30 de setembro de 2013

Rock In Rio, dia 22 ... finalmente o Metal - Parte 2 (Palco Mundo)

Organismo devidamente reidratado com algumas cervejas, era hora de encarar algo que eu já imaginava bem como seria, e de fato não errei em meu julgamento inicial. Coube a banda brasileira Kiara Rocks a dura missão de abrir os shows do palco Mundo neste dia, e assistir (ou pelo menos tentar) a este show foi um sacrifício imenso, uma banda fraca para o dia (a palavra fraca foi uma tentativa minha de ser generoso, pois a certa seria “ruim“ mesmo), e que tentava desesperadamente parecer gringa, o vocalista insistia o tempo todo em forçar um sotaque americanizado, a única coisa que prestou deste verdadeiro fiasco foi a participação de Paul Di’Anno, que mandou muito bem cantando os covers de “Highway To Hell”, “Blitzkrieg Bop” e “Wrathchild”, no mais foi algo totalmente dispensável e até mesmo chato ... muito chato de se ver. Reconheço aqui que os caras tiveram muita coragem de subir naquele palco, isto por si só já merece todo o respeito, mas não minimiza o fato de o show ter sido muito fraco e pior ainda, demonstra o total despreparo deles para aproveitar uma chance de ouro que é estar no palco principal deste evento. Ressalto também que está é a MINHA OPINIÃO. 


Boa ação anual realizada, ou seja, permanecer acordado durante o show da banda Kiara Rocks, iniciei a minha preparação para o reinado de sangue que viria a seguir. Acho que não somente eu, mas todos que estavam ali compartilhavam da mesma dúvida, como se comportaria o Slayer após a morte de Jeff Hanneman? E não demorou muito para que descobríssemos a resposta. A escuridão do palco Mundo se transformou num mar de luzes vermelhas e fumaça, e com toda a fúria de “World Painted Blood”, Tom Araya, Kerry King, Gary Holt e Paul Bostaph invadiram nossos tímpanos com o mais brutal e perfeito Thrash Metal do mundo, simplesmente avassalador, e a porradaria continuou com “Disciple” e a fenomenal “War Ensemble”, confesso que nunca vi uma roda hardcore tão grande quanto a que se abriu no meio da galera, “At Dawn They Sleep” prosseguia com a avalanche sonora, King e Holt pareciam um só tamanho o entrosamento entre eles, Araya se divertia      com as pessoas que se arriscavam a descer pela tirolesa enquanto o show corria solto, tivemos ainda “Mandatory Suicide”, “Die By The Sword” e “Dead Skin Mask” antes que o Slayer tocasse a sua baladinha “Seasons In The Abyss” ... rs, no telão começaram a aparecer imagens de Hanneman que foram acompanhadas pelas clássicas “South Of Heaven”, “Raining Blood” e a obra prima “Angel Of Death”. Sei que muitas pessoas podem achar que faltaram muitas outras músicas no set-list, de minha parte, qualquer elogio seria pouco para descrever um show que começa com “World Painted Blood” e termina com “Angel Of Death”, sendo assim, me limitarei a um único comentário ... É SLAYER porra! 


A próxima atração a se apresentar Avenged Sevenfold, na minha opinião seria a grande interrogação da noite, eu não conhecia absolutamente nada a respeito destes californianos, e conversando com algumas pessoas pude perceber que é uma banda que está se equilibrando entre a tênue fronteira que separa o desprezo da adoração, a verdade é que eu não demoraria muito para formar a minha opinião. Visualmente falando o show dos caras é literalmente explosivo, com muita pirotecnia, bem bacana, o palco também chamava a atenção com os seus enormes portões em chamas como na música “Sheperd Of Fire”, me impressionei bastante com o baterista do grupo, a pegada continuou em “Critical Acclaim”, “Beast And The Harlot”, “Hail To The King”, acalmando apenas com as baladas “Buried Alive” e “Fiction”, e finalmente a “molecadinha” se incendiou em “Nightmare” cantada em coro. Um show bem legal, as músicas são boas, até pesadas, mas tive a clara impressão de que alguns riffs e ritmos foram sugados de outras bandas. Duas observações, acho que escalar a banda Avenged Sevenfold entre Slayer e Iron Maiden não foi uma decisão tão inteligente assim; e os guitarristas da banda não esboçaram um sorriso sequer, não demonstraram em nenhum momento satisfação por estarem ali, uma atitude muito poser, quer saber fodam-se eles!



Deixando as polêmicas de lado, o grande momento se aproximava, Iron Maiden a maior banda de Heavy Metal do planeta estava de volta ao RIR após 12 anos, e a julgar pela quantidade de gente usando camisetas do grupo, este seria mesmo o ápice do festival, legal ver muitos pais com seus filhos aguardando o show da banda, gerações de fãs apaixonados gritando em coro Maiden ... Maiden ...!!!. E os ingleses souberam retribuir a altura tamanha demonstração de carinho, trazendo para o Brasil boa parte da Tour “Seventh Son Of A Seventh Son” de 88, não acreditei quando aos primeiros acordes de “Moonchild” vi aqueles blocos de gelo no palco, sensacional! Acho que assim como eu todos os fãs deliraram, nem tive tempo para me recompor e “Can I Play Whith Madness” já rasgava o ambiente acompanhada por “The Prisoner” e depois ainda destruí o meu pescoço embalado pelos riffs de “2 Minutes To Midnight”, descanso merecido com “Afraid To Shoot Strangers” e Bruce Dickinson surge no alto da geleira empunhando a bandeira da Inglaterra ... “The Trooper” ... PQP!!! Como ele consegue cantar daquele jeito correndo sem parar? O sexteto britânico executou ainda todos os seus clássicos, ou pelo menos boa parte deles (dos antigos), e fez no palco tudo aquilo que já estamos carecas de saber que vai acontecer, aí um sujeito que acha Avenged Sevenfold a oitava maravilha do mundo diz “os caras estão velhos, estão repetindo sempre a mesma coisa” ... meu querido, se MATE antes de sonhar em querer comparar uma porcaria enlatada americana com a maior banda de Metal que existe, porquê se repetir e fazer isto com total maestria somente é permitido a quem é realmente GRANDE.  Falar sobre um show desta banda é como “chover no molhado”, sendo assim resumindo a história ... Iron Maiden é Foda!!!



Henrique Linhares



24 de setembro de 2013

Rock In Rio, dia 22 ... finalmente o Metal - Parte 1 (Palco Sunset)

O dia 22/09 foi disparado o melhor de todos desta edição do festival Rock In Rio, um momento de festa para o Metal, essa definição se encaixa perfeitamente para ilustrar tudo que ocorreu neste dia na Cidade do Rock, é bem verdade que havia aquele gostinho de fim de festa no ar, mas sabíamos perfeitamente que o que estava por vir serviria como um convite para a edição de 30 anos do evento em 2015.


O Palco Sunset consolidou-se neste dia, não apenas como um mero coadjuvante da festa, mas sim como um parceiro do palco Mundo, merecendo até o mesmo destaque deste último. O Sunset foi o responsável por encontros únicos e memoráveis no RIR.

O primeiro encontro do dia já mostrava bem como seria toda a maratona Metal de atrações, nada mais nada menos que Andre Matos e Viper. Andre levantou a galera, que começava a se amontoar em frente ao palco, o “maestro” arrebentou cantando clássicos do Angra como “Angels Cry” e “Carry On” e deixou todos em êxtase com “Fairy Tale” de sua passagem pelo Shaman, mas o que todos realmente queriam ver e ouvir era Viper em sua formação clássica, mesmo sem a presença do guitarrista Yves Passarel hoje no Capital Inicial, e aos primeiros acordes de “Living For The Night” o público foi literalmente a loucura, loucura esta que continuou com “”To Live Again” e “Rebel Maniac”, o reencontro dos músicos encerrou-se com uma homenagem a banda Queen, uma das maiores atrações da primeira edição do RIR, a banda de Andre Matos e o Viper juntos no palco tocaram a clássica “We Will Rock You”, é bem verdade que o show foi bem curtinho, mas foi muito bom ver Pit Passarel, Andre e Felipe Machado juntos novamente.


Público devidamente aquecido, e espaços completamente tomados, foi a vez do Destruction despejar seu “The German Thrash” sobre nós pobres mortais, o Sunset tremeu. Schirmer e seus comparsas não fizeram por menos e detonaram tudo, de cara fomos brindados com “Curse The Gods” seguida por “Thrash Till Death”, visivelmente feliz o grandalhão Schirmer estava bastante comunicativo, arriscando inclusive algumas palavras em português, mas ele próprio reconheceu que sua intimidade com a nossa língua deixa muito a desejar, e entre vários elogios ao Rio e pedidos por caipirinha o Thrash corria solto com “Spiritual Genocide”, “Nailed To The Cross”, a sensacional “Mad Butcher”, “Armageddonizer”, “Bestial Invasion” e por fim “The Butcher Strikes Back”, mas não pense que a ignorância acabou aí ... rs ... pois neste momento a banda gaúcha Krisiun entra em cena e juntos, o Thrash alemão e o Death tupiniquim fazem história com a também clássica “Black Metal” do Venom, cara nem sei como descrever este momento precisamente, 2 bandas fodas tocando juntas uma das músicas mais insanas do Metal e ainda por cima com 2 baterias simultâneas, quem viu ... viu!!! Os alemães saem de cena para tomar um ar enquanto o trio brasileiro despeja sua fúria sobre a plateia com as músicas “Kings Of Killing”, “Combustion Inferno”, “Vicious Wrath” e “Ominous”, como diz um amigo meu, foi uma “tijolada na boca”, novamente no palco Krisiun e Destruction nos presenteiam ainda com “Total Desaster”, se me dissessem que o Rock In Rio tinha terminado ali eu já estaria satisfeito, mas calma, a diversão estava apenas começando.


A esta altura uma multidão se espremia junto ao palco Sunset esperando pelo show da banda Helloween e logo aos primeiros acordes de “Eagle Fly Free” todos já estavam pulando, o som não estava bem ajustado nesta primeira etapa, mesmo assim deu para ver como seria o show dos caras, seguiram-se “Where The Sinners Go” e “Waiting For The Thunder”, com os problemas no som já resolvidos o vocalista Andi Deris aproveitou para se divertir com o público, muito legal de ver o domínio do cara com a massa headbanger, tocaram ainda “I’m Alive”, “Live Now!”, “If I Could Fly”, “Power” e “Are You Metal?” e então chegou o momento que fãs como eu aguardavam, o lendário membro fundador da banda Kai Hansen sobe ao palco para se juntar ao grupo e barbarizar em 3 dos maiores clássicos do Power Metal mundial “Dr. Stein”, “Future World” e “I Want Out” ... PQP!!! É inegável a importância do Helloween para o Metal, afinal de contas foram eles os responsáveis pela criação do Power Metal, mas verdade seja dita, o vocalista Andi Deris (pelo menos ao vivo) é muito fraco, o cara pode ser comunicativo, até mesmo carismático, mas vocalmente falando é bastante limitado.


O palco Sunset se despediu desta edição do RIR com um último encontro, podemos dizer, pra lá de inusitado, Sepultura e Zé Ramalho, sei que muita gente torceu o nariz, mas confesso que achei até legal. Sepultura no Rock In Rio, com méritos à banda, não é nenhuma novidade, mesmo porque já haviam se apresentado no palco principal dias antes, mas o legal deste show em particular foi que eles tocaram músicas que nunca haviam sido testadas ao vivo antes, “The Hunt” um cover da banda New Model Army que fazia parte do CD Chaos A.D. foi uma delas, tocaram também “Dusted”, “Spit” e deram uma canja de uma das canções do novo álbum da banda, “Da lama ao caos” com Andreas nos vocais, chegava a vez do grande convidado participar da festa, Zé Ramalho, muito bacana ouvir músicas como “A dança das borboletas” e “Jardim das acácias” com um instrumental pesado, Zé cantou também uma música do disco solo de Andreas “Em busca do ouro” e “Ratamahatta” do próprio Sepultura, fechando a noite no Sunset com uma de suas obras mais conhecidas “Admirável gado novo”, o resultado parece que agradou a todos, pois foram ovacionados ao som de Zépultura por boa parte dos presentes. Um momento único para abrilhantar ainda mais este dia.



Henrique Linhares

20 de setembro de 2013

Ghost no Rock In Rio

A banda sueca Ghost apresentou-se ontem, 19/09, no palco principal do Rock In Rio, e o que se viu foi um show extremamente técnico e competente, infelizmente a proposta musical da banda parece não ter sido entendida por uma parte do público presente, que em certos momentos do show chegou a ser desrespeitoso com os músicos, talvez a maior parte destas pessoas estivesse ali unicamente para os shows do Sepultura e Metallica, honestamente acho que não foi este o caso.

Muita gente reclamou (e continua reclamando) das bandas selecionadas para este Rock In Rio, concordo plenamente que um evento como o Rock In Rio deveria privilegiar bandas de Rock, neste sentido não me refiro exclusivamente às bandas de Metal, e realmente Ivete Sangalo não se encaixa neste contexto, vejamos, o que seria do Festival de Verão da Bahia se bandas como Sepultura e Korzus tocassem lá por exemplo? Mas a verdade é que o Rock In Rio hoje é uma marca acima do próprio evento, isto é um fato, e não podemos fugir dele, ontem tive uma prova palpável da falta de coerência das pessoas que criticam o festival, por que razão desrespeitar uma banda como o Ghost? Se vocês reclamam por conta das bandas selecionadas não serem Rock’n’Roll, ou Metal, então por que motivo ignorar e até mesmo “desprezar” uma banda que por méritos próprios é aclamada mundialmente dentro do seu estilo?

Não sejam Hipócritas!!! 


É simples, se não gosta, NÃO VÁ, mas se for tenha no mínimo educação e respeito para com os outros.

Me desculpem, mas acho que se lutamos por respeito ao Rock’n’Roll em geral, devemos também carregar respeito dentro de nós mesmos, afinal de contas não podemos exigir dos outros virtudes que nós mesmos ainda não possuímos!


Henrique Linhares


13 de setembro de 2013

Parabéns Dave Mustaine

Hoje é aniversário de David Scott Mustaine, ou simplesmente Dave Mustaine, a mente criativa e o coração do Megadeth.


Admiro o "Pato Donald" do Metal (verdade seja dita a banda Megadeth é foda, mas Dave tem uma voz digamos que "diferenciada" ... rs) porque ele não se deixou abater, deu um belo de um foda-se a James Hetfield e Lars Ulrich após ser chutado do Metallica (antes mesmo da fama da banda) e montou o seu próprio grupo, e o Megadeth hoje é um monstro no mundo do Heavy Metal!


Parabéns Dave, seus 52 anos foram muito bem vividos e que venham muitos mais ainda.


Henrique Linhares


12 de setembro de 2013

Statik Majik - Stoner Metal (Rio de Janeiro)


A Statik Majik começou suas atividades em 2002 quando na época, Luís Carlos (baterista) desestimulado com suas bandas atuais, resolveu fazer um som que mais o inspirava musicalmente. Em 2003 a Statik Majik, com apenas 6 meses de trabalho,  gravou sua primeira demo intitulada “Be Magic”. A repercussão na mídia especializada foi boa, rendendo boas resenhas em revistas especializadas, o trabalho da banda foi bem recebido também entre amantes do gênero musical. A repercussão desta demo fez com que a banda participasse de 2 coletâneas: “Locos Gringos Have A Party” e “Extreme Underground 2”.


Diante de uma boa receptividade, a banda entra em estúdio em 2004 para a gravação de um novo trabalho em formato demo, chamado “Utopia Sunrise”. Este trabalho trazia 6 músicas, e ao contrário do trabalho anterior, vinha mais diversificado em suas influências. Novamente as resenhas foram muito positivas, e no ano seguinte a banda ainda participou de uma coletânea lançada em vinil chamada “Warriors Of Dark Sun”, que teve uma ótima aceitação no exterior. Porém, nem tudo estava indo bem com a banda já que havia conflitos internos entre alguns integrantes, e a banda acabou por encerrar as suas atividades.


Em 2006 era a hora de dar a volta por cima, Luís Carlos resolveu retornar com as atividades da banda, reformulando toda a formação, trazendo para o grupo o baixista Evandro de Souza, que já estava em sua formação anterior, e adicionando o vocalista Rafael Tavares e também o guitarrista Marlon Guedes. Com esta formação iniciam o projeto de lançar um EP contendo músicas novas e regravações, em 2007 lançam “Redemption”, um trabalho que, musicalmente não mostrava uma evolução sonora da banda, entretanto despejava fúria em 4 músicas e no desejo incomum de seguir em frente com a banda. A Statik Majik começou a fazer shows de divulgação, tendo feito apresentações fora do Rio de Janeiro (capital) pela primeira vez, tocando em Macaé, Minas Gerais (no Roça And Roll para 5 mil pessoas), Uberlândia, etc. Mas, apesar de todas as conquistas, os problemas internos continuaram e nas gravações do seu primeiro CD é que eles vieram definitivamente a tona, e mesmo com o lançamento de um single “Shadows Of Hope”, mudar a formação foi a única solução ideal para que a banda pudesse prosseguir com seu trabalho, então, já contando com Thiago Velasquez no baixo e vocais e com as saídas de Rafael e Marlon, prosseguem com as gravações que naturalmente demoraram mais demorassem mais a sair , o processo de mudanças e a demora maior nas gravações fez com que os músicos tivessem um tempo maior para trabalhar, o resultado disso foi um trabalho mais apurado. O CD intitulado “Stoned On Musik” continha 9 músicas, a produção ficou a cargo de Flávio Pascarillo (baterista das bandas Nordheim e Tribuzy), além da supervisão e apoio que teve também de pessoas como Carlos Lopes (Mustano). Em 2010 é finalmente lançado o CD, acompanhando de uma tour com muitos shows pelo Brasil e a adição ao grupo de Thigo D’Lopes na guitarra. A banda já está em estúdio gravando o material para o novo CD que se chamará “Wrath Of Mind” e terá 10 músicas, além de contar com a produção de Renato Tribuzy (Tribuzy).


Statik Majik:

Thiago Velasquez - Baixo e Voz
Thiago D'Lopes - Guitarra
Luís Carlos - Bateria e Backing Vocals

Visite o site oficial da banda:


Fotos: Luciana Pires


6 de setembro de 2013

Stan Lee, o mago dos quadrinhos


Stanley Martin Lieber nasceu em Manhattan, Nova York, Estados Unidos, no dia 28 de dezembro de 1922, filho do casal Jack e Celie Lieber, ambos judeus imigrantes da Romênia. Seu pai, um alfaiate, e sua mãe, dona-de-casa, tiveram ainda mais um filho, Larry, nascido em 1931 (e que assim como o irmão mais velho, também fez carreira no mundo dos quadrinhos). A família de Lee era relativamente pobre, tendo ele morado boa parte da infância e da adolescência em um "quarto-e-sala" na região do Bronx, na periferia de Nova York, em que ele e o irmão dividiam o diminuto e único quarto do apartamento e os pais dormiam em um sofá-cama na sala. Durante a adolescência, Lee estudou na DeWitt Clinton High School, também localizada no Bronx.

Desde pequeno, Lee gostava de escrever, e seu sonho durante a adolescência era escrever um dia um grande romance. Inteligente, Lee se formou na escola relativamente cedo, aos 15 anos, tendo trabalhado escrevendo obituários em jornais, entregando sanduíches para escritórios no Rockefeller Center, trabalhando de office boy para uma fábrica manufatureira e como "lanterninha" do Teatro Rivoli na Broadway.


Ainda na adolescência, Lee trabalhou para Martin Goodman na Timely Comics, que mais tarde se tornaria a Marvel Comics. Goodman era casado com a prima de Lee. Seu primeiro trabalho publicado foi uma página para preencher texto assinado com o nome Stan Lee, que apareceu na revista Capitão América em 1941. Stanley usou o nome "Stan Lee" porque sonhava um dia escrever o maior de todos os livros do país e não queria seu verdadeiro nome assossiado às histórias em quadrinhos. Ele logo passou a escrever histórias de fato, tornando-se o editor mais novo no campo de trabalho com 17 anos.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Lee alistou-se no Exército dos Estados Unidos e serviu na parte de comunicação, escrevendo manuais, slogans, filmes de treinamento e ocasionalmente desenhando. Após a guerra, Lee voltou para a Timely Comics. Naquela época, uma campanha de decência liderada por um psiquiatra e por um Senador culpava as revistas em quadrinhos por corromper os jovens com imagens violentas e sexuais. As empresas de HQ responderam com a organização de um sistema de controle interno, e eventualmente adotaram o estrigente Comics Code Authority.

Permanecendo na Timely / Marvel pela década de 50, Lee escreveu histórias de vários gêneros como romance, faroeste e ficção científica. No fim da década, ele ficou insatisfeito com a sua carreira e pensou em sair da área.

No fim da década de 50, a DC Comics deu uma reanimada no gênero dos super-heróis e teve sucesso significativo com o super time da Liga da Justiça da América. Em resposta, Martin Goodman, o publisher (chefe editorial) da Marvel, deu a Lee a tarefa de criar um time de super-heróis novo. A esposa de Lee o alertou para experimentar histórias que ele preferia já que a ameaça de ser demitido não importava. Ele agiu sob este conselho, e, de repente a carreira de Lee mudou completamente.

Lee com a ajuda de Jack Kirby, deu a seus novos super-heróis sentimentos mais humanos, uma mudança de seus outros heróis que eram tipicamente escritos para pré-adolescentes. Seus heróis tinham um temperamento ruim, ficavam melancólicos, cometiam erros humanos normais, preocupavam-se em pagar as suas contas e impressionar suas namoradas, e às vezes ficavam até doentes fisicamente. Os super-heróis de Lee capturaram a imaginação dos adolescentes e jovens adultos, e as vendas aumentaram drasticamente.

O grupo de super-heróis que Lee e Jack Kirby produziram foi a família de super-heróis conhecida como o Quarteto Fantástico. Sua popularidade imediata fez com que Lee e os ilustradores da Marvel produzissem vários novos títulos. Lee criou com Kirby, o Incrível Hulk, o Homem de Ferro, Thor e os X-Men, criou com Bill Everett o Demolidor (Daredevil), e também o Doutor Estranho, e o personagem de maior sucesso da Marvel, o Homem Aranha, criado com Steve Ditko.


Pela década de 60, Lee escreveu, coordenou a arte e editou a maior parte das séries da Marvel, moderou as páginas de cartas e escreveu uma coluna mensal chamada "Stan's Soapbox", escreveu muito material promocional, sempre assinando com a frase que é a sua marca registrada: "Excelsior!".

Nos últimos anos, Lee tornou-se ícone e a cara pública da Marvel Comics. Ele faz aparições em convenções de histórias em quadrinhos pelos EUA, palestrando e participando em discussões. Ele também mudou-se para a Califórnia em 1981 para desenvolver as propriedades de televisão e filme Marvel.

Lee também apareceu em Os Simpsons e fez a voz de um personagem na série animada produzida pela MTV do Homem Aranha. Durante a revolução ponto da Internet, ele criou o StanLee.net, que pertencia a uma companhia separada e administrada por outros, a companhia tinha o conceito de misturar animação online com tiras de quadrinhos tradicionais, mas infelizmente a companhia ficou conhecida pela sua má administração e irresponsabilidade financeira.

Na década de 2000, Stan Lee fez seu primeiro trabalho para a DC Comics, lançando a série Just Imagine ... (apenas Imagine ...), na qual Lee reimaginava vários super-heróis incluindo Superman, Batman, Mulher Maravilha, Lanterna Verde e Flash. Lee também criou a série animada para adultos Stripperella para a Spike TV, e em 2004 anunciou planos para colaborar junto com Hugh Hefner e uma série animada das coelhinhas da Playboy.



O incrível sucesso do universo dos quadrinhos que vemos hoje se deve a este cara e toda sua obra genial. Os super-heróis que nos fascinavam em nossas infâncias e continuam fascinando nossos filhos atualmente são um presente deste simpático senhor.
Obrigado Stan Lee.



Fonte de pesquisa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Stan_Lee

4 de setembro de 2013

Symphony Draconis - Banda divulga mais uma prévia do novo álbum


A banda gaúcha Symphony Draconis divulgou através dos seus canais Youtube, Reverbnation e Soundcloud, mais uma música que estará no seu Debut, "Supreme Art Of Renunciation", com lançamento previsto para os próximos meses.

O Full será lançado no Brasil pelos selos Eternal Hatred, Misanthropic e Corvo Records, sendo que também está previsto, por enquanto só na América do Norte, o lançamento do mesmo álbum no formato Vinil pelo selo americano Metal Hell Rec.

O vídeo com a nova música, fotos de divulgação e os links para download podem ser conferidos abaixo:





Henrique Linhares


1 de setembro de 2013

Resenha: Krokus - Dirty Dynamite (2013)


Krokus
Suíça
Dirty Dynamite
2013
8,5

Caramba, tá aí um CD legal de se ouvir! Para aqueles que não conhecem a banda suíça Krokus, formada em 1974, está é uma ótima oportunidade para ouvir seu Rock'n'Roll clássico e recheado de Hard Rock da melhor qualidade.
Sei que isso já deve ter sido dito centenas ou até mesmo milhares de vezes, mas é impossível não mencionar a incrível semelhança entre a voz de Marc Storace e do lendário vocalista Bon Scott, se você fechar os olhos e ouvir este CD vai jurar que é o próprio Bon quem está cantando.
"Dirty Dynamite" como já foi dito, é um CD de Rock'n'Roll, com descaradas influências de AC/DC (dos bons tempos), influências que se manifestam não somente no estilo, mas também no modo como Marc Storace canta, não vejo isto como um ponto negativo, ao contrário, a banda Krokus tem personalidade própria, e é muito competente no que faz.
"Hallelujah Rock n' Roll" abre muito bem o CD, com guitarras muito legais, o que é uma constante em todo o trabalho, "Go Baby Go" a faixa seguinte é energia pura, duvido que você não vai ficar cantarolando o refrão dela após a canção ter acabado, em "Rattesnake Rumble" os riffs simples são o grande destaque, uma prova de que não é preciso fazer malabarismo para se conseguir um bom resultado, a faixa título "Dirty Dynamite" é mais cadenciada e muito bacana, novamente as guitarras chamam a atenção com seus riffs em "Let The Good Times Roll", o único ponto que poderia ser dispensável neste CD é a faixa "Help" um cover dos Beatles e que na minha humilde opinião (não desmerecendo a grandiosidade de Lennon, McCartney, Starr e Harrison) não se encaixou bem com o estilo de "Dirty Dynamite", gostei muito também das faixas "Dög Song" e "Hardrocking Man" a primeira mais pesadona e a última vibrante, muito legais mesmo.
"Dirty Dynamite" é um CD que chamou muito a minha atenção, eu particularmente gostei bastante, é um trabalho que nos remete ao auge dos anos 70, uma época de ouro. É, definitivamente os "velhinhos" estão dando um banho nessa garotada nova.


Henrique Linhares