

http://www.nervosaofficial.com/

https://www.facebook.com/fernandalirafans

https://www.facebook.com/femalethrash



Henrique Linhares


21 de agosto de 2014

Release: Neogenese - Heavy Metal (São José dos Pinhais / PR)


No início de 2005, nasce o “embrião” da banda NEOGENESE.  Com Benito Cordeiro no baixo e Maicon Menta na bateria, ambos crias do metal oitentista!

Após algumas mudanças de formação, por conta da rotatividade de guitarristas e vocalistas, participam da coletânea “Heavens Rock In Concert – Volume III”, com a música “Defeat Of The Dragon”, que também está presente na coletânea “Roca Eterna Volume I”. 

Neste período a banda entra em hiato, voltando em seguida com outra formação para gravar a música “Postumus”, para a coletânea “Roca Eterna Volume II”.

Novamente um período de hiato, e então, decididos a seguir em frente a qualquer custo, acertam a seguinte formação: Benito – guitarra/vocal, Maicon – bateria, Diego – baixo, e com esta formação gravaram um EP.

Com o acréscimo de um novo vocalista (Tiago) e mais um guitarrista (Marlon), lançam em 2014 um álbum auto intitulado.



 O estilo da banda diverge tanto na música quanto nas letras, pois, mesmo que sempre centrados no Heavy Metal, procuram sempre mesclar todas as influências musicais do metal dos anos 80 e 90, e deste modo às temáticas das letras passeiam por todos os campos possíveis, desde pesadelos comuns e sentimentos de angústia, até historias medievais, fantasias e ficção científica.



Conheça um pouco mais sobre a banda Neogenese acessando:

https://soundcloud.com/neogenese

https://www.facebook.com/Neogenese


Contato:

benecorso@hotmail.com



19 de agosto de 2014

Resenha: Alestorm - Sunset On The Golden Age (2014)


Alestorm
Pirate Metal
Escócia
"Sunset On The Golden Age"
2014
9,0

Se você é um daqueles que acham que a Escócia é famosa apenas por fabricar os melhores uísques do mundo, meu querido você realmente deve se informar melhor, pois é daquelas terras que os loucos piratas modernos estão invadindo o mundo. Estou falando de uma das melhores bandas de Metal da atualidade, os melhores representantes de um estilo no mínimo curioso, a banda Alestorm e seu incrível Pirate Metal.

Em primeiro lugar, vou definir, para aqueles que ainda não conhecem, o que seja Pirate Metal. Este estilo nada mais é que a fusão do Folk Metal com o Power Metal e é claro, abusando da temática pirata em suas canções.

Agora, feche seus olhos e libere sua imaginação, pois com toda certeza ao ouvir esta banda você realmente irá se sentir dentro de um navio pirata entre os séculos XVI e XVIII.

Bom, agora vamos falar do CD, de cara somos sacudidos por "Watch The Plank" e seu instrumental que beira ao Thrash Metal em alguns momentos, sensacional, poucas vezes ouvi um álbum com uma faixa inicial tão marcante e poderosa. Agora o melhor momento deste trabalho com toda a certeza fica por conta da segunda faixa, "Drink" é uma daquelas músicas que você nunca mais se esquece e que não consegue parar de cantar o refrão, essa música é boa demais, na minha humilde e insignificante opinião, é a melhor que já ouvi este ano. O vocalista e tecladista Christopher Bowes, é dono de uma voz única e bastante diferenciada e a introdução de faixa "Magnetic North" nos dá uma boa noção disto, todos os músicas da banda são muito técnicos e as variações que acontecem nas canções são muito legais, gostei muito do baterista Peter Alcom, ele detona nesta faixa. Peter novamente se destaca em "1741 (The Battle Of Cartagena)", está faixa com certeza também figura entre as melhores do CD, e novamente o refrão é daqueles que colam na mente. A 5ª faixa "Mead From Hell" não perde o pique das demais, gostei muito de umas partes em que se destacam o baixo e os teclados juntos, ficou show. Quando você pensa que nada vai mais te surpreender neste álbum é aí que vem "Surf Squid Warfare" ela é genial, tente imaginar uma banda de Surf Music tocando Metal, e tocando muito bem, demais!. "Quest For Ships" é mais uma que deixa seu refrão grudado em nossas mentes. O estilo que a banda toma para si já está se tornando bastante comum, mas esses caras se destacam pela competência e qualidade de sua música, e é impossível você conseguir parar de sacudir sua cabeça, um exemplo disso, "Wooden Leg!" que chega a lembrar Anthrax no momento de seu refrão, e é legal demais. A velocidade é deixada de lado, pelo menos parcialmente, em "Hangover", mas os integrantes do Alestorm arrasam juntos no refrão dela, eles fazem um mistureba muito foda nesta música. Por fim "Sunset On The Golden Age" fecha este disco (nossa, nem acredito que usei esta palavra... rs), uma canção extremamente bem trabalhada e lapidada, é a mais Heavy Metal de todo o trabalho e finaliza esta preciosidade com chave de ouro.


Alestorm - Drink

O verdadeiro Metal Pirata Escocês, como os próprios membros do Alestorm se rotulam, está mais ativo que nunca, e caso você ainda não conheça esta banda, este é um excelente modo de conhecê-la e de quebra passar a ser fã da mesma, pois os Piratas vão conquistar você com certeza!

Faixas:

Watch The Plank
Drink
Magnetic North
1741 (The Battle Of Cartagena)
Mead From Hell
Surf Squid Warfare
Quest For Ships
Wooden Leg!
Hangover
Sunset On The Golden Age


Henrique Linhares


18 de agosto de 2014

Resenha: Accept - Blind Rage (2014)


Accept
Heavy Metal
Alemanha
"Blind Rage"
2014
8,5

Sabe quando você tem certeza que vai ouvir a mesma coisa, e mesmo assim esta mesma coisa é surpreendentemente boa? Pois é, estas palavras resumem bem o que senti ao ouvir "Blind Rage", o novo CD da banda alemã Accept.

Caramba, algumas bandas abusam do direito de serem fodas, e os alemães do Accept, são um ótimo exemplo deste afirmação.

"Blind Rage" é um daqueles CDs em que você vai ouvir guitarras despejando riffs incríveis, vai ouvir também um baixo avassalador, uma bateria que faz o chão tremer, e principalmente você vai ouvir um vocalista excepcional, Mark Tornillo definitivamente conseguiu  alavancar a banda novamente ao patamar de gigantes do Metal. Chega de babação, vamos ao CD.

"Stampede" inicia o CD com todo aquele climão de introdução que é rasgado por riffs desconcertantes, seguido por peso, muito peso acima de tudo, uma das coisas que eu mais gosto nesta banda, e que é uma de suas marcas registradas, são os corais, e estes germânicos não nos poupam deles (ainda bem!!!). "Dying Breed" nem nos dá tempo para respirarmos com seus acordes de baixo extremamente carregados e um Tornillo enfurecido vociferando como nunca, e que refrão maneiro. a 3ª faixa "Dark Side Of My Heart" perde um pouco da agressividade inicial, e mesmo assim consegue ser bastante empolgante, serve como uma tomada de fôlego para seguirmos com a pancadaria. "Fall Of The Empire" segue a mesma linha menos agressiva, mas em compensação é dona de um instrumental super carregado e pesado, e que coro legal. A velocidade retorna em "Trail Of Tears", em alguns momentos as guitarras se parecem muito com Stratovarius, foi uma combinação que ficou bastante interessante. "Wanna Be Free", a faixa seguinte, é um prato cheio para quem é apaixonado pelas 4 cordas, e Peter Baltes está inspiradíssimo, é numa canção como está que podemos perceber com clareza a importância deste instrumento numa banda, e mesmo a música sendo uma das mais comerciais do CD ficou bastante bacana. Em "200 Years", as guitarras voltam a dominar, mesmo assim preste atenção pois você consegue ouvir com clareza o baixo (aliás, isto é possível em todas as faixas deste CD), não é uma música que chega a empolgar, mas no geral é boa. Os dedilhados de  "Bloodbath Mastermind" já indicam que por aí vem coisa boa, e quando os dedilhados dão vez aos riffs cortantes aí sim o bicho pega, umas das melhores canções deste trabalho com certeza, tudo nela está no ponto exato, desde as mudanças harmônicas aos vocais muito bem executados, você com certeza vai ouvir mais de uma vez antes da passar para outra faixa. Um vocal descompromissado acompanhado por um acorde simples serve como introdução para "From The Ashes We Rise", uma daquelas canções típicas da banda com um vocal mais calmo e que vai se tornando mais agressivo conforme o ritmo dos instrumentos aumenta, está faixa é a minha preferida de todo o CD. "The Curse" é uma daquelas músicas que ficam no meio termo entre uma baladinha e uma pegada mais "tranquila", é bacaninha. "Final Journey" encerra o CD, é a faixa mais veloz e com certeza uma das mais Metal de todo o álbum, com guitarras rápidas e seguras, e uma bateria perfeita e extremamente bem trabalhada, parece ter sido escolhida a dedo para fechar o CD com chave de ouro, e se realmente está foi a intenção, os alemães acertaram em cheio.

Accept - Stampede

"Blind Rage" é um CD que mantém a mesma qualidade de seus antecessores gravados com Tornillo, vale lembrar que este já é o 3º trabalho dele na banda, e a cada momento ele parece se sentir ainda mais confortável, já não carrega mais consigo o peso de substituir o "grande" Udo, e é exatamente isto que faz com este álbum seja tão bom. Um CD que honra o estilo e agiganta ainda mais estes alemães.

Faixas:

Stampede
Dying Breed
Dark Side Of My Heart
Fall Of The Empire
Trail Of Tears
Wanna Be Free
200 Years
Bloodbath Mastermind
From The Ashes We Rise
The Curse
Final Journey


Henrique Linhares


14 de agosto de 2014

Resenha: Judas Priest - Redeemer Of Souls (2014)


Judas Priest
Heavy Metal
Inglaterra
"Redeemer Of Souls"
2014
9,0

Para aqueles que pensavam que o Judas Priest havia acabado, sinto muito decepcioná-los!
A maior banda de Heavy Metal tradicional do mundo está de volta, acho que deu para perceberem que sou fã declarado da banda, mas prometo que serei (ou pelo menos tentarei ser) o mais isento possível em meus comentários.

"Reedemer Of Souls" é o primeiro álbum do grupo a ser lançado após a saída de K.K Downing, guitarrista e um dos fundadores da banda, e este detalhe é um ponto que se torna claramente perceptível neste trabalho, me senti "órfão" daqueles duelos de solos geniais entre as guitarras de K.K. e Glen Tipton, na verdade, "Redeemer Of Souls" peca justamente em seus solos, algo que sempre foi uma das principais características da banda . É fato que Richie Faulkner, o substituto de K.K., é um ótimo guitarrista, mas também é fato que o paredão sonoro do Priest perdeu uma parte importante de seu poderio metálico.

Vamos ao CD!

Para começar "Redeemer Of Souls" nos brinda com uma das capas mais incríveis que já vi, com toda certeza uma das mais bonitas do ano, mas não se pode julgar um livro apenas por sua capa, sendo assim ... 

"Dragonaut" abre a pancadaria com riffs incríveis, algo que não é novidade em se tratando de Judas Priest, muito pesada, uma cozinha massacrante, Halford afiado e solos muito bons. Em seguida riffs espetaculares dão início a faixa "Redeemer Of Souls", caramba o peso que as baquetas de Scott Travis conseguem trazer ao Judas é algo fora do comum, está é uma faixa com a cara da banda, Heavy Metal de qualidade recheado de peso, garra e agressividade, senti apenas falta de alguns agudos de Halford, mas tudo bem, afinal de contas o cara já não é mais um garotão. A música seguinte "Halls Of Valhalla" finalmente nos brinda com alguns agudos do Metal God, modestos é bem verdade, mas o que importa é que eles estão lá, muito boa a canção e super bem estruturada em suas variações tanto vocais quanto instrumentais. Em "Sword Of Damocles" quem rouba a cena é Scott Travis, simplesmente ignorante! Halford também brinca magnificamente com sua voz nesta canção, com certeza uma faixa para se deleitar. "March Of The Damned" é uma música legal, nada mais que isso. "Down In Flames" e seus riffs trazem novamente peso, quer dizer, muito peso ao CD, e parte disso se deve a Ian Hill e seu baixo, gostei muito desta faixa, uma das melhores deste trabalho. Na sequência temos "Hell & Back", uma faixa onde a velocidade foi substituída (espetacularmente) pelo peso, resultando em uma música F##@!. "Cold Blooded" assim como a faixa anterior, também abusa do peso deixando a velocidade um pouco de lado e também ficou sensacional, o legal destas faixas mais pesadas e menos velozes é que você pode apreciar com clareza a excepcional qualidade vocal de Halford. Chega de descanso "Metalizer" traz de volta a velocidade, os agudos e o bom e velho Priest, bem bacana mesmo. "Crossfire" me surpreendeu, não dei muita bola para o seu começo, mas caramba a música vai melhorando a cada novo acorde e é muito boa mesmo, lembra bastante o período do Stained Class. Os sinos anunciando "Secrets Of The Dead" nos dão a exata dimensão do que teremos a seguir, uma das melhores faixas do álbum, guitarras, baixo, bateria e vocais em total harmonia metálica, se fosse para eu dar uma nota a esta canção com certeza seria 10. A fábrica de riffs incríveis chamada Judas Priest traz para nós meros mortais "Batlle Cry",  sabe aquela música que você não consegue parar de cantar e quer ouvir mais e mais vezes? está é uma delas, na minha humilde opinião é a faixa que resume melhor este trabalho, seria tão bom se algumas bandinhas descessem de seus pedestais e tentassem aprender a fazer algo tão simples e grandioso assim, acho que já usei a palavra sensacional várias vezes nesta resenha e para não ficar me repetindo vou dizer outra coisa sobre esta canção, ela é do caralho!!!. E para finalizar não poderia faltar uma baladinha, e cabe a "Beginning Of The End" está tarefa, é uma faixa da qual não se pode falar muita coisa, Halford canta muito, mas a verdade é que ela é bem chatinha.

Enfim, "Redeemer Of Souls" nunca poderá ser considerado um clássico da banda como foram "Painkiller" e "Screaming For Vengeance" por exemplo, é sim um CD muito bom, que peca em alguns detalhes, se o compararmos com a grandiosidade da banda, mas estes "pecados" não o desqualificam pois a competência e a paixão dos músicos pode ser sentida em cada um de seus acordes, e na verdade isso é o que realmente importa. E quer saber de uma coisa ... eu gostei e foda-se quem não gostar!


Faixas

Dragonaut
Redeemer Of Souls
Halls Of Valhalla
Sword Of Damocles
March Of The Damned
Down In Flames
Hell & Back
Cold Blooded
Metalizer
Crossfire
Secrets Of The Dead
Battle Cry
Beginning Of The End


Henrique Linhares

12 de agosto de 2014

Release: Southern - Thrash Metal (Caxias do Sul / RS)


Southern

A banda Spartans foi formada em 2009 por Mateus Felippe (bateria), Ivan Frezza (baixo), Leonardo Felippe (guitarra) e Douglas Pezzi (guitarra e vocal). Fundada por quatro amigos, tocava originalmente Thrash Metal, com uma ampla lista de covers de Metallica, Megadeth e Motörhead. Em 2011 dava os primeiros passos no processo de composição de suas músicas autorais, nesta época o vocalista Douglas se desliga do grupo para fundar a banda Cadiablo.

Foi então que no Instituto Tecnológico de Mecatrônica, em Caxias do Sul, Mateus Felippe conheceu o vocalista Renan Hoffmann e ambos descobriram o interesse de criar uma banda com um estilo mais agressivo e que se intitulasse SOUTHERN. Com a saída de Douglas, Mateus se reuniu com os outros integrantes da banda e conversou com os mesmos sobre a decisão de chamar Renan para assumir os vocais da banda, tendo em vista que a mesma mudaria bastante o seu estilo.


A banda se encontra num bar em Bento Gonçalves para conversarem sobre o assunto e decidem marcar um ensaio teste para o dia 01 de fevereiro de 2013, a intenção era tocarem alguns covers de Pantera e Sepultura para verem como seria o entrosamento do grupo, a química bateu, após o primeiro ensaio, decidiram fundar a banda SOUTHERN, e já no mês seguinte fizeram seu primeiro show.


Alguns meses depois iniciam o processo de composição de músicas próprias. Em fevereiro de 2014 a IMP Records (Imperative Music), entra em contato com o grupo e surge o convite para disponibilizarem uma música em uma coletânea com bandas de Metal do mundo todo, tal CD seria distrubuído em gravadoras da Europa, E.U.A, Brasil e Japão.

A banda grava então seu primeiro single "Den Cannibal" e o lança em abril do mesmo ano.


Conheça um pouco mais sobre a banda Southern