10 de outubro de 2018

Resenhas: Antipope - "Denial / Survival" (2018)


Antipope
"Denial / Survival"
2018
Heavy Metal Rock
Progressive Black Metal
Finlândia
08/10

"Denial / Survival" é o quinto trabalho da banda finlandesa Antipope, e primeiro deles a sair aqui no Brasil. O álbum foi lançado lá fora originalmente em novembro de 2017, e agora em 2018 a Heavy Metal Rock nos traz uma versão nacional do mesmo, e caramba uma versão em formato Digipack muito bacana!

Eu não conhecia a banda, e confesso que me impressionei muito com o Progressive Black Metal executado pelo grupo, os caras são geniais na mescla entre a técnica do Metal Progressivo e a agressividade do Black Metal, todo o álbum é norteado por incríveis momentos introspectivos e também por aquele clima bem atmosférico e sombrio característico do Black Metal atual.

"Waters Below", primeira faixa do CD, reflete perfeitamente a proposta da banda e de cara já te conquista, e daí para frente meu amigo é sempre uma faixa mais legal que a outra, até que por fim ouvimos "Resolution", última faixa do disco e exageradamente foda, acho que é nesse momento que nos damos conta do único ponto negativo deste trabalho, ele ter acabado ... rs, pois realmente fica aquela vontade de ouvir ainda mais, muito mais!

"Denial / Survival" é um excelente cartão de apresentação para todos aqueles, que assim como eu, ainda não conheciam a banda Antipope. Um CD de muito bom gosto, com uma produção preocupada em ser perfeita em cada detalhe e o principal, com músicas de qualidade, na minha opinião vale muito a pena você ter este álbum em sua coleção.

Faixas:

Waters Below
Flat Circle
Denial / Survival
Der Sadist
Hunt
True Anarchist
Mindlessness Meditation
An Unconditional Ritual To Summong The Prince Of Darkness
Tragic Vision
Resolution

(Henrique Linhares)

24 de agosto de 2018

Resenhas: Powerwolf - "The Sacrament Of Sin" (2018)


Powerwolf
"The Sacrament Of Sin"
2018
Napalm Records
Heavy / Power Metal
Alemanha
9/10

Enfim, acaba de sair o tão esperado (pelo menos para mim) novo álbum da banda alemã Powerwolf, "The Sacrament Of Sin" é o sétimo trabalho dos caras, e só para variar é bom pra caramba!

É bem verdade, que este CD não traz quase nada de novo ao estilo do grupo, mesmo assim é incrível a capacidade de Attila Dorn e Cia de fazerem músicas muito acima da média.

"Fire & Forgive" abre o CD com seu tom inicialmente bem sombrio, passando a um instrumental  deliciosamente técnico, tudo isso acompanhado de um refrão magistral, aí você pensa "caramba que música show", então você ouve "Demons Are A Girl's Best Friend", a canção seguinte, e pensa consigo mesmo "como esses caras conseguem fazer algo tão foda?" uma obra digna de se tornar imediatamente um clássico da banda e do proprio estilo, e não posso deixar de dizer que o refrão dela com certeza é um dos mais legais que já ouvi, outros grandes momentos do álbum ficam por conta das faixas "Incense & Iron", me lembrou bastante a banda Sabaton, "Where The Wild Wolves Have Gone" uma baladinha que fica ainda mais incrível  na voz privilegiada de Attila Dorn e, por fim, "Fist By Fist (Sacralize Or Strike)" com uma inegável influência da banda Xandria, outros grandes destaques deste trabalho são a já citada poderosa voz de Attila Dorn e as introduções de todas as canções, carregadas de uma atmosfera sombria e teatral, muito por conta dos teclados muito bem encaixados de Falk Maria Schlegel.

Outra coisa bem legal a respeito deste álbum, a versão Deluxe vem com um CD extra contendo 10 clássicos do grupo interpretados por bandas famosas como Epica, Battle Beast, Amaranthe e Mille Petrozza, entre outros.

Enfim, "The Sacrament Of Sin" é mais um daqueles  discos que devem ser apreciados como a um bom vinho, pois com toda certeza, com o tempo ficará cada vez ainda mais agradável de ser ouvido.

Faixas:

Fire & Forgive
Demons Are A Girl's Best Friend
Killers With The Cross
Incense & Iron
Where The Wild Wolves Have Gone
Stossgebet
Nightside Of Siberia
The Sacrament Of Sin
Venom Of Venus
Nighttime Rebel
Fist By Fist (Sacralize Or Strike)

(Henrique Linhares)


22 de agosto de 2018

Show em comemoração aos 35 anos da loja Heavy Metal Rock ... IMPERDÍVEL!!!

Uma festa muito especial ... é assim que consigo definir o evento em comemoração aos 35 anos da loja Heavy Metal Rock (caramba, parece que foi ontem!!!) que será realizado no próximo dia 08/09.


A banda convidada para participar desta celebração é a poderosa Armored Dawn, com abertura da Rygel.

Eu convido a todos para participarem, o evento será na Estação 19 em Nova Odessa/SP.

Vendas:


Conto com a presença de todos!!!


13 de julho de 2018

Heavy Metal Rock, muito mais que um sonho!!!

Hoje é um dia muito especial para o "Blogando Metal", 13 de julho é reconhecido aqui no Brasil como o Dia Mundial do Rock, e numa data tão significativa como essa eu presto uma justa homenagem a uma pessoa que acreditou em seu sonho acima de tudo, vamos falar um pouquinho sobre Wilton Marchini Christiano e a Heavy Metal Rock.

É, apesar de hoje parecer que a loja Heavy Metal Rock sempre fez parte da vida dos Headbangers tupiniquins, a coisa não foi bem assim, este ano a HM Rock completa 35 anos de existência, e foi lá na década de 80 que tudo começou, para ser mais preciso foi exatamente no dia 08 de setembro de 1983 que um sonho saiu do papel e começou a se materializar.


Os anos 80, podemos dizer, representam a era de ouro do Metal, bandas que hoje são monstros sagrados no estilo praticamente davam seus primeiros passos, e naquela época não tínhamos as facilidades de acesso a qualquer tipo de informação que temos atualmente, justamente por esse motivo um jovem resolveu abrir uma pequena loja em Americana (SP) com a finalidade de trazer informações e disponibilizar, dentro do possível, a maior quantidade material a um mercado sedento e crescente, este jovem tinha também a intenção de fortalecer a cena Underground na região, organizando diversos shows.


O jovem em questão é Wilton Marchini, e o ano de 1985 solidificou definitivamente seu sonho, neste ano a HM Rock foi a responsável por um marco na história do Metal nacional, a organização do show da banda Vulcano e a gravação do seu primeiro Live.


Mas a coisa não parou aí, ainda em 85 inicia-se a divulgação da loja em revistas especializadas no estilo, tornando a HM Rock conhecida nacionalmente, somando-se a isso, começaram também com suas vendas através dos correios para todo o país.


Em 1999 a HM Rock atinge uma nova fase com a inauguração de seu site e sua vitrine virtual, agora são conhecidos internacionalmente.


Hoje a Heavy Metal Rock é uma das maiores lojas especializadas em música pesada do Brasil, e também uma das maiores incentivadoras das bandas nacionais, lançando vários álbuns todos os anos.


Eu fico muito honrado em trazer a vocês um pouco desse sonho, mesmo que bem resumidamente, me sinto orgulhoso de falar sobre pessoas que assim como eu, amam verdadeiramente o Metal, e faço minhas as palavras de Wilton ... "O Metal não para!!!"

Convido a todos para que visitem o site da HM Rock, tenho certeza que irão se surpreender!


(Henrique Linhares)



Resenhas: Axel Rudi Pell - "Knights Call" (2018)


Axel Rudi Pell
"Knights Call"
2018
Steamhammer Records
Heavy Metal
Alemanha
8/10

Axel Rudi Pell é um músico extremamente talentoso, quanto a isto não resta a menor dúvida, e "Knights Call" seu novo álbum, lançado em março de 2018, inunda nossos ouvidos com a união desse dom a um Heavy Metal de extrema qualidade.

A parceria entre Pell e o vocalista Johnny Gioeli, iniciada em 1997, continua rendendo frutos cada vez melhores, o CD "Knights Call" é uma prova desta evolução, além disso, o alemão cerca-se também de músicos tão talentosos quanto ele.

Se você curte um Heavy Metal oitentista pautado numa atmosfera medieval, recheado de teclados bem ao estilo do Deep Purple (aliás cabe aqui um elogio a Ferdy Doernberg que realmente é muito bom), curte também guitarras rasgadas e solos super inspirados e por fim sabe valorizar um vocal poderoso e muito técnico, então você vai pirar com este CD.

Vejo como os grandes destaques deste álbum, além das guitarras de Pell e da voz privilegiada de Gioeli, as faixas "The Medieval Overture", uma pequena introdução que realmente é capaz de te transportar para um mundo diferente, "Long Live Rock" música com um refrão espetacular, "The Crusaders Of Doom" e "Beyond The Light" baladinhas que ilustram muito bem os meus elogios a Pell e Gioeli, e por fim "Tower Of Babylon" disparada a melhor canção deste trabalho mesclando com genialidade melodia e agressividade.

"Knights Call" é um disco para aquelas pessoas que nunca deixaram de amar o Heavy Metal e também para aquelas que estão aprendendo a cultivar este amor por um estilo que é muito mais que música simplesmente, é a nossa energia vital!

Faixas:

The Medieval Overture
The Wild And The Young
Wildest Dreams
Long Live Rock
The Crusaders Of Doom
Truth And Lies
Beyond The Light
Slaves On The Run
Follow The Sun
Tower Of Babylon

(Henrique Linhares)

14 de junho de 2018

Resenhas: Vulcano - "Live III - From Headbangers To Headbangers" (2018)


Vulcano
"Live III - From Headbangers To Headbangers"
2018
Heavy Metal Rock
Death/Thrash/Black
Brasil
9/10

Acaba de sair o novo ao vivo da banda santista Vulcano. Bom, falar desses caras é falar sobre a História do Metal nacional, e é justamente por este motivo que "Live III - From Headbangers To Headbangers" foi tão aguardado pelos fãs.

Muito mais que outro registro ao vivo da banda, este álbum acima de tudo é uma celebração. Gravado em outubro de 2017, "Live III" comemorou os 35 anos de carreira da banda, comemorou também os 34 anos da loja Heavy Metal Rock e principalmente celebrou a grandiosidade do Metal brazuca.

São 23 porradas diretas e extremamente certeiras, impossível não se arrepiar ao ouvir o vocalista Luiz Carlos Louzada "docemente" vociferar "... Os Portais do Inferno se abrem para vocês ..." para em seguida nos golpear violentamente com "Church At A Crossroads", daí para frente se segurem meus amigos, pois vocês serão massacrados por clássicos da banda como "Witches' Sabbath", "The Evil Always Returns", "Thunder Metal" entre outros, até ouvirmos "Welcome To The Army" nunca antes tocada ao vivo pelos caras, aí vocês pensam "acabou" .... acabou porra nenhuma!!!

Eu falei apenas do primeiro CD, é isso mesmo "Live III" é um álbum duplo, e a ignorância continua com "Red Death" e aí minhas crianças "... Ergam suas cabeças para que eu possa decepá-las ...", caramba essa é uma frase das mais fodas do Metal nacional, "Total Destruição", "Guerreiros de Satã" e "Legiões Satânicas" destroem tudo na sequência, o que eu narrei até aqui, por si só já vale muito mesmo para que vocês corram e comprem este trabalho, só que ainda tem mais, se preparem para a cereja do bolo, o disco "Bloody Vengeance" tocado brutalmente ao vivo na íntegra, como eu disse no início desta resenha, uma verdadeira celebração!

Seria um desrespeito de minha parte falar apenas das músicas deste trabalho ... gente a apresentação do CD é muito bacana mesmo! "Live III" é um álbum duplo, no formato digipack, com um acabamento muito cuidadoso, uma produção impecável, fotos incríveis, e uma explícita preocupação com cada detalhe, um presente e tanto para os fãs.

Faixas:

Disc 01

The Man, The Key, The Beast
Church At A Crossroads
Witches' Sabbath
The Signals
The Gates Of Iron
The Evil Always Returns
Propaganda And Terror
Thunder Metal
I'm Back Again
Awash In Blood
The Tenth Writing
Welcome To The Army

Disc 02

Red Death
Total Destruição
Guerreiros de Satã
Legiões Satânicas
Dominions Of Death
Spirits Of Evil
Ready To Explode
Holocaust
Incubus
Death Metal
Bloddy Vengeance

(Henrique Linhares)

7 de junho de 2018

Vídeos: White Wizzard - "Chasing Dragons"

Lançado em 2018, o álbum "Infernal Overdrive" da banda americana White Wizzard, recebeu boas críticas, inclusive a nossa, e os caras escolheram muito bem o primeiro vídeo do CD ...

"Chasing Dragons"


Ficou curioso pela resenha? é só clicar no link abaixo ...



Release: Sinaya - Death Metal (São Paulo)

Eu particularmente falando, gosto muito de bandas com vocais femininos, independente do estilo, e gosto mais ainda quando a banda é totalmente formada por mulheres, geralmente nesses casos somos presenteados com muita competência e talento. Por esta razão, fico muito feliz mesmo de trazer a vocês uma banda que me surpreendeu bastante.


Sinaya é uma banda de Death Metal fundada em 2010 na cidade de São Paulo por Mylena Monaco.

Em 2013, gravaram o primeiro EP ‘’Obscure Raids’’ contendo 4 faixas, que teve uma grande repercussão nacional devido a ótima execução e composição musical.

Em 2015, começaram a trabalhar com o produtor Marcello Pompeu e gravaram o primeiro single/videoclipe, ‘’Buried By Terror’’, que teve grande repercussão nacional e internacional, mostrando uma grande evolução musical.

Em 2016, foram banda de abertura do show do Exodus (EUA) no Carioca Club, tocaram no Rock na Praça (SP), foram convidadas também a participar do maior festival de Metal do Peru, o Lima Metal Fest, este evento fez parte da primeira turnê Sul Americana da banda, passando pela Argentina, Bolívia e Peru.

Mylena Monaco - Vocal e Guitarra

 Renata Petrelli - Guitarra

Bruna Melo - Baixo

Cynthia Tsai - Bateria

Em 2017, dividiram o palco com o Suffocation (EUA) em Lima (Peru).

Ao longo da sua trajetória, já dividiram o palco com o Exodus (EUA), Master (EUA), Vader (POL), Luca Turilli’s Rhapsody (ITA), Primal Fear (GER), Amon Amarth (SUE), Abbath (NOR), Sadistic Intent (EUA), Hatchet (EUA), Ratos de Porão (SP), Claustrofobia (SP), Torture Squad (SP), John Wayne (SP), entre outros grandes nomes do Metal nacional e internacional.

E agora em 2018 lançam "Maze Of Madness" seu primeiro álbum.

Visitem o site da banda, eu recomendo é muito bacana!



25 de maio de 2018

Vídeos: Judas Priest - "Lightning Strikes" / "Spectre"

Não poderia ser diferente, junto ao imperdível álbum "Firepower" a banda Judas Priest lançou também alguns vídeos, e claro que nós do "Blogando" não vamos deixar vocês sem eles ...

"Lightning Strikes"


"Spectre"


Gostou dos vídeos?

Veja a nossa resenha sobre o CD "Firepower" clicando no link abaixo ... aproiveite e deixe seu comentário lá!



Resenhas: Judas Priest - "Firepower" (2018)


Judas Priest
"Firepower"
2018
Columbia Records
Heavy Metal
Inglaterra
10/10

Finalmente após 4 "longos" anos, a maior banda de Heavy Metal do planeta (peço desculpas caso alguém discorde, mas é a minha opinião!!!) lançou seu novo trabalho "Firepower", e acreditem, valeu muito esperar todo esse tempo!

"Redeemer Of Souls", lançado em 2014, é um CD bem legal, foi o primeiro com o guitarrista Richie Faulkner, mas deixou em mim uma sensação de que algo estava faltando, e não me refiro a ausência de K. K. Downing, mas sim à grandiosidade da banda, ao nome Judas Priest.

18º trabalho em estúdio do Priest, "Firepower" foi lançado em março de 2018, e ao me deparar com esta verdadeira avalanche metálica, agradeci o privilégio de ser fã dos caras. Caramba, já está na hora de eu parar de babar e falar do CD.

 São 14 faixas de um Heavy Metal tradicional vigoroso, direto, extremamente bem executado e que consegue ser super atual sem perder nenhuma característica do estilo.

A faixa "Firepower" abre o álbum com seus riffs "Priestianos" e um Halford como a muito não se via, é incrível também o entrosamento entre Glenn Tipton e Richie Faulkner, formando um paredão de guitarras que é capaz de enlouquecer qualquer pessoa, você não consegue nem pensar e já é bombardeado por "Lightning Strikes", uma música rápida, violenta e absolutamente genial, "Evil Never Dies" dá prosseguimento a uma aula de riffs cortantes e refrões marcantes, em "Never The Heroes", "Necromancer" e "Children Of The Sun" a banda desacelera um pouco, em compensação o peso é absurdo, "Guardians" um instrumental de pouco mais de um minuto é o prenúncio de "Rising From Ruins" uma das melhores faixas do CD, união perfeita entre melodia, peso, agressividade e um refrão inesquecível, "Flame Thrower" traz novamente velocidade aos já perfeitos riffs de Tipton e Faulkner enquanto "Spectre" alia novamente melodia ao peso em doses exatas, em "Traitors Gate" explodem alguns dos melhores riffs deste álbum, a rápida "No Surrender" e a sombria "Lone Wolf" refletem muito bem a busca pela atualização da musicalidade da banda sem se perder em experiências de gosto duvidoso, "Sea Of Red" encerra o CD com toda sua delicadeza e melodia iniciais eclodindo em muito peso numa bela faixa onde Halford novamente mostra toda sua capacidade vocal.

Enfim, reconheço que dei apenas uma rápida noção de como são as faixas deste trabalho, mas fiz isto intencionalmente, pois convido a todos para que mergulhem de cabeça neste álbum e sintam o poder de um Heavy Metal que se encontra em constante modernização sem nunca deixar de ser o melhor estilo de música que existe.

Um dos melhores álbuns do Judas Priest!!!

Faixas:

Firepower
Lightning Strikes
Evil Never Dies
Never The Heroes
Necromancer
Children Of The Sun
Guardians
Rising From Ruins
Flame Thrower
Spectre
Traitors Gate
No Surrender
Lone Wolf
Sea Of Red

(Henrique Linhares)


8 de fevereiro de 2018

Resenhas: White Wizzard - "Infernal Overdrive" (2018)


White Wizzard
"Infernal Overdrive"
2018
Trooper Entertainment
Heavy Metal
E.U.A.
8,0

Saiu "Infernal Overdrive", 4º álbum da banda americana White Wizzard, e só para variar o baixista Jon Leon e sua nova trupe estão mandando muito bem outra vez. 

Bom, a banda não foge ao Heavy Metal com aquela visão mais clássica dos anos 80, abusando dos riffs espinhosos, solos viajantes e um vocal bastante seguro recheado de gritos, aliás o frontman Wyatt Anderson faz isto com bastante competência, entretanto, neste novo trabalho percebemos alguns flertes com influências progressivas e Rock setentista, as canções apesar da velocidade e do peso estão bem mais acessíveis e em algumas faixas há até uma certa extravagância com tempo.

Vamos ao álbum, a faixa título "Infernal Overdrive" é pura energia com a garganta afiadíssima de Anderson rasgando nossos ouvidos e anunciando bons momentos, como eu disse as músicas são por vezes velozes "Storm The Shores" e flertam com Rock setentista "Pretty May", mas na minha opinião "Chasing Dragons" merece total destaque, ela é o espelho deste trabalho, ao longo dos seus mais de 8 minutos passeia por variações incríveis, tem solos inspiradíssimos, um refrão que não sai da mente, uma cozinha segura e talento acima de tudo, as outras músicas seguem a mesma fórmula, é bem verdade que em "The Illusion's Tears" (outra faixa bastante longa com mais de 11 minutos), os caras dão umas derrapadinhas, pois acaba se tornando meio cansativa, mas não é ruim, apenas cansativa.

Eu gosto muito de resenhar álbuns de Metal clássico, nunca escondi que se trata de meu estilo preferido, e "Infernal Overdrive" é muito bom de se ouvir, gostei de suas variações, das suas experiências sem exageros, e principalmente, gostei do talento desta formação da banda, acho apenas que algumas faixas poderiam ser menores em sua execução, assim sobraria tempo para mais músicas. Enfim, é um CD muito bacana.

Faixas:

Infernal Overdrive
Storm The Shores
Pretty May
Chasing Dragons
Voyage Of The Wolf Raiders
Critical Mass
Coccon
Metamorphosis
The Illusion's Tears

(Henrique Linhares)


6 de fevereiro de 2018

Resenhas: Saxon - "Thunderbolt" (2018)


Saxon
"Thunderbolt"
2018
Silver Lining Records
Heavy Metal
Inglaterra
9,0

Acaba de sair do forno, mais precisamente no último dia 02, "Thunderbolt" o 22º álbum de estúdio da banda Saxon, um dos maiores nomes do Heavy Metal mundial é ícone do movimento New Wave Of British Heavy Metal.

Se você gosta de Heavy Metal de verdade, clássico, com aqueles riffs sensacionais, uma cozinha extremante pesada e precisa, refrões marcantes e somado a isso vocais incríveis, então meu amigo você gosta do que realmente é bom, e "Thunderbolt" transborda tudo isso e de um modo super competente.

Vejamos, "Olympus Rising" é uma curta introdução que abre o CD já nos dando uma mostra de tudo que esta por vir, daí para frente se segure na poltrona pois você será bombardeado com o que existe de melhor no mundo do Metal, os riffs rasgados da faixa título, "Thunderbolt", inundam o ambiente em seguida, e os vocais de Biff Byford nos provam que a idade apenas traz mais competência a quem domina o que faz, sem nos dar tempo para respirar "The Secret Of Flight" dá prosseguimento a invasão sonora britânica servindo de aperitivo para "Nosferatu (The Vampire's Waltz)" que é devastadora, carregada, genial, perfeita, daquelas músicas que você quer ouvir 100 vezes seguidas.

Bom depois de ouvir "Nosferatu" algumas vezes me lembrei que precisava analisar o restante do álbum, e foi aí neste momento que curti uma faixa muito legal "They Played Rock And Roll" uma homenagem ao lendário Motörhead, na sequência "Predator" que se traduz em uma das músicas mais pesadas deste petardo, inclusive com vocais guturais em algumas passagens, uma novidade que ficou muito bacana, "Sons Of Odin" não deixa a adrenalina diminuir e o que dizer de "Sniper" e "A Wizard's Tale" com Paul Quinn e Doug Scarratt devastando tudo com seus riffs rasgados, a verdade é que temos mais velocidade ainda em "Speed Merchants", e mais peso em "Roadies' Song", o natural após esta Blitzkrieg seria a tradicional baladinha, é seria, mas o que temos é uma versão ainda mais carregada para "Nosferatu" para sim finalizar com maestria este banquete de NWOBHM, bom se você sabe o que isso significa, você é uma pessoa feliz.

Na minha opinião, "Thunderbolt" é um incrível álbum de Heavy Metal autêntico, sem frescuras, sem invenções, sem inovações e sem enrolações, mas que acerta em cheio na qualidade, na experiência e no acreditar sempre que Metal está acima de modismos e é um estilo que nunca deixará de existir.

Faixas:

Olympus Rising
Thunderbolt
The Secret Of Flight
Nosferatu (The Vampire's Waltz)
They Played Rock And Roll
Predator
Sons Of Odin
Sniper
A Wizard's Tale
Speed Merchants
Roadie's Song
Nosferatu (Raw Version)

(Henrique Linhares)


5 de fevereiro de 2018

Vídeos: Bleeding Gods - "From Feast To Beast"

A banda holandesa Bleeding Gods lançou no início deste ano o álbum "Dodekathlon", junto ao CD, foi lançado também um vídeo para uma  das faixas do trabalho, apesar de ser bem basicão, apenas com imagens dos integrantes, o vídeo dá uma boa impressão de como deve ser o grupo ao vivo.

"From Feast To Beast"


Vejam a nossa resenha para o álbum "Dodekathlon" no link abaixo



2 de fevereiro de 2018

Resenhas: Anvil - "Pounding The Pavement" (2018)


Anvil
"Pounding The Pavement"
2018
Anvil Enterprises/Steamhammer,SPV
Heavy Metal
Canadá
7,0

Na ativa desde 1978, os veteranos da banda Anvil acabam de lançar "Pounding The Pavement" seu 17º álbum. Só para constar, apesar de nunca terem "decolado" mundialmente como uma grande banda, os caras são influência declarada de monstros como Slayer, Megadeth, Metallica e Anthrax e é justamente por isso que merecem muito respeito.

Bom, "Pounding The Pavement" é um típico álbum de Heavy Metal, com riffs bem legais, peso, uma cozinha impecável e refrões grudentos, é também uma agradável viagem ao Metal dos anos 80, mas não se pode falar muito mais que isso a respeito dele.

Quanto as músicas, "Bitch In The Box" abre o CD com muita energia e um riff arrasador, em seguida temos "Ego" que é bem veloz e tem aquele tipo de refrão que citei anteriormente, daí para frente os caras se perdem um pouco na mesmice, voltam a acertar a mão novamente em "Pounding The Pavement" que dá nome ao trabalho e é um instrumental muito bom, e por fim "Nanook Of The North" muito legal desde sua introdução e na minha opinião a melhor faixa do álbum, mas para por aí.

"Pounding The Pavement" é um trabalho que complementa a extensa discogarfia da banda, não é algo espetacular que ficará marcado na história dos caras, mas também não é nenhuma mancha, como eu disse é um complemento que vale a pena ser escutado uma vez ou outra.

Faixas:

Bitch In The Box
Ego
Doing What I Want
Smash Your Face
Pounding The Pavement
Rock That Shit
Let It Go
Nanook Of The North
Black Smoke
World Of Tomorrow
Warming Up
Don't Tell Me (Bonus Track)

(Henrique Linhares)


1 de fevereiro de 2018

Resenhas: Bleeding Gods - "Dodekathlon" (2018)


Bleeding Gods
"Dodekathlon"
2018
Nuclear Blast Records
Black/Death Metal
Holanda
8,0

Agora contratados pela Nuclear Blast, a banda holandesa Bleeding Gods acaba de lançar seu 2º álbum, "Dodekathlon", e com uma gravadora nova surge também um novo direcionamento musical, o som passou a ser muito mais ríspido e agressivo, totalmente voltado ao Black/Death Metal.

"Dodekathlon" é um trabalho cenceitual, algo bastante corajoso visto que este é apenas o segundo álbum da banda, tudo se concentra nos 12 trabalhos de Hércules e cada uma das faixas do CD trata especificamente de um deles, só por aí já dá para perceber que a coisa vai ser boa, afinal de contas mitologia é um tema que sempre se encaixa muito bem com Metal, e em "Dodekathlon" a coisa não é diferente, o diferencial que existe é justamente o conceito aplicado a este álbum, pois como eu disse o tema foi escolhido a dedo.

Bom, vamos falar das músicas, são 12 faixas que se traduzem em uma verdadeira erupção de riffs super agressivos, rasgados violentamente pelo vocal insano e poderoso de Mark Huisman, isto não quer dizer que você estará ouvindo berros desconexos, pois apesar da agressividade existe melodia também, ouçam as faixas "Birds Of Hate" e "Savior Crete" e entenderão o que quero dizer, além disso destaco os arranjos épicos e sinfônicos das canções, "Inhuman Humiliation", "Tripled Anger" e "Hound Of Hell" resumem bem o que acabei de dizer.

Méritos também a arte da capa de Dimitris Tzortzis, incrível!!!

A banda Bleeding Gods foi extremamente feliz em sua jornada musical pela mitologia grega, é verdade que se arriscaram, mas o resultado final é muito bom, nos fazendo crer que essa parceria com a Nuclear Blast vai render muitos frutos ainda melhores.

Faixas:

Bloodguilt
Multiple Decapitation
Beloved By Artemis
From Feast To Beast
Inhuman Humiliation
Birds Of Hate
Savior Of Crete
Tyrannical Blood
Seeds Of Distrust
Tripled Anger
Hera's Orchard
Hound Of Hell

(Henrique Linhares)